sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Moçambique & Poesia - ‘NATAL’, de Constantino de Castro Lopo - Maputo 1976 - MUITO RARO;





Moçambique & Poesia - Uma obra de poemas de homenagem dos familiares (filhos e sobrinho) de um português que dedicou toda a sua vida às populações e à terra moçambicana 


‘NATAL’ 
De Constantino de Castro Lopo 
Edição dos familiares 
Maputo 1976 


Livro com 32 páginas e em muito bom estado de conservação. Excelente. 
De muito difícil localização. 
MUITO RARO.


Da APRESENTAÇÃO: 
“Este livro foi editado por decisão e vontade de Constantino, Madalena e Ricardo, filhos do autor e de Hernâni Castro Lopo, sobrinho muito amigo, que por este meio quiseram prestar homenagem às suas qualidades de carácter. 

CONSTANTINO DE CASTRO LOPO, que também usa o pseudónimo de BENTO DE CASTRO, tem diversos livros editado em Lourenço Marques, agora Maputo, onde literalmente é, também sobejamente conhecido.

Nasceu na transmontana vila de Valpaços, aos 7 de Maio de 1897.
Muito jovem, emigrou para o Brasil onde permaneceu pouco tempo, regressando a Portugal. 
Ele estremecia a sua terra natal, mas ela era tão pequena e de tão magros recursos que resolveu embarcar para Moçambique, onde se enraizou, com o mesmo afinco e entusiasmo febril de um ‘bóer’ ou de um ‘hebreu’, ávido de uma Pátria de grandeza proporcional à sua alma de lutador, onde pudesse construir a sua felicidade, ajudando a construir uma grande e próspera nação.
Muito jovem entrou para o Banco Nacional Ultramarino, onde fez carreira e foi estimado, tendo estado em Porto Amélia como gerente da filial.
Em 1942 veio para Lourenço Marques, associando-se à Minerva Central. 
Segundo suponho, veio apenas duas vezes à Europa. Uma em 1931 e outra, salvo erro, em 1973, quando em representação da Câmara Municipal de Comércio, como secretário, vice-Presidente e Presidente. 
Não há velho radicado em Moçambique, que não o conheça e admire.
Com uma idade avançada, soube resistir ao sofrimento por que passaram as populações, quer antes,  quer após a independência, fruto da ‘descolonização exemplar’ e das vicissitudes por que tem de passar, infalivelmente, as populações, quando surgem grandes transformações na condução dos povos. 
Quando a maioria dos portugueses debandou, aí se manteve com granítica firmeza de vontade de não abandonar, não só o que lhe levara uma vida inteira a granjear, mas também porque se habituara a viver na vilinha transmontana onde nascera, que sempre recorda com tanto amor e saudade, mas da qual há anos se sente desligado. 
(…)
Como velho residente, considera-se também filho dessas terras, pelo que também sonhava com a libertação e a independência, que pudesse levar Moçambique ao surto do progresso almejado, por todos quantos a escolheram como sua Pátria, bem amada. 
Ele é dos que viram e ajudaram vilas e cidades a sair de pântanos e dos que sentem orgulho profundo, com o desenvolvimento criado. 
(…)
Teimoso, como bom e fiel transmontano que é, continua vivendo em Maputo, onde muitas vezes se mantém só. 
(…)“ 
Hernani 


BIOGRAFIA: 
CONSTANTINO DE CASTRO LOPO. Nasceu em Valpaços a 7 de Maio de 1897. Casou em África (Moçambique) com Ada Daphne Bruton, e deixou três filhos: Constantino, Madalena e Ricardo. Faleceu em Valpaços a 8 de Julho de 1995. É referenciado na obra coordenada por barroso da fonte DICIONÁRIO DOS MAIS ILUSTRES TRANSMONTANOS E ALTO DURIENSES nos seguintes termos:

