sexta-feira, 24 de novembro de 2017
Portugal & Revolução - 'PARTICIPAÇÃO DA ESCOLA PRÁTICA DE CAVALARIA', de Joaquim Manuel Correia Bernardo - Lisboa 2002 - Muito Raro;
Portugal & Revolução - Uma obra de recolha e divulgação da forma como as forças da EPC de Santarém se envolveram com homens e material nos acontecimentos do 25 de Abril de 1974, sob o comando do capitão Salgueiro Maia, relatado por quem os viveu empenhadamente
'PARTICIPAÇÃO DA ESCOLA PRÁTICA DE CAVALARIA (No 25 de Abril de 1974)'
De Joaquim Manuel Correia Bernardo
Capa de José Quaresma
Edição do autor
Lisboa 2002
Livro com 144 páginas, ilustrado e com reprodução de documentos históricos e em muito bom estado de conservação. Excelente.
De muito difícil localização.
Muito Raro.
Da contracapa:
"(...) O reencontro passados tantos anos provocou, como não podia deixar de ser, a oportunidade para longas conversas que serviram, não só para recordar tão precioso e belo momento vivido numa idade em que 'o sonho comanda a vida' mas, também, para actualizar registos de memória, preenchendo lacunas que o tempo trouxera e corrigindo alguns factos que a traiçoeira fantasia do esquecimento fizera modelar.
Por outro lado, sentimos em todos aqueles que nos acompanharam naquela celebração, nomeadamente nos jovens militares da Escola Prática de Cavalaria a quem o 25 de Abril apanhara ainda em idade escolar ou porventura nascidos já depois daquela data, um enorme querer saber como tinha sido o envolvimento e a participação da Escola Prática naquele feito.
De facto na EPC não existe nenhum documento que dê testemunho dessa época, para além do Relatório da Operação 'FIM DE REGIME' que o capitão Salgueiro Maia elaborou logo após o 25 de Abril e que abrange, no que diz respeito apenas à parte operacional, aquele dia e os dois seguintes. (...)"
O AUTOR:
"JOAQUIM MANUEL CORREIA BERNARDO fez os seus estudos secundários no Liceu de Santarém findos os quais ingressou na Academia onde concluiu o curso de Cavalaria.
Terminado este, apresenta-se na Escola Prática de Cavalaria em Outubro de 1963, para a frequência do Tirocínio para Oficial do Quadro Permanente ficando, após a sua conclusão e já promovido ao posto de Alferes, colocado na Escola Prática onde passa a exercer funções de instrução ligadas à formação dos Cursos de Oficais e Sargentos Milicianos bem como dos futuros Oficiais do Quadro da Arma de Cavalaria.
Já no posto de capitão é ferido gravemente em combate em Julho de 1969, no teatro de operações da Guiné, sendo evacuado para o Hospital Militar de Lisboa e posteriormente para a Alemanha onde inicia a sua recuperação física.
Após o regresso a Portugal no final desse ano e ainda durante o seu período de convalescença volta à sua Escola Prática onde se irá manter até Setembro de 1983 já com a patente de tenente-coronel.
A publicação do Decreto-lei n. 355/73, de 13 de Julho, vem encontrá-lo a desempenhar as funções de de Adjunto do Director da Instrução da EPC cumulativamente com a chefia do Gabinete de Estudos e é nessas funções que acompanha todo o desenrolar dos acontecimentos que irão culminar no '25 de Abril de 1974'.
Após a saída da EPC foi colocado no Distrito de Recrutamento e Mobilização de Santarém onde exerceu as funções de subchefe e, mais tarde quando foi promovido a Coronel, as de chefe do DRM. Com a extinção desse órgão de recrutamento em 1993 aceita o convite para o lugar de subdirector da recém criada Direcção de Recrutamento, onde se manterá até ao mês de Agosto de 1996, data em que deixa o serviço activo."
ESCOLA PRATICA DE CAVALARIA:
"Na segunda metade do século XIX, quando por toda a Europa se começa a pensar no continente africano, surge a ideia da criação de uma unidade de instrução das principais armas do Exército, nascendo assim, em 1887 e na vila de Mafra, a Escola Prática de Infantaria e Cavalaria. Não teve esta Escola uma longa existência; o aumento dos efectivos provocado pela corrida à colonização de África e a decorrente necessidade de especialização levou a que, a 17 de Abril de 1890, fosse extinta a Escola comum e criadas Escolas Práticas independentes. Nascia a Escola Prática de Cavalaria (EPC).
Sediada provisoriamente em Vila Viçosa, onde se manteve por um período de doze anos, a EPC é transferida em 30 de Janeiro de 1902 para Torres Novas, onde a influência dos ensinamentos extraídos das duas guerras mundiais dá origem à introdução dos meios motorizados e blindados.
Nova transferência da EPC, em 1957, de Torres Novas para Santarém, onde ainda hoje se mantém, vem marcar um ponto alto na evolução da Cavalaria Portuguesa com a entrada em serviço de novas viaturas destinadas a equipar as Unidades da Arma.
Durante a guerra de África, entre 1961 e 1974, o esforço desenvolvido pela Escola centrou-se na formação de grandes contingentes de Quadros para os Regimentos de Cavalaria, tendo sido directamente mobilizada uma única Subunidade, o Esquadrão de Cavalaria 122.
Teve a EPC papel de relevo na preparação e execução das operações do '25 de Abril de 1974' e disso é a presente obra testemunho. A evolução ocorrida até finais de 1975 levou a que, em 25 de Novembro desse ano, de novo sob o comando do então capitão Salgueiro Maia, forças da EPC marchassem sobre Lisboa.
Normalizada a situação política tem a Escola Prática de Cavalaria, desde então conduzido a renovação da instrução face a novos equipamentos, doutrinas, organizações e modelos de serviço militar, continuando o desempenho da sua missão primária, a formação dos Quadros e Especialistas da Arma de Cavalaria.
A excelência dos serviços prestados pela Escola Prática de Cavalaria foi reconhecida com a Ordem Militar de Cristo, a Medalha de Ouro dos Serviços Distintos, a Ordem da Liberdade, a a mais alta condecoração nacional, a Ordem da Torre e Espada do Valor, Lealdade e Mérito."
Do ÍNDICE:
NOTA JUSTIFICATIVA
ANTECEDENTES
1. O exército português e a guerra nas colónias
2. A Nação. A sociedade civil e a guerra colonial
O MOVIMENTO DOS CAPITÃES
1. Reacção ao Decreto 353/73
2. Interiorização de uma intervenção militar
O MOVIMENTO DOS OFICIAIS DAS FORÇAS ARMADAS
1. A preparação da revolução
2. Do livro do General Spínola ao 16 de Março
3. Do 16 de Março ao 25 de Abril
4. Acção da Escola Prática de Cavalaria
Preço: 42,50€;
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