sábado, 4 de novembro de 2017

Angola & Literatura - 'NÃO ADIANTA CHORAR (Contos coloniais)', de A. Bobela-Motta - Lisboa 1977 - Muito raro;


 

 




Angola & Literatura - Obra literária de um escritor de ascendência portuguesa e adopção angolana, localizados nos inícios do século passado em plena colonização


'NÃO ADIANTA CHORAR (Contos coloniais)'
De A. Bobela-Motta
África editora
Lisboa 1977


Livro com 120 páginas e em muito bom estado de conservação.
De muito difícil localização.
Muito raro.


Da badana:
"A. BOBELA-MOTTA chegou em 1924 a Angola para, durante onze anos chefiar o remoto posto da Baía dos Tigres, iniciando uma carreira administrativa que terminaria dezasseis anos depois com o seu regresso a Portugal em 1940. De Portugal, onde frequentou meios literários e progressistas e publicou o seu livro de poesia 'DESAGUISADOS' (1948), regressou a Angola em 1950, para ali se dedicar a uma imensa actividade literária e cultural, que acabou por o levar ao jornalismo profissional. Foi um dos dirigentes da Sociedade Cultural de Angola, extinta pelo Governador-Geral S. S. Marques em 1965, chefiou a redacção do 'ABC' de Machado Saldanha, fundou e dirigiu o semanário 'SUL' em Moçâmedes, e foi redactor principal de 'O COMÉRCIO' em 1971.

Tem imensa colaboração na Rádio e em quase todos os jornais e outras publicações de Angola. Ficaram memoráveis as suas intervenções em polémicas históricas e literárias, designadamente as relativas ao livro 'ANGOLA DO MEU CORAÇÃO' de João Falcato ('ABC', 1962), ao I ENCONTRO DE ESCRITORES DE ANGOLA ('ABC', 1962) e à topónima arqueológica da Costa do Sul de Angola, que originou o seu opúsculo 'MANGAS TROCADAS' (1962).

Manifestando-se sempre profundamente antifascista e apoiando o nacionalismo angolano, depois do julgamento dos poetas angolanos António Jacinto, Luandino Vieira e António Cardoso (14 anos de Tarrafal), do primeiro dos quais foi testemunha de defesa, foi preso pela PIDE, em Luanda, e encarcerado 'punitivamente' durante cem dias, e, em 1965, depois de se ter organizado um inquérito-farsa para justificar a sua expulsão e a dos advogados Eugénio Ferreira e Antero de Abreu, de Angola (acusados de intervenções variadas na atribuição de prémios literários ao escritor Luandino Vieira) - expulsão que não se consumou por a ela se ter oposto o Conselho Económico e Social de Angola - foi forçado pela PIDE a abandonar o jornalismo profissional.

Continuou, no entanto, a colaborar na imprensa com o pseudónimo de Luís Vilela, produzindo centenas de crónicas, algumas das quais foram coligidas num livro a que deu o título 'LETRAS DESCONTADAS', que, por estranha coincidência foi lançado no dia 25 de Abril de 1974.

A queda do fascismo, lançou A. Bobela-Motta em intensa actividade política. Fez parte do primeiro directório do Movimento Democrático de Angola, que se fundou naquela altura. Foi o autor do Relatório daquele Movimento, publicado pela África Editora com o título 'MASSACRES DE LUANDA'.

É membro fundador da União dos Escritores de Angola."




Do ÍNDICE:

PREFÁCIO - De Manuel Ferreira
'A COISIFICAÇÃO COLECTIVA DO HOMEM NEGRO'

- NÃO ADIANTA CHORAR
(Quissama, 1939)
- O MIÚDO
(Andulo, 1936)
- CONTRATO
(Baía dos Tigres, 1935)
- LADRÕES DE GADO
- CONFLITOS DE JURISDIÇÃO
(Porto Alexndre, 1929)
- HONESTIDADE
(Gambos, 1925)



Preço: 37,50€;

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