quinta-feira, 22 de fevereiro de 2018

Cabo Verde & Literatura - ‘CHIQUINHO’, de Baltasar Lopes - Lisboa 1970 - MUITO RARO;





Cabo Verde & Literatura - Uma das obras mais marcantes da literatura colonial cabo-verdiana da autoria de um dos escritores mais consagrados do arquipélago 


‘CHIQUINHO’ 
De Baltasar Lopes 
Edição PRELO 
Lisboa 1970 


Livro com 300 páginas e em muito bom estado de conservação. Excelente. 
De muito difícil localização. 
MUITO RARO.
 

Sobre o livro: 
“ ‘CHIQUINHO’, de Baltasar Lopes

O nome de Baltasar Lopes anda intimamente ligado não só a ‘Claridade’, a grande revista de Cabo Verde que ele ajudou a fundar e, ao longo de 35 anos tem dirigido com invulgar saber, como também ao surto de literatura do arquipélago crioulo: ‘a mais bela aventura literária em terras do Ultramar Português’. 

Filólogo, poeta, professor, novelista e ensaísta, inteligência viva e multifacetada, embora com vários contos espalhados por revistas, a verdade è que ‘CHIQUINHO’ sendo o seu primeiro romance é, também, a sua única obra de ficção, excluindo ainda a sua substancial colaboração em ‘Antologia de Ficção Cabo-verdiana’, que ele próprio organizou. 

E é pena que este homem, tão radicado ao seu arquipélago, onde se tem mantido, como professor do Liceu, quando, se o quisesse, poderia reger uma cadeira na Universidade Portuguesa ou Brasileira - não tenha continuado o ciclo novelístico que ele a princípio arquitectara. 

Em ‘CHIQUINHO’, romance cabo-verdiano que é, se desenrola, com singular mestria, o grande drama do homem daquelas ilhas ardentes e escalvadas: a seca, a fome e o desesperado caminho da emigração para a ‘terra longe’. E tudo isto nos é dado numa intriga bem ordenada e num ritmo seguro que arrasta o leitor num crescendo de interesse até se inteirar da sorte dos personagens que se chocam, que se amam, que se abraçam, desesperam, numa movimentação entre o sonho é o desalento, mas sempre erguendo-se na ânsia desmedida da sobrevivência - em terra madrasta, mad não amada. 

Com efeito, a nossos olhos de metropolitanos, numa atmosfera agreste e dolorosa, algo de novo e estranho perpassa nestas páginas, a um tempo profundamente humanas e tão terrivelmente verdadeiras. Gentes, costumes, problemas íntimos, e familiares, paisagem, solidão e angústia são aspectos dos mais significativos deste romance e que só um escritor retintamente crioulo e consciente da sua posição de Homem perante os grandes problemas da nossa época no-lo poderia transmitir com o realismo verídico que Baltasar Lopes soube arrancar da sua pena de prosador vivo, plástico, dúctil, sabiamente fundindo as expressões dialectais ao cadinho da língua mãe. 

Saiba-se, porém, que ‘CHIQUINHO’ não é apenas uma grande obra da novelística cabo-verdiana, onde avulta, entre outros, o nome de António Aurélio Gonçalves. ‘CHIQUINHO’ é, igualmente, um grande romance da nossa literatura actual, porque Baltasar Lopes soube imprimir a esta dramática história das ilhas crioulas uma força dramática e humana que transcende o âmbito insular para se tornar num romance de larga significação universal. 

‘CHIQUINHO’ é um romance para ser lido e meditado, pois os problemas que levanta e a ambiência que o sufoca só têm paralelo, na língua portuguesa, nos romances de José Lins do Rego, Jorge Amado ou Graciliano Ramos.“ 
Manuel Ferreira 



Do ÍNDICE: 

INFÂNCIA 
S. VICENTE 
AS-ÀGUAS 


Preço: 45,00€; 

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