terça-feira, 6 de outubro de 2015

Timor - 'ARQUITECTURA TIMORENSE', de Ruy Cinatti, Leopoldo de Almeida e Sousa Mendes - Lisboa 1987 - MUITO RARO




Timor - As técnicas, materiais e história da construção típica timorense


'ARQUITECTURA TIMORENSE'
De Ruy Cinatti, Leopoldo de Almeida e Sousa Mendes
Edição do IICT - ME
Lisboa 1987


Livro de capas duras e com sobrecapa original, com xxx páginas, muito ilustrado e em muito bom estado de conservação.
De muito difícil localização.
MUITO RARO.


Esta magnífica obra que corresponde à investigação realizada pelos autores em 1958, ao serviço do então subsecretário do Ultramar, Carlos Krus Abecasis, e cujo relatório ficou terminado em 1961, de que resultou este livro. Acabaria por só ser editada no ano seguinte à morte do poeta Ruy Cinatti.


"Tem este livro por primeiro objectivo ser uma compilação de formas da construção nativa timorense, patente, nos seus variados tipos, por todo o território insular onde nos foi possível chegar, observar, fazer fotografias e desenhar. Impôs-se, durante a recolha do material, o estudo analítico dos diferentes habitats rurais, sua interpretação e classificação. Constituiu-se então um conjunto de conhecimentos subordinado ao tema "habitat", essencial para o estudo da geografia humana do território - síntese das acções e reacções do binómio homem-envólucro natural.

Houve que, para explicitar as manifestações arquitectónicas timorenses, enquadrá-las no nível material e cultural da sua civilização, descrita nos seus aspectos principais: estrutura social e económica, religião, artesanato, festas, etc.. Relacionou-se, deste modo, o habitat determinado até certo ponto por condicionamentos vários, com a vida quotidinana nativa. Ordenou-se o material recolhido no desenrolar de um capítulo descritivo que traduz a paisagem geográfica e humana de Timor, constituindo, porventura, um conjunto de dados suficientes para base de outros trabalhos de investigação ou de concretização de ordem prática.

Com o presente estudo sobre o habitat timorense ficarão para sempre arquivadas as formas de vida do seu povo e, em especial, uma das realizações mais interessantes da cultura insular: a casa."


Informação do editor.


Do ÍNDICE:
- Um pequena explicação (A. Lima de Carvalho - Director do Museu de Etnologia) e (Ernesto Veiga de Oliveira);
- Prefácio - Ruy Cinatti;
- Introdução;
Mito e Tradição;

Capítulo I
Súmula Geográfica
A terra - Aspectos geológicos e morfológicos
- Aspectos climáticos; - Vegetação; - Recursos naturais;
As gentes - Línguas e Raças
- Densidade da população; - O sistema político e as classes sociais; - A Família; - A religião; - Festas e Vestuário;
Meios de Subsistência
- Pesca e Caça; - Artesanato; - Cerâmica; - Ourivesaria; - Panos e esteiras;

Capítulo II
O Habitat rural
Mapa de habitações e quadro tipológico
As regiões
- Bobonato:
- A região; - O povoamento; - A casa;
- Maubisse:
- A região; - A casa;
- Baucau
- A região; - A casa;
- Lautem
- A região; - Os aldeamentos; - A casa;
- Viqueque;
- A região; - O povoamento; - A casa;
- Suai
- A região; - O povoamento; - A casa;
- Ocússi
-A região; - A casa;
- Tipos de casas timorenses e um rito de consagração;
- Consagração de uma casa timorense;

Capítulo III
- Breve notícia da Arquitectura Europeia;
- Índice.



Ruy Cinatti Vaz Monteiro Gomes foi um poeta, antropólogo e agrónomo português.

Poeta e cientista português, nascido em Londres a 8 de Março de 1915. Licenciado em Agrononomia, trabalhou vários anos como chefe dos Serviços de Agricultura do Governo de Timor (1951-1956), dedicando-se a estudos na área da Antropologia. A sua passagem pela Universidade de Oxford serve-lhe de pretexto para desenvolver o estudo do povo timorense. Faz juramentos de sangue com liurais timorenses e filma no território imagens hoje recolhidas na Cinemateca. Na área da literatura, destacou-se pela sua ligação à revista Cadernos de Poesia, de que foi co-fundador. A ele se deve, também, a revista Aventura, nos anos 40.

Publicou, entre outras obras, e para além de monografias sobre Timor:
- 'Ossobó' (1936),
- 'Nós Não Somos Deste Mundo'(1941);
- 'Anoitecendo a Vida Recomeça' (1942);
- 'Poemas Escolhidos' (1951);
- 'O Livro do Nómada Meu Amigo' (1966, Prémio Antero de Quental);
- 'Sete Septetos' (1967, Prémio Nacional de Poesia);
- 'Crónica Cabo-Verdeana' (1967, sob o pseudónimo Júlio Celso Delgado);
- 'O Tédio Recompensado' (1968);
- 'Borda d'Alma' (1970);
- 'Uma Sequência Timorense' (1970, Prémio Camilo Pessanha);
- 'Memória Descritiva' (1971);
- 'Lembranças Para S. Tomé e Príncipe - 1972 (1972', publicado em 1979);
- 'Borda d'Alma' (1973);
- 'Conversa de Rotina' (1973);
- 'Os Poemas do Itinerário Angolano' (1974);
- 'Cravo Singular' (1974);
- 'Timor-Amor' (1974);
- 'Paisagens Timorenses com Vultos' (1974);
- 'O A Fazer-se, Faz-se' (1976);
- 'Import-Export' (1976);
- '56 Poemas' (1981);
- 'Manhã Imensa' (1984);
- 'Ruy Cinatti' (antologia de 1986);
- 'Obra Poética' (1992);
- 'Corpo e Alma' (1994);
- 'Tempo da Cidade' (1996).

Em 1997, foi publicado 'Um Cancioneiro Para Timor' (datado de 1968). No manifesto 'A Poesia É Só Uma' demarca-se, quer do neo-simbolismo da Presença, quer do neo-realismo e do surrealismo, apresentando 'um programa de autenticidade poética', nas palavras de Jorge de Sena. Em 2000, publica-se 'Archeologia as Usum Animae'.

Faleceu a 12 de Outubro de 1986.


Preço: 160,00€

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