Guerra colonial - O conflito africano visto por quem nele participou de forma intensa
'NÓ CEGO'
De Carlos Vale Ferraz
Edição da Livraria Bertrand
Lisboa 1982
Livro com 356 páginas e em muito bom estado de conservação.
A primeira edição desta obra.
De muito difícil localização.
RARO.
Considerado um dos melhores romances dedicados à temática da guerra colonial, tendo como cenário Moçambique e a participação dos militares portugueses. O próprio autor, oficial comando com comissões militares em angola, Guiné e Moçambique, relata os seus sentimentos e opiniões sobre o conflito que Portugal enfrentou nas colónias africanas. Um documento histórico.
Da contra-capa:
"Com o correr do tempo começaram a aparecer, como seria inevitável, os testemunhos de uma época que marcou profundamente a realidade portuguesa: referimo-nos à guerra colonial, que exerceu grande influência na geração que se viu envolvida no conflito a ajudou a determinar uma 'resistência interna' que acabaria por conduzir o país ao 25 de Abril e à liberdade.
'NÓ CEGO' é um desses primeiros testemunhos, sendo, simultaneamente, um romance de grande qualidade. Escrito por quem viveu a guerra por dentro, por quem conhecer cara a cara a sua falsa grandeza e lhe detectou o patético lado humano de uma experiência-limite, a obra transmite toda a perturbação e todo o desencanto de uma guerra fotografada com o olhar cada vez mais fundo no inferno e, finalmente, dada ao leitor no seu espanto e no seu horror quotidianos, corrigindo com a força do texto e a surpresa das suas situações qualquer ideia preconcebida que se possa ter daquilo que foi 'o problema africano português'.
Livro onde o realismo dos diálogos parece sublinhar, através do absurdo, o lado dantesco da guerra. 'NÓ CEGO' é também a denúncia de uma situação que durante muito tempo ficou escondida na sua essência e que, liberta dos condicionalismos políticos e das 'verdades oficiais', proporciona enfim o ponto de vista de uma geração que viveu directamente os acontecimentos."
OBRAS DO AUTOR
Carlos Vale Ferraz (Pseudónimo de Carlos Matos Gomes):
- ‘NÓ CEGO’ (1982);
- ‘NÓ CEGO’ (1982);
- ‘DE PASSO TROCADO ASP’ (1985);
- ‘SOLDADÓ’ (1988);
- ‘OS LOBOS NÃO USAM COLEIRA’ (1990);
- ‘O LIVRO DAS MARAVILHAS’
- ‘FLAMINGOS DOURADOS’ (2004);
- ‘FALA-ME DE ÁFRICA’ (2007);
- ‘BASTA-ME VIVER’ (2010);
- ‘A MULHER DO LEGIONÁRIO’ (2013);
- ‘A ESTRADA DOS SILÊNCIOS’ (2015);
- ‘A ÚLTIMA VIÚVA DE ÁFRICA’ (2017);
- ‘QUE FAZER CONTIGO?’
Carlos Matos Gomes:
- ‘MOÇAMBIQUE 1970’ (2002);
- ‘ANGOCHE - OS FANTASMAS DO IMPÉRIO’ (2021);
Em co-autoria:
- ‘GUERRA COLONIAL’ (2009);
- ‘GUERRA COLONIAL - Um repórter em Angola’ (2001) com Fernando Farinha;
- ‘PORTUGAL E A GRANDE GUERRA 1914-1918’ (2013);
- ‘OS ANOS DA GUERRA COLONIAL 1961-1975’ (2010);
- ‘ALCORA - O ACORDO DO COLONIALISMO’ (2013);
- ‘A CONQUISTA DAS ALMAS - Cartazes e Panfletos da Acção Psicológica na Guerra Colonial’ (2016);
1.ª Parte
- A PRIMEIRA OPERAÇÃO
1. - Um comando não tem fome nem sede;
2. - ...Custe o que custar. Não se pode ter sol na eira e chuva no nabal;
3. - Carta do alferes José Fernandes à sua noiva com o título: 'Mueda, terra de guerra, Lisboa oito mil quilómetros';
4. - Vamos para a volta ao mundo;
II Parte
- A VOLTA AO MUNDO
1. - Que puta de guerra esta;
2. - O arrebenta-minas;
3. - Os cães de guarda do pastor;
4. - A picada passou a confundir-se com uma seara de minas.
Dali ninguém sairia, a não ser morto ou ferido grave;
5. - Um homem quando vai daqui já não é o mesmo;
III Parte
IR E VIR
1. - Por serem uns filhos da valeta;
2. - A febre de sangue;
3. - Vão p'ró mato, ó malandros !;
4. - A noite de Natal;
5. - O circo em movimento;
6. - Na ilha do sonho;
IV Parte
NÓ CEGO
1. - O briefing;
2. - Meus filhos, vamos dar cabo dos 'turras' todos !;
3. - Se escapo desta vou a Fátima a pé;
4. - A base;
5. - Salve-se quem puder !;
V Parte
DE VOLTA À BASE.
Preço: 35,00€
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