quarta-feira, 1 de maio de 2013

Descolonização & Ultramar - ‘TIMOR LESTE - Amanhã em Díli', de José Ramos-Horta - Lisboa 1994 - Muito Raro;






Timor & História - Testemunho de um dos mais prestigiados e influentes líderes da resistência timorense


'TIMOR LESTE - Amanhã em Díli'
De José Ramos-Horta
Edição Publicações Dom Quixote
Lisboa 1994


Livro com 324 páginas e em muito bom estado de conservação. Novo. Excelente. 
De muito difícil localização.
Muito Raro.


Trata-se de uma obra em que o autor, uns dos líderes da resistência timorenses mais prestigiados e influentes, desde a fundação da FRETILIN e mesmo da ASDT, relata as batalhas desenvolvidas no território contra a ocupação e a guerra imposta pela Indonésia.

José Ramos-Horta, que já ocupou as mais elevadas funções em Timor - primeiro ministro e Presidente da República - revela a sua actividade política desde a juventude até às vésperas do referendo que acabaria por dar a independência e a retirada da Indonésia.

Uma obra histórica pela quantidade de informação que revela e pouco conhecida.


Da contracapa: 
“Após a pompa da cerimónia do Nobel, em Oslo, coloca-se uma pergunta legítima: o que mudou entretanto para o povo de Timor Leste?“ 


O Autor: 
“JOSÉ RAMOS HORTA nasceu a 26 de Dezembro de 1949, em Díli - Timor-Leste, sendo filho de mãe timorense e pai português deportado para Timor Leste pela ditadura de Salazar. Foi educado numa missão católica na vila de Soibada. Dos seus onze irmãos e irmãs, quatro foram  mortos pelo exército indonésio. 

Esteve activamente envolvido no desenvolvimento da consciência política em Timor-Leste, motivo por que foi deportado para Moçambique durante dois anos, 1970-71. Uma tradição de família. Também o seu avô havia sido deportado de Portugal para os Açores, depois Cabo Verde, Guiné-Bissau e finalmente Timor-Leste. 

Como influência moderadora no nacionalismo timorense emergente, José Ramos-Horta foi mandatado, em 1974-75, pela FRETILIN, como representante de Timor-Leste no exterior. Deixou a ilha, três dias antes da invasão pelas tropas indonésias. 

Em Dezembro de 1975, chegou a Nova Iorque para intervir perante o Conselho de Segurança da ONU e foi o representante permanente da FRETILI junto das Nações Unidas durante os 10 anos seguintes. 

Desde 1990 é o representante especial do Conselho Nacional de Resistência Maubere (CNRM), a organização que abrange as actividades, movimentos e partidos pré-independência dentro e fora de Timor-Leste, e representante pessoal de Xanana Gusmão.

Interveio em inúmeras ocasiões perante o Conselho de Segurança da ONU, e Quarta Comissão da Assembleia Geral da ONU, o Comité Especial de Descolonização da ONU, a Comissão dos Direitos Humanos da ONU, o Parlamento Europeu, e o prestigiado Council on Foreign Relations de Nova Iorque. 

Recebeu o prémio de Direitos Humanos Professor Thorof Ratton (Noruega, 1993); o prémio de Activista Internacional da Fundação Gleistman (EUA, 1995), e o prémio UNPO, da organização das Nações e Povos não representados na ONU (Holanda, 1996) pelo seu ‘constante empenho nos direitos e nas liberdades dos povos ameaçados’. 

Em Dezembro de 1996, José Ramos-Horta foi laureado com o Prémio Nobel da Paz juntamente com o seu compatriota bispo Carlos Filipe Ximenes Belo. O Comité Nobel escolheu distinguir os dois laureados pelos seus ‘esforços permanentes para pôr fim à opressão de um pequeno povo’, na esperança de que ‘este prémio estimule os esforços para encontrar uma solução diplomática, para o conflito de Timor-Leste, baseado no direito do seu povo à autodeterminação’. O mesmo Comité considera José Ramos-Horta ‘o principal porta-voz da causa de Timor-Leste desde 1975’. 

A suá dedicação à defesa dos direitos humanos leva-o a organizar, em 1989, o Programa de Formação em Diplomacia (Diplomacy Training Programme - DTP) na Faculdade de Direito da Universidade de New South Wales, com o objectivo de formar representantes de povos e minorias e activistas de direitos humanos, originários da região da Ásia-Pacífico, no sistema de Direitos Humanos da ONU. O DTP funciona fora de Sidney, mas também tem estágios na Ásia.

Estudou Direito Internacional na Academia de Direito Internacional de Haia, Holanda (1983), e na Universidade de Antioch, Estados Unidos da América, onde realizou o Mestrado em Estudos de Paz (1984). 

Especializou-se em Direitos Humanos no Instituto Internacional de Direitos Humanos em Estrasburgo, França (1983).frequentou o curso de pós-graduação em política externa norte-americana, da Universidade de Columbia, Nova Iorque (1983). É Senior Associate Member do St. Anthony’s College, Oxford, Inglaterra (1987). 

Recebeu o grau de Doutor Honoris Causa da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Brasil, e da Universidade do Porto; e grau de Doctor in Laws da Universidade de Antioch, Yellow Springs, EUA, e da Universidade de New South Wales, Austrália. Recebeu a Medalha de Ouro da Universidade de San Francisco, EUA, e da Universidade de Coimbra.“ 



Do ÍNDICE: 

In Memorium 
José Ramos-Horta 

Nota Explicativa 
Siglas 

PREFÁCIO 
Por Noam Chomsky 

1. - PREFÁCIO 2.a edição, por José Ramos Horta 

2. - MEMÓRIAS DE INFÂNCIA 

3. - RESUMO HISTÓRICO 

4. - OS PARTIDOS POLÍTICOS: CORRIDA AO PODER 

5. - FADO: A NOSSA TRAGÉDIA 

6. - INDONÉSIA E TIMOR LESTE 

7. - A TRAIÇÃO DOS CANGURUS 

8. - WASHINGTON: DO IDEALISMO AO PRAGMATISMO, À HIPOCRISIA 

9. - A BATALHA NAS NAÇÕES UNIDAS 

10. - O JOGO DAS NAÇÕES 

11. - OS BONS OFÍCIOS DO SECRETÁRIO-GERAL 

12. - O DIREITO DOS POVOS À AUTO-DETERMINAÇÃO 

13. - POSFÁCIO: PERSPECTIVAR OS CAMINHOS DO FUTURO 
- As voltas que o mundo dá 
- O Domingo de Ramos e o calvário de Xanana 
- Os caminhos para a paz 
Fase I - Fase humanitária (um a dois anos) 
Fase II - Autonomia (cinco a dez anos) 
Fase III - Auto-determinação 
- Timor Leste - Estado de Direito 
- Governo de Unidade Nacional 
- Língua oficial - o Português. O Tétum 
- Viabilidade económica 
- O poder tradicional 
- Direitos humanos 
- Política externa 
- Uma última palavra 


Preço: 35,00€

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