segunda-feira, 26 de agosto de 2013

S. Tomé e Príncipe & Colonialismo - 'CRÓNICA DE UMA GUERRA INVENTADA', de Sum Marky - Lisboa 1999 - RARO






S. Tomé e Príncipe & Colonialismo - A brutalidade do colonialismo e do trabalho escravo denunciado


'CRÓNICA DE UMA GUERRA INVENTADA'
De Sum Marky 
Prefácio de Carlos Pacheco 
Edição Vega
Lisboa 1999


Livro com 430 páginas, em muito bom estado de conservação.
De difícil localização.
RARO.


O autor, com vasta obra editada e dedicada ao arquipélago do equador e colónia portuguesa até Julho de 1975, aborda nesta obra a questão da presença colonial e do caso do massacre de Batepá, ocorrido nos inícios da década de cinquenta, quando a população negra protestou e se revoltou e foi alvo de brutalidade por parte da PIDE, da polícia e dos colonos.

S. Tomé e Príncipe foi descolonizado por Portugal, após a revolução de 25 de Abril de 1974, como as restantes colónias do Ultramar, sendo o poder entregue ao MLSTP (Movimento de Libertação de S. Tomé e Príncipe), então liderado por Manuel Pinto da Costa e Miguel Trovoada.


Da contra-capa:
"Este romance de Sum Marky fala-nos, sem rebuços, dos homens e mulheres que em São Tomé, o ‘paraíso’, foram vítimas da ignomínia, do arbítrio dos mecanismos de tortura e de morte de que um regime desumano se serviu para submeter e escravizar todo um povo. 
Servindo-se de dados factuais, Sum Marky constrói a denúncia pungente de um colonialismo sem regras, impiedoso e bárbaro, que não olhava a meios para atingir os seus mais hediondos fins. A história segue Manuel João da Palma Carlos, advogado de defesa dos presos políticos acusados de terem participado no golpe engendrado pelo Governador e seus tenentes, estes comungados com as grandes roças cujos proprietários viviam faustosamente em Lisboa. 
O toque humano da história é-nos dado pela notável personagem de Sum Clé-Clé, sábio, demiurgo, curandeiro das doenças das almas, porque é aí que tudo adoece, pelo relato da sua amizade com o médico branco da roça do senhor Marquês. É uma história de seduções, de um tempo colonial português onde, no meio da voragem, era ainda possível haver espaço para pensar a dignidade e os grandes sentimentos - o amor, a amizade e a liberdade.
Romance sobre a mistificação e o despotismo, sobre uma guerra inventada pelos mesquinhos interesses do colonialismo: o cacau, os grandes interesses do capital e dos fazendeiros, a corrupção generalizada dos grandes senhores, as atrocidades da máquina repressiva de um governador megalómano, amoral e sórdido, tudo isto tratado como um longo processo Kafkiano, um processo policial sobre o absurdo na qual o real é tão excessivamente denunciador que nos fere de vergonha e de espanto.
Enfoque histórico de Carlos Pacheco que situa o leitor perante os acontecimentos verídicos que deram origem a este romance e as razões pelas quais até hoje nunca foram abordadas."



Do ÍNDICE: 

PREFÁCIO 
Por Carlos Pacheco 
- CONSPIRAÇÃO E TERRORISMO DE ESTADO,
EM SÃO TOMÉ, CONTRA AS ELITES NATIVAS LOCAIS 

Dedicatória 

Capítulo 1 
Ao 
Capítulo 43 

Glossário 


Preço: 32,50€

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