Moçambique - A descolonização participada e influenciada por Jorge Jardim
'MOÇAMBIQUE, TERRA QUEIMADA'
De Jorge Jardim
Edição Portugália
Brasil, rio de Janeiro - 1976
Livro com 470 páginas e insere a reprodução e transcrição de inúmeros documentos.
Em excelente estado de conservação.
Possui a assinatura do autor, conforme se pode verificar pela fotografia anexa.
Artigo de muito difícil localização. Peça histórica e de colecção.
MUITO RARO.
Da contra-capa:
"Para o grande público, quem é Jorge Jardim?
Que é este homem que foi apresentado à opinião pública portuguesa como altamente perigoso?
Em Julho de 1974, poderia ler-se na imprensa portuguesa que as Forças Armadas em Moçambique tinham recebido instruções para capturar ou abater o eng. Jorge Jardim... Estas instruções haviam sido emitidas pelo General Costa Gomes.
Figura lendária e contorversa em todo o ultramar, sobretudo a partir de 1961 com o eclodir da guerra de Angola, Jardim viu-se perseguido e obrigado a fugir de Portugal após o golpe militar de '25 de Abril'. Fuga que aliás, descreve em algumas das mais emocionantes páginas de 'MOÇAMBIQUE, TERRA QUEIMADA', onde diz, a certa altura: 'Quero voltar ainda a Moçambique, para em Moçambique morrer. Pertenço àquela terra'.
Este é o grito do autor, expresso nesta obra, mas é também o grito de muitos milhares de homens e mulheres de Angola, Moçambique e Guiné que foram obrigados a fugir do ultramar português, vítimas de uma descolonização traiçoeira."
Do ÍNDICE:
NOTÍCIA SOBRE O AUTOR
INTRODUÇÃO
- TODOS TÊM O DIREITO DE SABER
- UMBONI
- MEU AMIGO DR. BANDA:
Convivência, Diálogo e Entendimento
Entre Banda e Salazar
- MISSÕES E ENCONTROS:
Peking ou Moscovo;
Batendo a todas as portas;
- O 'PROGRAMA DE LUSAKA':
As propostas do Dr. Kaunda;
Paz para todos sem desonra para alguém;
- A LUTA NA FRENTE INTERNA
Para servir Moçambique;
O último Natal no Dondo;
- INÍCIO DO ENFRENTAMENTO:
Tudo começou na Beira;
Planeando a descolonização;
- ÚLTIMAS SEMANAS DE UM REGIME:
Hesitação e recuo;
Ofensiva desencadeada;
- AS FLORES MURCHAM DEPRESS:
Razões de esperança;
Novo abuso de confiança;
Mentira, cerco e fuga;
- RETOMANDO A LUTA:
Perseguição e atropelos;
Regresso a África;
Paz verdadeira, guerra inventada;
- NOS BASTIDORES DA INDEPENDÊNCIA:
Escândalo diplomático;
Viragem histórica;
Manobras de abordagem;
- ILUSÕES PERDIDAS:
Bodes expiatórios;
Aqui Moçambique Livre;
- TEMPO DE TRANSIÇÃO:
Entre baixios e baixezas;
Até ao fim;
- INDEPENDÊNCIA ROUBADA:
República Popular de Moçambique;
- JUÍZO FINAL:
Serenamente e sem ódio;
- CONSTRUIREMOS O MOÇAMBIQUE NOVO
- DOCUMENTOS ANEXOS:
1. - Proposta do Presidente Kaunda da Zâmbia, formulada em Lusaka no dia 24 de Julho de 1973;
2. - Tradução da proposta do Presidente Kaunda;
3. - Versão original do 'PROGRAMA DE LUSAKA', aprovada por Kaunda em 11 de Setembro de 1973, e redigida com Mark Chona;
4. - Tradução do 'PROGRAMA DE LUSAKA';
5. - Dedicatória do Presidente Kaunda à Cramo;
6. - Carta enviada ao General Costa Gomes, acompanhada pelas minutas das cartas a dirigir aos Presidentes Banda e Kaunda;
7. - Carta recebida do General Costa Gomes , com as minutas censuradas;
8. - Tradução das minutas das cartas destinadas aos Presidentes Banda e Kaunda;
9. - ACORDO SAMORA MACHEL - MELO ANTUNES (Assinado em Lusaka em 7 de Setembro de 1974, segundo a versão que nos foi remetida pela Presidência da República da Zâmbia).
