quinta-feira, 11 de julho de 2013

Ultramar e Guerra colonial - 'O QUINTO IMPÉRIO', de Dominique de Roux - Lisboa 1978 - MUITO RARO;






Portugal & Guerra colonial - O Império português, a guerra colonial e a descolonização de Angola Guiné e Moçambique e as reportagens no maquis da UNITA de Savimbi já na guerra civil 


'O QUINTO IMPÉRIO'
De Dominique de Roux 
Prefácio de Raymond Abellio 
Tradução de Maria Bragança 
Edição Roger Delraux
Lisboa, 1978


Livro com 342 páginas e em muito bom estado de conservação. Excelente. 
De muito difícil localização. 
MUITO RARO. 


Dominique de Roux, jornalista francês e escritor, percorreu as ex-províncias ultramarinas de Angola e Moçambique e acompanhou no teatro de operações o desenrolar da guerra colonial e da descolonização, tendo para o efeito editado inúmeras reportagens de guerra na imprensa francesa e internacional.

Uma entrevista efectuada à direcção da UNITA no sul de Angola em finais de 1976 com fotografias da guerrilha de UNITA seria publicada também no 'DIÁRIO DE NOTÍCIAS', matutino de Lisboa, e acabou por provocar um conflito diplomático entre o governo de Luanda, liderado pelo MPLA de Agostinho Neto e apoiado pelo contigente militar cubano e as autoridades portuguesas.

O governo do MPLA não aceitou que em Lisboa se divulgasse que a resistência da UNITA e Jonas Savimbi dominavam zonas do território angolano e até jornalistas estrangeiros aí se deslocavam livremente.

O então ministro da Defesa de Angola, General Iko Carreira, afirmou à revista 'Afrique Asie' que a UNITA tinha sido exterminada...

Neste livro, Roux, em genéro de romance, aborda o final do V Império colonial e a desastrosa descolonização que Portugal e a ala militar esquerdista do MFA levaram a efeito com consequências trágicas nas populações indígenas e entre os portugueses estabelecidos em África, muitos com várias gerações...

Excelente livro devidamente enquadrado nestes dados e que deve ser lido com toda a atenção. Serve, ainda hoje, para meditar no que aconteceu com o desaparecimento do império colonial português.


Da contracapa: 
“A realidade, que jornalistas e jornalismo - o estilo duma época - esconderam, este romance, trazido pelo abalo telúrico da Revolução portuguesa, revela-a. 

Pelas vias sinuosas da literatura, ‘O QUINTO IMPÉRIO’ encontra e ultrapassa a verdade das coisas. E se o romance é mais verdadeiro que a vida, é evidente que os personagens - não as situações e os factos - pertencem a este duplo estado da ficção e do sonho. 

Este romance é ainda um documento: guerra subversiva em Moçambique… sufocação salazarista… figura barroca de Spínola… fracasso da operação ‘Nó Górdio’ sob as ordens do general Kaúlza de Arriaga… prisão da Machava… intrigas do grande capital que foge e volta para matar… viravoltas de Jorge Jardim, o Honroso Cônsul do Malávi… assassinatos (Delgado, Cabral)… Movimento dos Capitães… conspiradores de Beja… Otelo, o ‘estratego’ e Melo Antunes fardado de génio da filosofia… manobras abortivas do Presidente Costa Gomes (Chico para os íntimos)… Álvaro Cunhal, velho ‘aparatchik’ só obedecendo à devoção… Almirante Américo de Deus Thomaz, sempre Presidente da República Portuguesa no Hotel Miramar (Rio de Janeiro)… Tantas crónicas venezianas sobre a corrida ao poder e a vontade do poder humanista no âmago do buraco português, nosso espelho. 

Mas olhai bem para a capa, quadro de Velasques, ‘A Rendição de Breda’: sob um certo ângulo, aparece uma imagem, a da morte, fundamento de toda a amamorfose. Assim, o general Spínola, vencedor em Breda (1627), recebe, neste livro, a rendição do outro Spínola, a 25 de Abril de 1974, em Lisboa, lugar à parte no mundo.“ 


O Autor: 
“DOMINIQUE DE ROUX, nascido em 1935, morreu a 29 de Março de 1977, alguns dias após a publicação em Paris de ‘LE CINQUIÈME EMPIRE’. Escritor, jornalista e editor, dirigiu sucessivamente as Éditions Universitaires, as Éditions Christian Bourgois e a colecção 10/18.
Conhecedor da África portuguesa, realizou na Guiné, em Angola e em Moçambique, antes e depois do 25 de Abril, numerosos inquéritos e reportagens para a televisão francesa e para jornais como ‘Le Momde’, ‘Le Figaro’, ‘Le Quotidien de Paris’, ‘Jornal Novo’, etc. Mas foi sobretudo como escritor preocupado em comunicar as suas paixões literárias que Dominique de Roux mais profundamente marcou a vida intelectual francesa dos últimos quinze anos. A um tempo romancista (‘Mademoiselle Aniceto’ 1960; ‘Harmonika-Zug’, 1963; ‘Maison Jeune’, 1969; ‘Le Cinquième Empire’, 1977;) polemista (‘Le sabot de Denver’, 1968; ‘L’ouverture de la chasse’, 1969; ‘Immédiatement’, 1972;) e ensaísta (‘La mort de Louis-Ferdinand Cèline’, 1967; ‘L’écriture de Charles de Gaulle’, 1968; ‘Gombrowivz’, 1968;), tinha também fundado, em 1961, a Colecção de ‘Cahiers de l’Herne’ consagrados a escritores inconformistas ou ‘malditos’ como Céline, Pound, Bernanos, Massignon, Borges, e outros. Dirige enfim a revista internacional ‘Exil’, editada em Lisboa.“ 



Do ÍNDICE: 

Dedicatória 
PREFÁCIO, de Raymond Abellio 
Advertência 

II 
III 
IV 
VI 
VII 
VIII 
IX 
XI 
XII 
XIII 
XIV 
XV 
XVI 
XVII 
XVIII 
XIX 
XX 
XXI 
XXII 
XXIII 
XXIV 
XXV 
XXVI 
XXVII 
XXVIII 
XXIX
XXX 
XXXI 
XXXII 
XXXIII 
XXXIV 
XXXV 
XXXVI 
XXXVII 
XXXVIII 
XXXIX 
XL 
XLI 
XLII 
XLIII 
XLIV 


Preço: 37,50€.

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