'VIRIATO DA CRUZ - O HOMEM E O MITO'
Porto Amboim (Angola) 1928 - Beijing (China) 1973
De Edmundo Rocha, Francisco Soares e Moisés Fernandes
Edição Prefácio / Caxinde
Lisboa, 2008
Livro com 446 páginas, ilustrado com fotografias e reprodução de documentos. Em muito bom estado de conservação.
De muito, muito difícil localização.
MUITO, MUITO RARO.
Viriato da Cruz foi um intelectual e político angolano desde muito jovem, tendo passado pela oposição anti-colonial na Casa dos Estudantes do Império em Lisboa e cedo aderiu com outros angolanos à fundação do Partido Comunista Angolano, e pouco tempo depois esteve também na fundação do MPLA.
No MPLA, entrou cedo em rotura com Agostinho Neto e a ala marxista pró-Moscovo, e depois de uma aproximação à FNLA acabaria por se exiliar em Pequim, falecendo em 1972.
Reconhecido poeta e político, foi completamente afastado e ostracizado pelo MPLA e tarda em ver reconhecido na Angola independente o seu valor.
Os autores, que com ele conviveram até no próprio MPLA, dão à estampa nesta obra mais alguns elementos biográficos de elevado interesse para se conhecer este intelectual dedicado e que foi vitima da mesquinhez política que caracteriza os movimentos e países autocráticos.
Da contra-capa:
"Viriato da Cruz pode ser considerado o grande paradigma da literatura nacionalista angolana e o seu máximo expoente poético."
Francisco Soares
"Viriato da Cruz foi a estrela meteórica que iluminou os céus do nacionalismo angolano... Foi talvez o primeiro e o último autêntico marxista cuja trajectória política se confunde com o despertar do nacionalismo moderno angolano.
Edmundo Rocha
"Na senda do percurso de milhares de nacionalistas, Viriato da Cruz não só acreditou, como enalteceu o regime de Mao Sté Tung, quer antes, quer no início da 'Revolução Cultural', ajudando a contribuir para o crescente dissídio sino-soviético. Contudo, com a sua queda em desgraça política, transformou-se num dos mais contundentes críticos da China e da evolução pós-colonial no continente africano, acabando por morrer olvidado em Pequim.
Moisés Fernandes"
Do ÍNDICE:
APRESENTAÇÃO - Os coordenadores
PREFÁCIO - Fernando Mourão
- VIRIATO, o Poeta
- DOIS POEMAS À TERRA - Francisco Soares
- ANGOLA, MEMÓRIA DE VIRIATO DA CRUZ - Noémia de Sousa
- TESTEMUNHO - Poeta Tomaz da Cruz
- NO CRUZAR DOS CAMINHOS: PESQUISA POÉTICA DE VIRIATO DA CRUZ - Francisco Soares
- VIRIATO, o político
- O ITINERÁRIO POLÍTICO DE VIRIATO DA CRUZ (Até à crise no MPLA de 1963-64) - Edmundo Rocha
- ENTREVISTA - Com João Vieira Lopes
- TESTEMUNHO: "O VIRIATO QUE EU CONHECI" - Patrícia MG Pinheiro
- VIRIATO DA CRUZ, UM NACIONALISTA SUBLIME - Adriano Parreira
- O PERCURSO CHINÊS DE VIRIATO DA CRUZ, 1958-1973 - Moisés Silva Fernandes
ANEXO DOCUMENTAL:
01. - Manifesto, de 1956
02. - Certidão narrativa completa do Registo de nascimento
03. - Certificado de estudo no Liceu Salvador Correia
04. - Ofício da PSP da Província de Angola que Viriato da Cruz faz parte do "grupo de novos intelectuais de Angola"
05. - Ofício da PIDE, indicado que V. Cruz "é declaradamente comunista"
06. - Carta a Noémia de Sousa, 1952 (extractos)
07. - Fundação do Partido Comunista Angolano (PCA), 12 de Novembro 1955, em Luanda, Angola
08. - Nota informativa da PIDE/DGS sobre a presença de Mário de Andrade, de Lúcio Lara e Viriato da Cruz no 2.º Congresso de Escritores e Artistas Negros, em Roma, em 1959
09. - Discurso de Viriato da Cruz II.º Congresso de Escritores e Artistas Negros, Roma, em 1959
10. - Documento da PIDE, sobre Viriato da Cruz, de 07.11.1961
11. - "O problema racial dentro das organizações nacionalistas africanas" - Viriato da Cruz
12. - Segunda Conferência de Solidariedade dos Povos-Afro-Asiáticos: Intervenção de Viriato da Cruz, Abril de 1960
13. - Carta de Mário de Andrade. Tema: problemas económicos, s/ data
