terça-feira, 10 de abril de 2012

Portugal - Ultramar & Descolonização - ‘CABO VERDE - OS BAZÓFIOS DA INDEPENDÊNCIA’, de António Caldeira Marques - Lisboa 1999 - MUITO RARO;





Portugal - Ultramar & Descolonização - Um livro em que o autor denuncia uma elite cabo-verdiana que foi responsável pela repressão durante o regime de partido único desde a independência, pertencente ao PAIGC/PAICV 


‘CABO VERDE - OS BAZÓFIOS DA INDEPENDÊNCIA’ 
De António Caldeira Marques 
Edição do autor 
Lisboa 1999 


Livro com 148 páginas, muito ilustrado com fotografias e documentos e em muito bom estado de conservação. Excelente. 
De muito difícil localização.
MUITO RARO.


O AUTOR: 
“ANTÓNIO MANUEL CALDEIRA MARQUES 

Nascimento: A 20 de Janeiro de 1935, Ponta do Sol, Santo Antão, Cabo Verde. 
Óbito: 1 Abril de 2023, Mindelo, São Vicente, Cabo Verde com 88 anos de idade.
 
 
Atividade artística: autor da morna ‘PONTA DO SOL’
Da minha terra Ponta do Sol
Guardo comigo saudade imensa
Por isso eu a quero cantar baixinho
Com melodia que o amor entoa

Ponta do Sol meu terno berço
Sinto que as tuas rochas altivas
Gritam nos ares no céu de anil
Lugar mais lindo não pode haver

Na Rocha Grande sobre o luar
Visão tão bela jamais terei
Enquanto as ondas beijam rochedos
A Vila dorme e o mar murmura

Paisagem simples, franca e amiga
Numa ribeira num milheiral
A sua gente um povo humilde
Afoga as magoas no mar bravio

• Obituário / Anúncio necrológico: 2 Abr 2023. "Morreu na noite de ontem [1.4.2023], no Hospital Batista de Sousa em São Vicente, aos 87 anos, António Caldeira Marques, vítima de doença. Considerado um grande democrata, Caldeira Marques era denominado também o advogado sem medo devido a sua luta contra a reforma agraria em Cabo Verde. É autor da morna ‘PONTA DO SOL’. 

Ao Mindelinsite, a filha, Eva Caldeira Marques explicou que nos últimos tempos o Caldeira Marques vinha apresentando alguma debilidade, mas ainda agradava-lhe seus passeios diários na cadeira de roda. Há três dias foi diagnosticado com pneumonia, que o levou a morte. "Era uma pessoa dinâmica, que diariamente fazia questão de dar o seu passeio na Praça Nova."

Nas redes sociais, amigos e familiares lamentam a perda deste homem, que apelidam de um grande democrata, advogado e homem sem medo. É o caso de Carlos Spínola, que cita uma mantra de Caldeira Marques: "Não temos medo da justiça, mas sim da injustiça", que foi transformado em um livrete onde documenta os excessos da actuação e julgamento dos então presos da reforma agrária.

Já o amigo Dinis da Graça lembra que Caldeira Marques já tinha tido um importante papel na libertação dos presos políticos de 1966/67, muitos deles gentes da elite de São Vicente e da Praia, o que lhe pôs em guerra aberta com o regime de então. "Seu último livro intitulado ' Os basofos', documenta todo o historial da sua contribuição para o sistema judicial cabo-verdiano e os embates com muitas das figuras que hoje são os campeões da abertura política e da democracia em Cabo Verde", reforça.

Eva Marques acredita que esta admiração e reconhecimento dos amigos deve-se ao facto do pai ter sido juiz do Supremo Tribunal da Justiça. "Por altura da reforma agrária, foi contra o encarceramento das pessoas em Santo Antão, pediu demissão e saiu do país. Viveu durante muitos anos em Portugal, onde trabalhou a questão dos direitos humanos, denunciando a reforma agraria. Esteve inclusive na sede das Nações Unidas para formalizar a queixa. E nunca deixou transparecer qualquer receio", conta. 

Antes de emigrar, assumiu a defesa dos revoltosos do tempo do partido único. Também em Portugal, exerceu a profissão de advogado, tendo defendido muitos cabo-verdianos. Para além disso, é autor da conhecida morna Ponta do Sol, uma homenagem ao eterno berço onde nasceu a 20 de janeiro de 1935.

António Caldeira Marques deixa dois filhos e três netos.”


Preço:   0,00€; (Indisponível) 

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