JORGE PEREIRA JARDIM (Lisboa, 1919/1982)
Foi um engenheiro agrónomo português e empresário em Moçambique, Secretário de Estado num governo de Oliveira Salazar.
Foi amigo pessoal de Ian Smith, primeiro-ministro da Rodésia (actual Zimbabwe), e do presidente Hastings Kamuzu Banda, do Malawi. Ainda antes do 25 de Abril de 1974, tentou pela via diplomática resolver a independência de Moçambique, apresentando o seu 'PROGRAMA DE LUSAKA', posteriormente substituído pelo 'Acordo de Lusaka', a seguir a conversações entre o governo português e a FRELIMO (movimento que lutava pela independência), assinado em 07 de Setembro de 1974.
Originalmente, o Plano de Lusaka previa a independência de Moçambique sem a entrega unilateral do poder à Frelimo.
Joaquim Chissano, na altura responsável pelos serviços de segurança da Frelimo, soube em Lusaka dos planos de Jardim. Contudo, desconfiava que este estivesse envolvido nos massacres de Wiryamu: Jardim visitara o local para se aperceber da dimensão da tragédia e julga-se que terá sido precisamente devido a posterior contacto com Marcello Caetano que este, na posse de informações de Jardim, terá dado fim à carreira do general Kaúlza de Arriaga, comandante militar das forças coloniais em Moçambique.
A 15 de Abril de 1952 foi feito Grande-Oficial da Ordem Militar de Cristo e a 26 de Junho de 1962 foi feito Grande-Oficial da Ordem do Império.
Jorge Pereira Jardim chegou a ser denominado o 'Lawrence de África'. De fato, aprendeu, durante 22 anos, a "sentir e pensar Moçambique" segundo as mais variadas facetas da sua admirável personalidade, entre as quais se contam a de agrónomo, soldado e diplomata, assim como a de jornalista, piloto aviador e pára-quedista.
É hoje, pelo menos para as novas gerações, uma figura praticamente desconhecida em Portugal, mas controversa e incontornável, quanto mais não seja por ter denunciado em 'MOÇAMBIQUE, TERRA QQUEIMADA', os aspectos e os acontecimentos mais sinistros que deram lugar, por via do "processo revolucionário" do pós-25 de Abril de 74, à tão propalada e propagandeada descolonização "exemplar".
BIBLIOGRAFIA:
- 'PARA SERVIR MOÇAMBIQUE', de Jorge Pereira Jardim - Lisboa 1959;
- 'MOÇAMBIQUE, TERRA QUEIMADA', de Jorge Pereira Jardim - Lisboa 1976;
- 'MOÇAMBIQUE, TERRA QUEIMADA', de Jorge Pereira Jardim - Brasil 1976;
- 'RODÉSIA - O ESCÂNDALO DAS SANÇÕES', de Jorge Pereira Jardim - Braga 1978;
E sobre Jorge Jardim:
- Semanário 'O PAÍS', n.º 28, de 16 de Julho de 1976 ('FRENTE A FRENTE: Jorge Jardim - Vítor Crespo');
- Semanário 'O SOL', n.º 6, de 13 de Abril de 1976 (Entrevista de Jorge Jardim em Espanha após a fuga de Lisboa);
- Revista 'O SÉCULO ILUSTRADO', n.º 1.908, de 03 de Agosto de 1974 (Jorge Jardim em entrevista);
- Livro 'JORGE JARDIM - O AGENTE SECRETO', de José Freire Antunes - Lisboa 1996;
- Revista 'VISÃO', n.º 448, de 29 de Novembro de 2012 ('AS OPERAÇÕES MAIS PERIGOSAS DO AGENTE SECRETO DE SALAZAR');
Preço: 150,00€;
Possui a assinatura do autor, conforme se pode verificar pela fotografia anexa.
