'ANGOLA - Cinco séculos de exploração portuguesa'
De Américo Boavida
Desenho da Capa de Marius Lauritzen Bern
Edição Civilização brasileira
Brasil 1967
Livro com 140 páginas e em muito bom estado de conservação
De muito difícil localização.
MUITO RARO.
Da autoria de uma dos mais destacados dirigentes do MPLA, que faleceu em consequência de um bombardeamento da sua base de guerrilha pela Força Aérea portuguesa, com inúmera informação sobre a exploração capitalista dos recursos naturais desta antiga colónia portuguesa de África.
Da Abertura:
Edição Civilização brasileira
Brasil 1967
Livro com 140 páginas e em muito bom estado de conservação
De muito difícil localização.
MUITO RARO.
Da autoria de uma dos mais destacados dirigentes do MPLA, que faleceu em consequência de um bombardeamento da sua base de guerrilha pela Força Aérea portuguesa, com inúmera informação sobre a exploração capitalista dos recursos naturais desta antiga colónia portuguesa de África.
Da Abertura:
“AO POVO ANGOLANO
Em seus trabalhadores, camponeses, estudantes e intelectuais, aos presos e deportados políticos, e aos que caíram sob as balas do colonialismo português - a comovida homenagem e o profundo respeito do…“
Autor
Da Badana:
“ANGOLA SOB O COLONIALISMO LUSO
Parasitismo e genocídio são as palavras com que Américo Boavida resume e define o regime colonial português em Angola. Historicamente, sempre foram estas as directrizes gerais da política lusitana na África - na Guiné, em Moçambique, nas possessões insulares - e na Ásia como na América (Brasil). Angola constitui o exemplo mais flagrante da aplicação sistemática dessas normas, que os fascistas de Salazar erigiram como doutrina de Estado.
Como as demais ‘províncias’ de Ultramar, Angola está jungida ao que Perry Anderson recentemente qualificou de ‘condomínio’ e Boavida chama ‘colonialismo coletivo’. Sem capitais nem técnica industrial a exportar, Portugal entrega a capitais monopolistas ingleses, americanos, alemães, franceses, belgas, japoneses e outros países da África a exploração das riquezas do subsolo angolano - diamantes, petróleo, minérios de ferro, de cobre e de zinco, manganês, estanho, fosfatos e, nos últimos anos, urânio. Esse arranjo (‘os estrangeiros embolsam os lucros e nós pagamos os melhoramentos’) têm óbvias implicações políticas no plano internacional. Deste modo, Portugal compromete e põe em risco, a longo prazo, todo o futuro nacional, económico e político de Angola.
Mas não se descuida do presente. Como o denuncia Américo Boavida, Portugal adquire produtos angolanos a preços irrisórios, se comparados com os do mercado mundial, mas vende produtos portugueses a Angola a preços ‘muito superiores’ ao seu valor real, como medida proteccionista à indústria portuguesa. E ‘recebe em divisas (dólares) os créditos das exportações da colónia e reembolsa em escudos angolanos depois de uma dupla conversão dólar / escudo português, escudo português / colonial ‘, do que resulta que Angola acuse um saldo positivo nas transações internacionais, mas negativo no seu comércio com Portugal.
Esta alienação dos recursos naturais de Angola tem a sua contraparte na violência indiscriminada contra as populações nativas. A Constituição portuguesa (Art. 106) estabelece que ‘o Estado pode forçar os indígenas a trabalhar em serviços públicos de interesse geral para a colectividade’. A Administração Angolana arrebanha nas aldeias negros fisicamente aptos para as minas da Rodésia e da África do Sul (160.000 por ano); recruta homens, mulheres e crianças para serviços públicos ou, destinando certas áreas a uma determinada cultura, força toda a população residente a mudar de ocupação e labutar na lavoura de acordo com os métodos e pelos preços estabelecidos. Fora do trabalho forçado, vigora a mais insolente discriminação: pelo mesmo serviço, em condições absolutamente iguais, o trabalhador negro sempre ganha menos. Não admira que de Angola e Moçambique um milhão de nativos emigre, voluntariamente, todos os anos - um fenómeno sem paralelo em toda a África.
Salazar & Cia. agravam este quadro sombrio. A administração colonial atribui as melhores terras aos colonos brancos (250.000 em 1960), numa escala de que Boavida dá o exemplo significativo de Cabinda - de 727.000 ha de terras aráveis, os colonos brancos detém actualmente 609,000. A exclusão dos naturais do país se reflete, igualmente, na proibição do comércio de trocas e da pesca em alto mar, excepto com barcos a motor.
Se lembrarmos o extermínio com napalm, de mais de 300.000 angolanos durante a recente sublevação nativa, não há como não subscrever as acusações que Américo Boavida faz ao regime colonial português, um anacronismo que se constitui no mis trágico e pungente pesadelo das populações africanas.“
Edison Carneiro
Da contracapa:
“AMÉRICO BOAVIDA - médico e intelectual angolano, denuncia com veemência e define com precisão o que é o regime colonial português em sua terra, documentando suas afirmativas com informações e dados impressionantes e estarrecedores.
‘ANGOLA - Cinco Séculos de Exploração Portuguesa’ esclarece o leitor sobre a justiça da causa que levou os angolanos à luta pela libertação nacional e o desaparecimento do colonialismo salazarista.“
Do ÍNDICE:
PREFÁCIO à edição brasileira
PRIMEIRA PARTE - CONTEXTO POLÍTICO
1.) - O novo Código do Trabalho Rural
2.) - O Pseudo-Reformismo Colonial Português
3.) - A natureza histórica da guerra em Angola
4.) - O factor psicológico da guerra colonial
SEGUNDA PARTE - CONTEXTO HISTÓRICO
1.) - Povoamento e genocídio
TERCEIRA PARTE - CONTEXTO ECONÓMICO
1.) - O subdesenvolvimento económico de Portugal
2.) - O valor económico de Angola
3.) - Relações económicas entre Angola e Portugal
Preço: 67,50€;
PREFÁCIO à edição brasileira
Por Miguel Urbano Rodrigues (São Paulo, Setembro de 1966)
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
PRIMEIRA PARTE - CONTEXTO POLÍTICO
1.) - O novo Código do Trabalho Rural
2.) - O Pseudo-Reformismo Colonial Português
3.) - A natureza histórica da guerra em Angola
4.) - O factor psicológico da guerra colonial
SEGUNDA PARTE - CONTEXTO HISTÓRICO
1.) - Povoamento e genocídio
TERCEIRA PARTE - CONTEXTO ECONÓMICO
1.) - O subdesenvolvimento económico de Portugal
2.) - O valor económico de Angola
3.) - Relações económicas entre Angola e Portugal
4.) - A guerra - Incidências económicas
QUARTA PARTE - ASPECTOS INTERNACIONAIS
1.) - A forma de colonialismo colectivo em Angola
2.) - Penetração do neocolonialismo em Angola
3.) - A partilha do subsolo angolano
CONCLUSÕES
NOTA FINAL
ANEXOS
QUARTA PARTE - ASPECTOS INTERNACIONAIS
1.) - A forma de colonialismo colectivo em Angola
2.) - Penetração do neocolonialismo em Angola
3.) - A partilha do subsolo angolano
CONCLUSÕES
NOTA FINAL
ANEXOS
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