segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Portugal & PREC - 'O MRRP', de Judith Balso - Lisboa 1976 - Muito raro;



Portugal & PREC - Um livro polémico, alvo de censura na ediçã portuguesa e boicote em França


'O MRRP'
De Judith Balso
Edições DELFOS
Lisboa 1976


Livro com 336 páginas e em muito bom estado de conservação.
De muito difícil localização.
Muito raro.


Da badana:
"Edições DELFOS, no seu livro 'ELEIÇÕES LEGISLATIVAS', já apontava o Movimento Reorganizativo do Partido do Proletariado (M.R.P.P.) que nascera em 1970 no panorama clandestino da política portuguesa. Esta denominação manteve-se na legalidade, após 25 de Abril de 1974, mas transformou-se em Dezembro de 1976 no PARTIDO COMUNISTA DOS TRABALHADORES PORTUGUESES (P.C.T.P.).
É útil o conhecimento da vida de um partido comunista, que se destaca pelos seus ataques ao velho PARTIDO COMUNISTA PORTUGUêS (P.C.P.).
A edição francesa, 'M.R.P.P., le Portugal de prés', Maspero 1976, mostra-nos a face do M.R.P.P., acompanhando pari passu a exposição de ideias que vieram a lume no jornal do 'Movimento', 'LUTA POPULAR'.
Esta edição portuguesa foi totalmente modificada na estrutura da edição original e expurgada de uma certa virulência, talvez explicável em páginas de imprensa política, mas que se entende pouco útil num livro que pretende ficar para a história."


E ainda:
"Como comprova a experiência mundial do proletariado, não basta fazer a Revolução, é igualmente necessário defendê-la.
Luís Carlos Prestes (Secretário-Geral do Partido Comunista Brasileiro"



AVISO PRÉVIO
"A propósito deste livro, 'LIBRAIRIE NOUVELLE', de Lyon, dirigiu a seguinte carta ao editor Maspéro.

Senhores e Amigos:
Há longos anos que a nossa livraria, cujos laços com o movimento operário são bem conhecidos, distribui os vossos livros sem qualquer discriminação, como de resto é natural. Figuram em bom lugar nas nossas casas, como outros livros de outros editores.
No entanto, lamentamos informar-vos que não distribuiremos o 'M.R.P.P., LE PORTUGAL DE PRÉS', porque esse livro é um amontoado de injúrias e não constituiu absolutamente nada uma contribuição para o debate útil no movimento operário, nem sequer uma exposição de teses opostas desse movimento operário.
A expressão 'social-fascista' aplicada ao PCP não é aceitável, nem mesmo (parece-nos) para militantes que não partilhem das análises do PCP. Não teremos a crueldade de vos perguntar quem pode ter o hábito de injuriar os comunistas dessa maneira, nem se François Maspéro aceitaria publicar amanhã um livro qualificando Fidel Castro e os comunistas cubanos de 'social-fascistas'.
Em qualquer caso, nós nunca aceitaríamos distribuir um tal livro sobre Cuba.
Esperamos que a nossa futura colaboração seja mais frutuosa com outros livros."




Do ÍNDICE: 

AVISO PRÉVIO 
UMA ANÁLISE SOBRE PORTUGAL - Por Alain Badiou e Sylvain Lazarus 

I
- CRONOLOGIA (Abril de 1974 - Novembro de 1975) 

II
- ESTATUTOS DO MRPP;
I. - Programa geral; II. - Sobre os membros da Organização; III. - Princípios da organização do Movimento; IV. - Sobre os órgãos centrais do Movimento; V. - Sobre a Organização local do Movimento; VI. - Sobre as Organizações do Movimento;
PROGRAMA DE UM GOVERNO POPULAR

III
- POLÍTICA PORTUGUESA 
1. - As surpresas da História. PC-PS - Movimento de massas; 2. - Porque não foi o MFA o fulcro da Revolução; 3. - O estofo do PCP; 4. - Sobre as relações entre o PCP e a URSS; 5. - Irrupção, natureza e evolução dos movimentos camponeses (Norte e sul);
I. NORTE
A - Primeira questão, aliás controversa: os ataques foram obra de um punhado de reaccionários, ou puseram largas massas em movimento?;
B - Sobre os objectivos das revoltas;
C - Anti-Comunismo e anti-social-fascismo;
D - Movimento de massas e movimento de classe;
II. SUL
6. - Reforma Agrária, programa do PCP; 7. - Reforma Agrária, programa do MFA; 8. - Ocupação das terras e nacionalização; 9. - Conclusões do Congresso sobre a aliança Operários-Camponeses; 10. - As comissões de Trabalhadores no Movimento Operário; 11. - Algumas observações de História e de terminologia; 12. - Amanhã;