Artigo de muito difícil localização. Peça histórica e de colecção.
MUITO RARO.
Da contra-capa:
"Para o grande público, quem é Jorge Jardim?
Que é este homem que foi apresentado à opinião pública portuguesa como altamente perigoso?
Em Julho de 1974, poderia ler-se na imprensa portuguesa que as Forças Armadas em Moçambique tinham recebido instruções para capturar ou abater o eng. Jorge Jardim... Estas instruções haviam sido emitidas pelo General Costa Gomes.
Figura lendária e contorversa em todo o ultramar, sobretudo a partir de 1961 com o eclodir da guerra de Angola, Jardim viu-se perseguido e obrigado a fugir de Portugal após o golpe militar de '25 de Abril'. Fuga que aliás, descreve em algumas das mais emocionantes páginas de 'MOÇAMBIQUE, TERRA QUEIMADA', onde diz, a certa altura: 'Quero voltar ainda a Moçambique, para em Moçambique morrer. Pertenço àquela terra'.
Este é o grito do autor, expresso nesta obra, mas é também o grito de muitos milhares de homens e mulheres de Angola, Moçambique e Guiné que foram obrigados a fugir do ultramar português, vítimas de uma descolonização traiçoeira."
Do ÍNDICE:
NOTÍCIA SOBRE O AUTOR
INTRODUÇÃO
- TODOS TÊM O DIREITO DE SABER
- UMBONI
- MEU AMIGO DR. BANDA:
Convivência, Diálogo e Entendimento
Entre Banda e Salazar
- MISSÕES E ENCONTROS:
Peking ou Moscovo;
Batendo a todas as portas;
- O 'PROGRAMA DE LUSAKA':
As propostas do Dr. Kaunda;
Paz para todos sem desonra para alguém;
- A LUTA NA FRENTE INTERNA
Para servir Moçambique;
O último Natal no Dondo;
- INÍCIO DO ENFRENTAMENTO:
Tudo começou na Beira;
Planeando a descolonização;
- ÚLTIMAS SEMANAS DE UM REGIME:
Hesitação e recuo;
Ofensiva desencadeada;
- AS FLORES MURCHAM DEPRESS:
Razões de esperança;
Novo abuso de confiança;
Mentira, cerco e fuga;
- RETOMANDO A LUTA:
Perseguição e atropelos;
Regresso a África;
Paz verdadeira, guerra inventada;
- NOS BASTIDORES DA INDEPENDÊNCIA:
Escândalo diplomático;
Viragem histórica;
Manobras de abordagem;
- ILUSÕES PERDIDAS:
Bodes expiatórios;
Aqui Moçambique Livre;
- TEMPO DE TRANSIÇÃO:
Entre baixios e baixezas;
Até ao fim;
- INDEPENDÊNCIA ROUBADA:
República Popular de Moçambique;
- JUÍZO FINAL:
Serenamente e sem ódio;
- CONSTRUIREMOS O MOÇAMBIQUE NOVO
- DOCUMENTOS ANEXOS:
1. - Proposta do Presidente Kaunda da Zâmbia, formulada em Lusaka no dia 24 de Julho de 1973;
2. - Tradução da proposta do Presidente Kaunda;
3. - Versão original do 'PROGRAMA DE LUSAKA', aprovada por Kaunda em 11 de Setembro de 1973, e redigida com Mark Chona;
4. - Tradução do 'PROGRAMA DE LUSAKA';
5. - Dedicatória do Presidente Kaunda à Cramo;
6. - Carta enviada ao General Costa Gomes, acompanhada pelas minutas das cartas a dirigir aos Presidentes Banda e Kaunda;
7. - Carta recebida do General Costa Gomes , com as minutas censuradas;
8. - Tradução das minutas das cartas destinadas aos Presidentes Banda e Kaunda;
9. - ACORDO SAMORA MACHEL - MELO ANTUNES (Assinado em Lusaka em 7 de Setembro de 1974, segundo a versão que nos foi remetida pela Presidência da República da Zâmbia).