«[…]Também usou o pseudónimo de Bento de Castro. […] Em 1910, por altura da Implantação da República, Emigrou aos 14 anos para o Brasil, onde permaneceu durante a adolescência. Regressou a Portugal, onde decidiu partir para Moçambique em meados dos anos 20. Aí ganhou raízes. Ingressou no Banco Nacional Ultramarino, onde chegou a gerente da filial de Porto Amélia.
Após o seu casamento em 1933, fundou a Companhia Sagal (Algosão e Sisal) em Porto Amélia em meados dos anos 30 com o cunhado Dr. Luís Eduardo Soromenho. Em 1942 foi transferido para Lourenço Marques, associando-se como sócio gerente da Firma J. A. Carvalho, proprietária da Minerva Central, Casa Bayly, Gráfica Trasmontana, e varias outras livrarias e tipografias localizadas nas principais cidades de Moçambique. Castro Lopo e os seus sócios nestas e outras firmas `as quais se associara, criaram centenas de postos de trabalho em Moçambique. EM 1973 veio à Metrópole, na capacidade de vereador, em representação da Câmara de Lourenço Marques para participar no Congresso de Municípios. Desempenhou durante 30 anos vários cargos na direcção da Câmara do Comércio e Indústria de Moçambique, desde vogal, tesoureiro, secretario, Vice-presidente, Presidente e Presidente da Assembleia Geral.
Devido aos seus vastos investimentos em negócios e imobiliária em Moçambique, e `a idade avançada dos 77 anos, Constantino de Castro Lopo e a esposa permaneceram no país durante dez anos após a independência que se deu em 1975.
Foi colaborador regular da imprensa em Portugal, Moçambique e editou alguns livros em prosa e verso: Poemas Bárbaros, José Ben Jacob, Sem Rumo, Tema Mártir, Câmara de Comércio de Lourenço Marques, Alcorão (tradução do Inglês), Kitab Us Salat, Folhas de Outono. Os seus trabalhos continuam a ser publicados em antologias e outras publicações pelo filho, Ricardo Bruton de Castro Lopo, herdeiro dos direitos de autor.»

Informações adicionais disponibilizadas por Ricardo Bruton de Castro Lopo:
Em 1984 Constantino emigrou para o Brasil com a esposa onde residiu durante seis anos na companhia do filho mais velho, Constantino (Jnr).
Em 1991 o casal regressou a África onde residiu em johanneJburg - África do Sul na companhia do filho mais novo, Ricardo. Em 1994, o casal acompanhou este filho mais novo quando este emigrou com a sua família para Toronto, Canadá.
Em 1995 Constantino (Snr.), com 98 anos de idade, regressou `a sua vila/cidade natal Valpaços, Trás-os-Montes, Portugal na companhia da esposa, onde residiu na Santa Casa da Misericórdia durante mês e meio antes de falecer.
Foi sepultado no cemitério de Valpaços na campa que comprara em 1940 e onde estão sepultados os seus pais - Joaquim e Emília de Castro Lopo.
Constantino de Castro Lopo e Ada Dapne Bruton de Castro Lopo (que veio a falecer em albufeira 18 meses após a morte do marido) teriam hoje os três filhos acima mencionados, oito netos, cinco bisnetas, e um trineto. Estes estão dispersos por Portugal, Brasil, Itália, Inglaterra, e Canadá.


OBRAS DO AUTOR: 
- ‘Poemas Bárbaros’; 
- ‘José Ben Jacob’; 
- ‘Sem Rumo’; 
- ‘Terra Mártir’; 
- ‘Câmara de Comércio de L. Marques’; 
- ‘Alcorão ‘Holy K’ran’ - (tradução do inglês). 



Do ÍNDICE: 

APRESENTAÇÃO 

- Natal 
- O Homem e a árvore 
- Mensagem 
- A minha Rua 
- Os navios passam 
EPÍLOGO 
- Montanhês do Hermínio 
- Ruíram as muralhas de Sião 
- A antiga Sinagoga 
- Adeus 
- Natal do Retornado 


Preço:  0,00€; (Indisponível) 

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