IV
- TEXTOS E DOCUMENTOS 
1. - Sobre o 25 de Abril de 1974. Ao Povo Português;
2. - Entrevista: O Porquê, o quando e o Como do MRPP:
A repressão; Solidariedade; Os Movimentos de Libertação e o MRPP; A queda do Império; Nacionalizações; Viragem para o terceiro mundo. Como?; O futuro; Histórias mal contadas; Guerra Civil; Mensagem final;
3. - Os cinco pontos constitutivos do MRPP:
I. - Lutemos por que o Movimento revolucionário se emancipe da tutela ideológica e política da Burguesia;
II. - Portugal, um dos elos fracos da cadeia mundial do Imperialismo;
III. - Levantemos bem alto a Bandeira da Revolução Democrática e Popular;
IV. - O abandono da aliança Operários-Camponeses, crime vergonhoso dos oportunistas;
V. - Deve continuar a justa luta de Libertação dos povos oprimidos das colónias;
4. - Programa de Revolução Democrática e Popular;
5. - A Habitação, o Pão, a Terra e a Paz: a propósito das palavras de ordem do MRPP;
Nas fábricas; No campo; Nos bairros;
6. - O MRPP e a questão colonial, face ao MFA;
7. - Posição do MRPP no debate sobre a unicidade sindical. O fiasco da Intersindical;
8. - Um dirigente do MRPP fala em Paris;
9. - O MRPP na vanguarda da luta pelo saneamento dos fascistas;
10. - Por uma direcção revolucionária unificada nas fábricas nacionalizadas e em vias de encerramento;
Resolução da II Conferência Nacional do MRPP;
11. - Na encruzilhada dos caminhos da Revolução:
A crise actual;
A morte da revolução ou o seu avanço a galope, eis o dilema que se põe à classe operária;
Aplicação imediata da semana de 40 horas;
É preciso que os operários inscrevam nas suas bandeiras as reivindicações dos camponeses;
A velha máquina do estado tem de ser destruída de alto a baixo;
As Comissões de Trabalhadores já se impuseram e nenhuma força do mundo as poderá destruir;
Uma tarefa central das Comissões de Trabalhadores: Centralização e Organização;
As Comissões de Trabalhadores e o armamento da classe operária e de todo o povo;
Devemos tratar seriamente a doença. Para isso temos de nos armar!;
Fazer das ideias uma arma e utilizá-la;
12. - Os Movimentos Camponeses do Norte;
13. - Apoiar ou não o 'Documento do COPCON';
O Documento Melo Antunes e as questões do poder, da violência e da transição pacífica para o socialismo;
14. - Retiremos a capa aos Social-Fascistas dos SUV;
Quem são os SUV?;
Quais são os objectivos desta organização?;
15. - Contra o embarque dos soldados:
Açores, Madeira e Angola;
As manifestações dos soldados da Polícia Militar contra os embarques para Angola e pelo regresso dos soldados;
Moção dos soldados mobilizados do depósito Geral de Adidos;
Manifestação de apoio aos soldados da Polícia Militar;
Comunicado das Companhias de Polícia Militar mobilizadas para Angola;
16. - Como surgiu na classe operária a ideia de um novo partido;
17. - Sobre a Frente única;
18. - Nas véspera do 25 de Novembro de 1975:
A situação política actual;
A crise do sistema é a crise do estado;
Todas as disputas visam a desarmar a Revolução que cresce;
Nenhum apoio aos Governos Provisórios;
Os social-fascistas e a luta dos operários padeiros;
19. - O 25 de Novembro de 1975:
O auge da contra-revolução reaccionária;
Tentativa de golpe de estado e manobras dos militares;
- ataque dos 'comandos' contra o Regimento de Polícia Militar;
Unidades de Cavalaria em movimento;
A rendição do Depósito Geral de Material de Guerra (Beirolas);
As desventuras do RALIS (Regimento de Artilharia de Lisboa);
A 'neutralidade' da Marinha;
Forças militares do Norte e do sul em direcção a Lisboa;
Os acontecimentos fora de Lisboa;
As primeiras lições;
20. - Os sete pontos de orientação para a resistência anti-colonial (RPAC);
21. - Viva a república Democrática de Timor-Leste ! Viva a FRETILIN ! Tropas fascistas indonésias, fora de Timor !



Preço: 42,50€; 

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