14. - Informação da PIDE sobre dirigentes do MPLA
15. - Carta a Mário de Andrade. Tema: problemas económicos, s/ data
16. - Carta a Edmundo Rocha. A Direcção da UGEAN e o problema racial, de 03.09.1962
17. - Mensagem aos militantes do MPLA, 5 de Julho de 1963
18. - Proclamação aos membros do MPLA, 5 de Julho de 1963
19. - Comunicado da Direcção do MPLA: expulsão de Viriato e outros dirigentes, 6 de Julho de 1963
20. - Relato dos acontecimentos no MPLA: Julho de 1963 (Não assinado mas provavelmente redigido por VCruz)
21. - Nota da PIDE sobre as dissidências no seio do MPLA
22. - Informação da PIDE sobre dissidências no MPLA (09.09.1963)
23. - Comunicado do G.R.A.E., aprovando a admissão do MPLA dirigido por Viriato: 21.04.1964 (traduzido para português)
24. - Nota do jornal 'ETOILE DU CONGO' de 30.04.1964, informando que o embaixador argelino junto do GRAE felicita-se pela adesão do MPLA à FNLA
25. - Artigo de Viriato da Cruz, 'ANGOLA quele indépendance...', 'RÉVOLUTION', n.º 6, Fevrier, 1964, pp 5 - 16 (traduzido para português)
26. - Documento da PIDE sobre a adesão de Viriato à FNLA - Julho de 1964
27. - Informação da PIDE sobre a nova composição do GARE - 19.03.1965
28. - Documento da PIDE sobre contacto de Viriato com o embaixador da China em Paris, 29.06.1964
29. - Documento da PIDE sobre a presença de Viriato no Vit Nam
30. - Carta a Mário de Andrade, em 07.01.1965: cenários para a independência de Angola
31. - Carta a Mário de Andrade, tema idêntico, em 16.01.1965
32. - Entrevista concedida à 'RÉVOLUTION AFRICAINE' (Argel), em 08.02.1964
33. - Considerações a propósito de um documento comprometedor de 22 de Outubro de 1963
34. - Discurso de Viriato em Pequim em 1 de Outubro de 1966 - 'LONGA VIDA AO PRESIDENTE MAO'
35. - Nota do 'DIÁRIO DE NOTÍCIAS', de 08.03.1973 sobre o falecimento de Viriato em Pequim
Preço: €77,50€;
De Edmundo Rocha, Francisco Soares e Moisés Fernandes
Edição Prefácio / Caxinde
Lisboa, 2008
Livro com 446 páginas, ilustrado com fotografias e reprodução de documentos. Em muito bom estado de conservação.
De muito, muito difícil localização.
MUITO, MUITO RARO.
Viriato da Cruz foi um intelectual e político angolano desde muito jovem, tendo passado pela oposição anti-colonial na Casa dos Estudantes do Império em Lisboa e cedo aderiu com outros angolanos à fundação do Partido Comunista Angolano, e pouco tempo depois esteve também na fundação do MPLA.
No MPLA, entrou cedo em rotura com Agostinho Neto e a ala marxista pró-Moscovo, e depois de uma aproximação à FNLA acabaria por se exiliar em Pequim, falecendo em 1972.
Reconhecido poeta e político, foi completamente afastado e ostracizado pelo MPLA e tarda em ver reconhecido na Angola independente o seu valor.
Os autores, que com ele conviveram até no próprio MPLA, dão à estampa nesta obra mais alguns elementos biográficos de elevado interesse para se conhecer este intelectual dedicado e que foi vitima da mesquinhez política que caracteriza os movimentos e países autocráticos.
Da contra-capa:
"Viriato da Cruz pode ser considerado o grande paradigma da literatura nacionalista angolana e o seu máximo expoente poético."
Francisco Soares
"Viriato da Cruz foi a estrela meteórica que iluminou os céus do nacionalismo angolano... Foi talvez o primeiro e o último autêntico marxista cuja trajectória política se confunde com o despertar do nacionalismo moderno angolano.
Edmundo Rocha
"Na senda do percurso de milhares de nacionalistas, Viriato da Cruz não só acreditou, como enalteceu o regime de Mao Sté Tung, quer antes, quer no início da 'Revolução Cultural', ajudando a contribuir para o crescente dissídio sino-soviético. Contudo, com a sua queda em desgraça política, transformou-se num dos mais contundentes críticos da China e da evolução pós-colonial no continente africano, acabando por morrer olvidado em Pequim.
