sexta-feira, 9 de março de 2012

Angola & MPLA - 'VIRIATO DA CRUZ - O HOMEM E O MITO', de Edmundo Rocha e outros - Lisboa 2008 - MUITO RARO










Angola - O intelectual e político angolano fundador do PCA (Partido Comunista de Angola) e do MPLA


'VIRIATO DA CRUZ - O HOMEM E O MITO' 
Porto Amboim (Angola) 1928 - Beijing (China) 1973 
De Edmundo Rocha, Francisco Soares e Moisés Fernandes
Edição Prefácio / Caxinde 
Lisboa, 2008


Livro com 446 páginas, ilustrado com fotografias e reprodução de documentos. Em muito bom estado de conservação.
De muito, muito difícil localização.
MUITO, MUITO RARO.


Viriato da Cruz foi um intelectual e político angolano desde muito jovem, tendo passado pela oposição anti-colonial na Casa dos Estudantes do Império em Lisboa e cedo aderiu com outros angolanos à fundação do Partido Comunista Angolano, e pouco tempo depois esteve também na fundação do MPLA.

No MPLA, entrou cedo em rotura com Agostinho Neto e a ala marxista pró-Moscovo, e depois de uma aproximação à FNLA acabaria por se exiliar em Pequim, falecendo em 1972.

Reconhecido poeta e político, foi completamente afastado e ostracizado pelo MPLA e tarda em ver reconhecido na Angola independente o seu valor.

Os autores, que com ele conviveram até no próprio MPLA, dão à estampa nesta obra mais alguns elementos biográficos de elevado interesse para se conhecer este intelectual dedicado e que foi vitima da mesquinhez política que caracteriza os movimentos e países autocráticos.


Da contra-capa:
"Viriato da Cruz pode ser considerado o grande paradigma da literatura nacionalista angolana e o seu máximo expoente poético."
Francisco Soares

"Viriato da Cruz foi a estrela meteórica que iluminou os céus do nacionalismo angolano... Foi talvez o primeiro e o último autêntico marxista cuja trajectória política se confunde com o despertar do nacionalismo moderno angolano.
Edmundo Rocha

"Na senda do percurso de milhares de nacionalistas, Viriato da Cruz não só acreditou, como enalteceu o regime de Mao Sté Tung, quer antes, quer no início da 'Revolução Cultural', ajudando a contribuir para o crescente dissídio sino-soviético. Contudo, com a sua queda em desgraça política, transformou-se num dos mais contundentes críticos da China e da evolução pós-colonial no continente africano, acabando por morrer olvidado em Pequim.
Moisés Fernandes"




Do ÍNDICE:

APRESENTAÇÃO - Os coordenadores 
PREFÁCIO - Fernando Mourão

- VIRIATO, o Poeta 
- DOIS POEMAS À TERRA - Francisco Soares 
- ANGOLA, MEMÓRIA DE VIRIATO DA CRUZ - Noémia de Sousa 
- TESTEMUNHO - Poeta Tomaz da Cruz 
- NO CRUZAR DOS CAMINHOS: PESQUISA POÉTICA DE VIRIATO DA CRUZ - Francisco Soares 
- VIRIATO, o político 
- O ITINERÁRIO POLÍTICO DE VIRIATO DA CRUZ (Até à crise no MPLA de 1963-64) - Edmundo Rocha 
- ENTREVISTA - Com João Vieira Lopes 
- TESTEMUNHO: "O VIRIATO QUE EU CONHECI" - Patrícia MG Pinheiro 
- VIRIATO DA CRUZ, UM NACIONALISTA SUBLIME - Adriano Parreira 
- O PERCURSO CHINÊS DE VIRIATO DA CRUZ, 1958-1973 - Moisés Silva Fernandes 

ANEXO DOCUMENTAL:
01. - Manifesto, de 1956 
02. - Certidão narrativa completa do Registo de nascimento 
03. - Certificado de estudo no Liceu Salvador Correia 
04. - Ofício da PSP da Província de Angola que Viriato da Cruz faz parte do "grupo de novos intelectuais de Angola" 
05. - Ofício da PIDE, indicado que V. Cruz "é declaradamente comunista" 
06. - Carta a Noémia de Sousa, 1952 (extractos) 
07. - Fundação do Partido Comunista Angolano (PCA), 12 de Novembro 1955, em Luanda, Angola 
08. - Nota informativa da PIDE/DGS sobre a presença de Mário de Andrade, de Lúcio Lara e Viriato da Cruz no 2.º Congresso de Escritores e Artistas Negros, em Roma, em 1959 
09. - Discurso de Viriato da Cruz II.º Congresso de Escritores e Artistas Negros, Roma, em 1959 
10. - Documento da PIDE, sobre Viriato da Cruz, de 07.11.1961 
11. - "O problema racial dentro das organizações nacionalistas africanas" - Viriato da Cruz 
12. - Segunda Conferência de Solidariedade dos Povos-Afro-Asiáticos: Intervenção de Viriato da Cruz, Abril de 1960 
13. - Carta de Mário de Andrade. Tema: problemas económicos, s/ data 
14. - Informação da PIDE sobre dirigentes do MPLA 
15. - Carta a Mário de Andrade. Tema: problemas económicos, s/ data 
16. - Carta a Edmundo Rocha. A Direcção da UGEAN e o problema racial, de 03.09.1962 
17. - Mensagem aos militantes do MPLA, 5 de Julho de 1963 
18. - Proclamação aos membros do MPLA, 5 de Julho de 1963 
19. - Comunicado da Direcção do MPLA: expulsão de Viriato e outros dirigentes, 6 de Julho de 1963 
20. - Relato dos acontecimentos no MPLA: Julho de 1963 (Não assinado mas provavelmente redigido por VCruz) 
21. - Nota da PIDE sobre as dissidências no seio do MPLA 
22. - Informação da PIDE sobre dissidências no MPLA (09.09.1963) 
23. - Comunicado do G.R.A.E., aprovando a admissão do MPLA dirigido por Viriato: 21.04.1964 (traduzido para português) 
24. - Nota do jornal 'ETOILE DU CONGO' de 30.04.1964, informando que o embaixador argelino junto do GRAE felicita-se pela adesão do MPLA à FNLA 
25. - Artigo de Viriato da Cruz, 'ANGOLA quele indépendance...', 'RÉVOLUTION', n.º 6, Fevrier, 1964, pp 5 - 16 (traduzido para português) 
26. - Documento da PIDE sobre a adesão de Viriato à FNLA - Julho de 1964 
27. - Informação da PIDE sobre a nova composição do GARE - 19.03.1965 
28. - Documento da PIDE sobre contacto de Viriato com o embaixador da China em Paris, 29.06.1964 
29. - Documento da PIDE sobre a presença de Viriato no Vit Nam 
30. - Carta a Mário de Andrade, em 07.01.1965: cenários para a independência de Angola 
31. - Carta a Mário de Andrade, tema idêntico, em 16.01.1965 
32. - Entrevista concedida à 'RÉVOLUTION AFRICAINE' (Argel), em 08.02.1964 
33. - Considerações a propósito de um documento comprometedor de 22 de Outubro de 1963 
34. - Discurso de Viriato em Pequim em 1 de Outubro de 1966 - 'LONGA VIDA AO PRESIDENTE MAO' 
35. - Nota do 'DIÁRIO DE NOTÍCIAS', de 08.03.1973 sobre o falecimento de Viriato em Pequim 



Preço: €77,50€; 

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