Moçambique & I Grande Guerra - A participação portuguesa na defesa dos territórios portugueses da África Oriental no norte desta antiga colónia cobiçados pelos alemães acantonados na Tanzânia, relatados pelo neto de um oficial que viveu e sofreu naqueles anos
'A COLUNA DO LAGO NIASSA (O Forte de Milange)'
De Coronel Armando Jacinto
Edição da Câmara Municipal de Espinho
Espinho 2010
Livro com 128 páginas e em muito bom estado de conservação.
De muito difícil localização.
MUITO RARO.
Os acontecimentos andam em torno da defesa do território do norte de Moçambique e do Forte de Milange. O autor, Coronel Armando Jacinto, descreve os factos com base em relato de seu avô, Alferes José Teixeira Jacinto.
Da contracapa:
"Memórias do Comandante da 2ª Companhia Indígena da Beira e Provisor da Coluna do Lago Niassa nas Campanhas da África Oriental Portuguesa nos anos de 1917 e 1918, contra os Alemães."
JOSÉ TEIXEIRA JACINTO:
"Jacinto nasceu em Maio de 1881 em Alijó, Alto Douro, e ofereceu-se como voluntário para Moçambique aos 37 anos. A 15 de Maio de 1917, desembarcou em Macímboa da Praia, o quartel-general das Forças Expedicionárias (FEP). A partir daqui, o comando do FEP planeava criar três colunas para instalarem uma linha defensiva no Norte de Moçambique. Duas partiram a pé para o interior, ocupando posições na província de Cabo Delgado; a terceira, a Coluna do Niassa, na qual José Jacinto foi alistado na qualidade de provisor (responsável pelos mantimentos e remédios), fez uma viagem de barco até à foz do Zambeze, subindo depois o rio em lanchas a vapor até Chindio. Aí percorreria uma curta distância de comboio, no interior do actual Malawi, para depois entrar em Milange, já em Moçambique, fazendo depois uma viagem a pé de mais de 800 km até ao Niassa.
A estratégia procurava dar resposta às fragilidades defensivas da fronteira do Norte, que tinha sido facilmente violada pelas forças alemãs do capitão Von Strummer em Maio desse ano. Os alemães tinham arrasado as fortificações portuguesas e penetrado sem oposição até ao território dos maúas, já nas imediações da Zambézia. Tinha sido, no entanto, uma operação secundária: o que movia os alemães comandados pelo lendário general Von-Letow era a guerra contra os britânicos. Apesar da exiguidade das suas tropas (1800 europeus e 12 mil indígenas), Letow desenvolveu uma estratégia militar que combinava tácticas de guerrilha e a velocidade dos movimentos que lhe garantiram superioridade. Moçambique era neste cenário um mero ponto de fuga ou de reabastecimento.
Em Milange, a coluna teve de se preparar para percorrer entre 25 a 30 km diários pela floresta rumo ao Norte. Em 15 dias, os carregadores ficaram "em estado deplorável", as febres alastraram e a comida começou a faltar. No final do mês de Junho, começaram a deixar para trás munições. A carência só foi suprida com a chegada de uma coluna errante, que vivera meses da pilhagem, formada pelo alferes Almeida Negreiros, 250 soldados irregulares e carregadores com alimentos."
Do jornal 'PÚBLICO', trabalho assinado por Manuel Carvalho, edição de 18 de Setembro de 2011.
Preço: 67,50€;
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