quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Guiné-Bissau - 'AMÍLCAR CABRAL', de Aquino de Bragança - Lisboa 1976 - MUITO RARO;



Guiné-Bissau - Uma primeira biografia e relato do assassinato do fundador e dirigente do PAIGC


'AMÍLCAR CABRAL'
De Aquino de Bragança
Edição Iniciativas Editoriais
Lisboa 1976


Livro com 36 páginas e em excelente estado de conservação.
De muito, muito difícil localização.
MUITO RARO.


Com uma longa e diversificada carreira política de oposição ao colonialismo e à administração portuguesa nos territórios da Índia numa primeira fase, alargou essa actividade à colaboração com o PAIGC, o MPLA e a FRELIMO quando se estabeleceu na Europa e depois em Marrocos, em estreita amizade com Mário de Andrade, Amílcar Cabral, Marcelino dos Santos e depois com Agostinho Neto, Eduardo Mondlane e Samora Machel, de quem viria a ser um colaborador de confiança e conselheiro, tendo estado ao lado do lider da FRELIMO aquando dos célebres julgamentos de Nachingwea aos opositores internos, Lázaro Kavandame, Uria Simango e Joana Simeão. Viria a falecer no meu vôo em que Samora Machel faleceu.

Com inúmeras colaborações na imprensa francesa e do norte de África, Aquino de Bragança em face do conhecimento estreito com aqueles dirigentes, foi o primeiro a ensaiar uma biografia e a revelar todos os pormeores do assassinato de Amílcar Cabral, precisamente nesta obra.


AQUINO DE BRAGANÇA (Tomaz Aquino Messias de Bragança)

Aquino de Bragança nasceu em Badem, Goa, em 1924. Engenheiro Químico por formação (em Darwar, Índia), fixou-se em Grenoble em 1951 e mudou-se para Paris em 1954. Ali consolidou uma forte perspectiva anti-colonial em relação estreita com companheiros como Mário de Andrade.

Viveu em Marrocos de 1957 a 1962, e na Argélia de 1962 a 1974, empenhado nas lutas de libertação africanas. Ali foi estreitando relações de amizade e camaradagem com figuras como Amílcar Cabral, Mário de Andrade, Agostinho Neto, Eduardo Mondlane, Samora Machel e Ben Bella. Em Abril de 1961, em Casablanca, participa, juntamente com Marcelino dos Santos, Mário de Andrade e outros, na criação da CONCP (Conferência das Organizações Nacionalistas das Colónias Portuguesas). Porta-voz da organização e dedicado à prática jornalística, atrai a atenção da imprensa internacional para a causa das lutas nacionalistas africanas. Ao mesmo tempo, desenvolve reflexão teórica sobre a emancipação das colónias.

Estabelece-se em Moçambique na altura da transição para a independência. Em 1976 assume a direcção do Centro de Estudos Africanos (CEA) da Universidade Eduardo Mondlane, dedicado à investigação e formação superior, onde imprimiu uma forte dinâmica que conjugava empenhamento revolucionário, liberdade de pensamento e rigor científico. Ali foram formados muitos dos melhores intelectuais moçambicanos e se pesquisaram com notável profundidade temas da realidade moçambicana e da África Austral. Ali se criou a «Oficina de História», virada para o aprofundamento de uma perspectiva crítica e anti-dogmática da história de Moçambique.

Em Agosto de 1982, Aquino é ferido no atentado sul-africano que vitimou Ruth First, elemento destacado da luta sul-africana contra o apartheid e directora de pesquisa do CEA. A 19 de Outubro de 1986, Aquino perde a vida no acidente de aviação de Mbuzini, que vitimou o presidente Samora Machel e grande parte da sua comitiva.

Aquino de Bragança é um símbolo de criatividade, de pensamento crítico e livre, de rigor académico e de grande empenhamento nas causas da justiça social.



Preço: 67,50€; 

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