sábado, 22 de abril de 2017

Guiné-Bissau & Guerra Colonial - 'AMÍLCAR CABRAL', de Oleg Ignátiev - Moscovo 1990 - Muito raro



Guiné-Bissau & Guerra Colonial - Uma biografia da autoria de um jornalista soviético que acompanhou Amílcar Cabral por diversas vezes


'AMÍLCAR CABRAL'
De Oleg Ignátiev
Edição da Agência de Imprensa Nóvosti
Moscovo 1990


Livro com 72 páginas, muito ilustrado e em muito bom estado de conservação.
De muito difícil localização.
MUITO RARO. 


Esta obra, da autoria de Oleg Ignátiev, jornalista soviético que acompanhou Amílcar Cabral por diversas vezes em fóruns internacionais e nas zonas sob domínio do PAIGC em reportagens para a imprensa da ex-URSS, relata a vida, obra e actividade de Amílcar Cabral nas mais diversas facetas do político e guerrilheiro guineense.

Uma das obras mais interessante sobre a figura do líder e fundador do PAIGC, assassinado a 20 de Janeiro de 1973, em Conakry, por um grupo de membros do próprio partido em circunstâncias ainda hoje pouco claras nomeadamente os cérebros por trás da conspiração.


Do ÍNDICE:
- Homenagem a um amigo;
- "Que o teu filho viva amanhã no mundo dos teus sonhos";
- Dia da fundação: 19 de Setembro de 1956;
- A tragédia em Pigiguiti;
- O Partido muda de táctica;
- Antes do início da luta armada;
- O Congresso de Cassaca;
- Ofensiva em todas as frentes;
- O juramento de Cabral;



AMÍLCAR CABRAL - Biografia:
"Filho de Juvenal Lopes Cabral (cabo-verdiano) e de Iva Pinhel Évora (guineense de ascêndencia caboverdiana), aos oito anos de idade, sua família mudou-se para Cabo Verde, estabelecendo-se em Santa Catarina (ilha de Santiago), que passou a ser a cidade de sua infância, onde completou o ensino primário. De seguida mudou com a mãe os irmãos para Mindelo, São Vicente, onde veio a terminar o curso liceal em 1943. Como apontado por Patrícia Villen[2], sua adolescência remete a um período de intensa seca e fome na ilha, nos ano 40, por exemplo, essa crise provocou a morte de 50 mil pessoas, além da imigração em massa de cabo-verdianos. No ano seguinte, mudou-se para a cidade de Praia, na Ilha de Santiago, e começou a trabalhar na Imprensa Nacional, mas só por um ano pois, tendo conseguido uma bolsa de estudos, no ano de 1945 ingressou no Instituto Superior de Agronomia, em Lisboa. Único estudante negro de sua turma, Cabral logo se envolve em reuniões de grupos antifascistas e, ao lado de outros alunos vindos da África, tais como Mário de Andrade, Agostinho Neto e Marcelino dos Santos "conhece vectores culturais da re-africanização dos espíritos do movimento da negritude dirigido por Léopold Sédar Senghor". Após graduar-se em 1950, trabalhou por dois anos na Estação Agronómica de Santarém.

Contratado pelo Ministério do Ultramar como adjunto dos Serviços Agrícolas e Florestais da Guiné, regressou a Bissau em 1952. Iniciou seu trabalho na granja experimental de Pessube percorrendo grande parte do país, de porta em porta, durante o Recenseamento Agrícola de 1953 adquirindo um conhecimento profundo da realidade social vigente. Suas atividades políticas, como a criação da primeira a Associação Esportiva, Recreativa e Cultural da Guiné, aberta tanto aos "assimilados" quanto aos indígenas, reservam-lhe a antipatia do Governador da colônia, Melo e Alvim, que o obriga a emigrar para Angola. Nesse país, une-se ao MPLA.

EM 1955 Cabral participa da Conferência de Bandung e toma conhecimento da questão afro-asiática. Em 1959 juntamente com Aristides Pereira, seu irmão Luís Cabral, Fernando Fortes, Júlio de Almeida e Elisée Turpin, funda o partido clandestino Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC). Em 3 de agosto de 1959, o partido teve participação na greve de trabalhadores do porto de Pidjiguiti, fortemente reprimida pelo governo colonial, resultando na morte de 50 manifestantes e no ferimento de outras centenas. Quatro anos mais tarde, o PAIGC sai da clandestinidade ao estabelecer uma delegação na cidade de Conacri, capital da República de Guiné-Cronacri. Em 23 de janeiro de 1963 tem início a luta armada contra a metrópole colonialista, com o ataque ao quartel de Tite, no sul da Guiné-Bissau, a partir de bases na Guiné-Conacri.

Em 1970, Amílcar Cabral, fazendo-se acompanhar de Agostinho Neto e Marcelino dos Santos, é recebido pelo Papa Paulo VI em audiência privada. Em 21 de novembro do mesmo ano, o Governador português da Guiné-Bissau determina o início da Operação Mar Verde, com a finalidade de capturar ou mesmo eliminar os líderes do PAIGC, então aquartelados em Conacri. A operação não teve sucesso.

Em 20 de janeiro de 1973, Amílcar Cabral é assassinado em Conacri, por dois membros de seu próprio partido. Amílcar Cabral profetizara seu fim, ao afirmar: "Se alguém me há de fazer mal, é quem está aqui entre nós. Ninguém mais pode estragar o PAIGC, só nós próprios." Aristides Pereira, substituiu-o na chefia do PAIGC. Após a morte de Cabral a luta armada se intensifica e a independência de Guiné-Bissau é proclamada unilateralmente em 24 de Setembro de 1973. Seu meio-irmão, Luís de Almeida Cabral, é nomeado o primeiro presidente do país."

In: https://pt.wikipedia.org/wiki/Am%C3%ADlcar_Cabral


Preço: 52,50€; 

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