BD - Moçambique & Guerra do Ultramar - Uma obra em Banda Desenhada de grande qualidade do autor, sobre a guerra colonial nesta antiga província ultramarina portuguesa, e a consequente descolonização, com o título adoptado do grito de guerra dos Vátuas, um dos povos mais guerreiros desta região de África
‘BAYÉTE’
De Vassalo de Miranda
Edição Cadernos Sobreda BD - n. 10
Grupo Bedéfilo Sobredense
Apoio da Junta de Freguesia de Sobreda
Reprodução gráfica da Câmara Municipal de Almada
Almada 1993
Livro com 34 páginas, muito ilustrado e em muito bom estado de conservação. Excelente.
De muito, muito difícil localização.
MUITO, MUITO RARO.
Vassalo Miranda tem dedicado grande parte da sua vida à Banda Desenhada, após ter sido militar nas Forças Armadas Portuguesas e ter cumprido missões na Guiné e Moçambique.
Nesta obra de BD, o autor socorre-se de alguns acontecimentos que decorreram nos finais da presença portuguesa em Moçambique na guerra e na descolonização que culminou com o abandono da administração nacional e a independência em 25 de Junho de 1975. Nessa data ficou instaurado em Moçambique, uma ditadura férrea da FRELIMO, movimento guerrilheiro liderado por Samora Machel e de cariz marxista-leninista, que suprimiu toda a oposição, encarcerando os dissidentes e opositores em Campos de Concentração.
O autor relata, em pranchas de grande qualidade artística, o ataque de um submarino a um navio mercante com bandeira portuguesa - na história com a designação de ‘Archote’ - que transportava armamento e combustível para as Forças Armadas colocadas no norte do território, culminando o assalto com o rapto de toda a tripulação e a tentativa de explosão e destruição da embarcação.
Esses tripulantes, 23 e um único passageiro, terão sido detectados num campo de concentração da FRELIMO pelos opositores que ainda restavam no país e faziam actividade clandestina, tendo sido organizada uma a acção militar de um grupo de ex-militares portugueses, apoiados pelos serviços secretos de um dos países vizinhos para resgatar os tripulantes raptados, uma médica portuguesa ali internada e ex-guerrilheiros que se opunham à ditadura. A operação decorreu então com a libertação de um único sobrevivente do navio assaltado - todos os restantes acabaram por morrer em consequência dos maus tratos infligidos - da médica e de um grande grupo de ex-militares da FRELIMO. Estes últimos acabariam por se organizar na resistência contra o regime de Samora Machel.
Assim, Vassalo Miranda friccionou o caso do navio ‘Angoche’ e o início da oposição armada em Moçambique, que viria a ser a designada na altura MNR (Resistência Nacional Moçambicana) e posteriormente a RENAMO.
OBRAS DE BD DO AUTOR:
1. - ‘MAMASSUMA - COMANDOS AO ATAQUE’ - Lisboa 1977;
2. - ‘BAYÉTE’ - Almada 1993;
3. - ‘OPERAÇÃO GATA BRAVA’ - Chaves 1994;
4. - ‘OPERAÇÃO TROVÃO’ - Chaves 1995;
5. - ‘DO ÍNDICO AO NIASSA’ - Lisboa 2010;
6. - ‘A EPOPEIA DA LDM 302’ - Lisboa 2011;
7. - ‘COMBATES NAVAIS - LUTAR... LUTAR’ - Lisboa 2011;
8. - ‘OPERAÇÃO MAR VERDE’ - Lisboa 2012;
9. - ‘COMBATES NAVAIS - AUGUSTO CASTILHO’ - Lisboa 2012;
10. - ‘A FRAGATA D. FERNANDO II E GLÓRIA’.
Da contracapa:
“VASSALO DE MIRANDA
De seu nome completo, António Manuel Constantino Vassalo de Miranda, nasceu em Vila França de Xira a 21 de Novembro de 1941.
Viveu largos anos em África, especificamente em Moçambique e na Rodésia (hoje Zimbabwe). No entanto a sua iniciação na Banda Desenhada começou na actual Guiné-Bissau (quando aí era militar), com ‘uma história de amor passada no Vietname com mercenários portugueses’, original esse que perdeu ou lhe foi desviado por mão cobiçosa. Em Bissau, deixou um mural que representava o Espírito da Raça, no quartel dos antigos Comandos.
Mais tarde, em Moçambique, retoma a Banda Desenhada, publicando no ‘NOTÍCIAS’, e na ‘Tribuna’. Quando voltou definitivamente para Portugal em 1977, publicou BD no semanário ‘O RETORNADO’ e posteriormente, nas revistas ‘Mundo de Aventuras’ e ‘Jornal do Exército’. E entretanto editou um mini-álbum com a história ‘MAMASUMÁ’.
Tem exposto BD em Lisboa, Sobreda, Porto e Viseu. Dedicando-se actualmente à pintura (quase que exclusivamente), desta Arte já efectuou várias exposições em Lisboa.
‘BAYÉTE’, é um inédito que vê agora a ‘luz do dia’ (muito embora não na sua integridade)... Sem quebrar o rigor e o ritmo desta narrativa ilustrada, algumas pranchas (por selecção do próprio autor) não figuram nesta primeira impressão de ‘BAYÉTE’.“
Preço: 0,00€; (Indisponível)
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