JORGE PEREIRA JARDIM (Lisboa, 1919/1982)
Foi um engenheiro agrónomo português e empresário em Moçambique, Secretário de Estado num governo de Oliveira Salazar.
Foi amigo pessoal de Ian Smith, primeiro-ministro da Rodésia (actual Zimbabwe), e do presidente Hastings Kamuzu Banda, do Malawi. Ainda antes do 25 de Abril de 1974, tentou pela via diplomática resolver a independência de Moçambique, apresentando o seu 'PROGRAMA DE LUSAKA', posteriormente substituído pelo 'Acordo de Lusaka', a seguir a conversações entre o governo português e a FRELIMO (movimento que lutava pela independência), assinado em 07 de Setembro de 1974.
Originalmente, o Plano de Lusaka previa a independência de Moçambique sem a entrega unilateral do poder à Frelimo.
Joaquim Chissano, na altura responsável pelos serviços de segurança da Frelimo, soube em Lusaka dos planos de Jardim. Contudo, desconfiava que este estivesse envolvido nos massacres de Wiryamu: Jardim visitara o local para se aperceber da dimensão da tragédia e julga-se que terá sido precisamente devido a posterior contacto com Marcello Caetano que este, na posse de informações de Jardim, terá dado fim à carreira do general Kaúlza de Arriaga, comandante militar das forças coloniais em Moçambique.
A 15 de Abril de 1952 foi feito Grande-Oficial da Ordem Militar de Cristo e a 26 de Junho de 1962 foi feito Grande-Oficial da Ordem do Império.
Jorge Pereira Jardim chegou a ser denominado o 'Lawrence de África'. De fato, aprendeu, durante 22 anos, a "sentir e pensar Moçambique" segundo as mais variadas facetas da sua admirável personalidade, entre as quais se contam a de agrónomo, soldado e diplomata, assim como a de jornalista, piloto aviador e pára-quedista.
É hoje, pelo menos para as novas gerações, uma figura praticamente desconhecida em Portugal, mas controversa e incontornável, quanto mais não seja por ter denunciado em 'MOÇAMBIQUE, TERRA QQUEIMADA', os aspectos e os acontecimentos mais sinistros que deram lugar, por via do "processo revolucionário" do pós-25 de Abril de 74, à tão propalada e propagandeada descolonização "exemplar".
BIBLIOGRAFIA:
- 'PARA SERVIR MOÇAMBIQUE', de Jorge Pereira Jardim - Lisboa 1959;
- 'MOÇAMBIQUE, TERRA QUEIMADA', de Jorge Pereira Jardim - Lisboa 1976;
- 'MOÇAMBIQUE, TERRA QUEIMADA', de Jorge Pereira Jardim - Brasil 1976;
- 'RODÉSIA - O ESCÂNDALO DAS SANÇÕES', de Jorge Pereira Jardim - Braga 1978;
E sobre Jorge Jardim:
- Semanário 'O PAÍS', n.º 28, de 16 de Julho de 1976 ('FRENTE A FRENTE: Jorge Jardim - Vítor Crespo');
- Semanário 'O SOL', n.º 6, de 13 de Abril de 1976 (Entrevista de Jorge Jardim em Espanha após a fuga de Lisboa);
- Revista 'O SÉCULO ILUSTRADO', n.º 1.908, de 03 de Agosto de 1974 (Jorge Jardim em entrevista);
- Livro 'JORGE JARDIM - O AGENTE SECRETO', de José Freire Antunes - Lisboa 1996;
- Revista 'VISÃO', n.º 448, de 29 de Novembro de 2012 ('AS OPERAÇÕES MAIS PERIGOSAS DO AGENTE SECRETO DE SALAZAR');
Preço: 150,00€;
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