segunda-feira, 23 de abril de 2018

Angola & Guerra do Ultramar - ‘CAPITÃES DO VENTO’, de Pedro C - Lisboa 2003 - MUITO RARO;






Angola & Guerra do Ultramar - Um militar com veia para a escrita que relata a sua experiência militar nesta antiga província ultramarina portuguesa com descrições da realidade e dos sentimentos dos homens que faziam a guerra 


‘CAPITÃES DO VENTO’ 
ANGOLA - S.ta Eulália, Mucondo, Zimba, N’Riquinha, Mavinga, Cuito-Cuanavale 
De Pedro C.
Edição Roma Editora 
Lisboa 2003 


Livro com 292 páginas e em muito bom estado de conservação. Como Novo. Excelente. 
De muito difícil localização. 
MUITO RARO.


Da contracapa: 
“Escrevi este livro de memória viva para que não se apague ou morra aos poucos a memória dos homens. A memória dos que ouviram falar da guerra sem a sentir e têm hoje nas mãos o poder e o desejo ignóbil de a voltar a proclamar. Os que nunca a conheceram convivendo com o cheiro pesado e putrefacto da morte, com os ruídos e visões estranhas provocadas pela sede ardente que nos encortiça a língua e deturpa o pensamento ou no desconforto de dormir acordado num mar de lama em noites a fio....

... não é um libelo contra os militares. 

(...) 

...Por fim um desejo imenso de dedicar este livro às gentes de N’Riquinha que ousaram desafiar-me a ficar com eles e comungar das suas vidas, dos seus prazeres infinitamente pequeninos mas de grandeza desmedida, que desejavam repartir com quem lhes deu breves momentos dê atenção e os guardou, como gente desprovida de vida, de futuro, de tudo...“ 


O AUTOR: 
“PEDRO C. nasceu no Algarve no ano de 1948, mais concretamente nos arredores de Tunes (um centro ferroviário que cresceu no entroncamento da Linha do Barreiro com o troço que liga Vila Real de S.to António a Lagos) a aí viveu  até que ‘...Em 6 de Abril de 1970 arrancaram-me a última raiz e fizeram-me apresentar no Convento de Mafra, que tem disfarçado nas traseiras um enorme Quartel militar a que davam o nome de Escola Prática de Infantaria...’. Filho de ferroviário, à semelhança de 90% da população da aldeia, cresceu entre comboios brincando em mil e um jogos de equilíbrio num só carril em viagens sem fim de ir e voltar, na falta de outros brinquedos, de outros palcos de brincar. Assistiu ao apagar  da última fornalha da caldeira de vapor e à morte por envelhecimento e exaustão da última máquina tisnada de negro do tempo e do carvão. Estudou em Faro, onde concluiu o 7.* ano, dividindo-se nos amores entre o futebol, que praticou no S. C. Farense, e a ria Formosa, que contemplava horas a fio do Liceu altaneiro, e onde se refugiava sempre que podia. O regime impediu-o de iniciar uma carreira universitária com um simples mas afiado expediente burocrático. Porque a guerra estava primeiro que qualquer projecto de vida, foi arvorado Capitão Miliciano com 23 anos. Um crime que passou incólume até hoje. Comandou a Companhia de Caçadores 3441 no Leste e norte de Angola. Desbaratou 1400 dias da sua juventude numa guerra inútil e dolorosa que poderia ter sido evitada para o bem de milhões de pessoas, não fora a visão curta e deformada de um só homem envelhecido e historicamente empedernido. Hoje é professor de Educação Física, dividindo-se entre os prazeres da actividade física e desportiva e a imperiosa necessidade de rabiscar uma ou outra prosa, a que não será alheia a sua proveniência algarvia, onde em cada canto da serra e da praia se podem ainda escutar as torrenciais de um ‘...linguarejar vivo de sílabas comidas por cotovelos falantes...’ que caracteriza as gentes do sul.“ 



Do ÍNDICE:  

PREFÁCIO, por Eduardo Brito Aranha 
INTRODUÇÃO 
CAPITÃES DO VENTO 
OS TEMPOS DE ANTES DO 1.* DIA 
1.* DIA 
TEMPO SEM TEMPO NEM GLÓRIA 

- 10.* Dia 
- 90.* Dia 
- 105.* Dia 
- 106.* Dia 
- 205.* Dia 
- 210.* Dia 
- 240.* Dia 
- 270.* Dia 
- 300.* Dia 
- 310.* Dia 
- 328.* Dia 
- 565.* Dia 
- 624.* Dia 
- 629.* Dia 
- 650.* Dia 
- 755.* Dia 
- 830.* Dia 
- 845.* Dia 
- 895.* Dia 
- 990.* Dia 
- 1095.* Dia 
- 1110.* Dia 
- 1305.* Dia 
- 1379.* Dia 
- 1400.* Dia 


Preço: 52,50€; 

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