Moisés Fernandes"
Do ÍNDICE:
APRESENTAÇÃO - Os coordenadores
PREFÁCIO - Fernando Mourão
- VIRIATO, o Poeta
- DOIS POEMAS À TERRA - Francisco Soares
- ANGOLA, MEMÓRIA DE VIRIATO DA CRUZ - Noémia de Sousa
- TESTEMUNHO - Poeta Tomaz da Cruz
- NO CRUZAR DOS CAMINHOS: PESQUISA POÉTICA DE VIRIATO DA CRUZ - Francisco Soares
- VIRIATO, o político
- O ITINERÁRIO POLÍTICO DE VIRIATO DA CRUZ (Até à crise no MPLA de 1963-64) - Edmundo Rocha
- ENTREVISTA - Com João Vieira Lopes
- TESTEMUNHO: "O VIRIATO QUE EU CONHECI" - Patrícia MG Pinheiro
- VIRIATO DA CRUZ, UM NACIONALISTA SUBLIME - Adriano Parreira
- O PERCURSO CHINÊS DE VIRIATO DA CRUZ, 1958-1973 - Moisés Silva Fernandes
ANEXO DOCUMENTAL:
01. - Manifesto, de 1956
02. - Certidão narrativa completa do Registo de nascimento
03. - Certificado de estudo no Liceu Salvador Correia
04. - Ofício da PSP da Província de Angola que Viriato da Cruz faz parte do "grupo de novos intelectuais de Angola"
05. - Ofício da PIDE, indicado que V. Cruz "é declaradamente comunista"
06. - Carta a Noémia de Sousa, 1952 (extractos)
07. - Fundação do Partido Comunista Angolano (PCA), 12 de Novembro 1955, em Luanda, Angola
08. - Nota informativa da PIDE/DGS sobre a presença de Mário de Andrade, de Lúcio Lara e Viriato da Cruz no 2.º Congresso de Escritores e Artistas Negros, em Roma, em 1959
09. - Discurso de Viriato da Cruz II.º Congresso de Escritores e Artistas Negros, Roma, em 1959
10. - Documento da PIDE, sobre Viriato da Cruz, de 07.11.1961
11. - "O problema racial dentro das organizações nacionalistas africanas" - Viriato da Cruz
12. - Segunda Conferência de Solidariedade dos Povos-Afro-Asiáticos: Intervenção de Viriato da Cruz, Abril de 1960
13. - Carta de Mário de Andrade. Tema: problemas económicos, s/ data
14. - Informação da PIDE sobre dirigentes do MPLA
15. - Carta a Mário de Andrade. Tema: problemas económicos, s/ data
16. - Carta a Edmundo Rocha. A Direcção da UGEAN e o problema racial, de 03.09.1962
17. - Mensagem aos militantes do MPLA, 5 de Julho de 1963
18. - Proclamação aos membros do MPLA, 5 de Julho de 1963
19. - Comunicado da Direcção do MPLA: expulsão de Viriato e outros dirigentes, 6 de Julho de 1963
20. - Relato dos acontecimentos no MPLA: Julho de 1963 (Não assinado mas provavelmente redigido por VCruz)
21. - Nota da PIDE sobre as dissidências no seio do MPLA
22. - Informação da PIDE sobre dissidências no MPLA (09.09.1963)
23. - Comunicado do G.R.A.E., aprovando a admissão do MPLA dirigido por Viriato: 21.04.1964 (traduzido para português)
24. - Nota do jornal 'ETOILE DU CONGO' de 30.04.1964, informando que o embaixador argelino junto do GRAE felicita-se pela adesão do MPLA à FNLA
25. - Artigo de Viriato da Cruz, 'ANGOLA quele indépendance...', 'RÉVOLUTION', n.º 6, Fevrier, 1964, pp 5 - 16 (traduzido para português)
26. - Documento da PIDE sobre a adesão de Viriato à FNLA - Julho de 1964
27. - Informação da PIDE sobre a nova composição do GARE - 19.03.1965
28. - Documento da PIDE sobre contacto de Viriato com o embaixador da China em Paris, 29.06.1964
29. - Documento da PIDE sobre a presença de Viriato no Vit Nam
30. - Carta a Mário de Andrade, em 07.01.1965: cenários para a independência de Angola
31. - Carta a Mário de Andrade, tema idêntico, em 16.01.1965
32. - Entrevista concedida à 'RÉVOLUTION AFRICAINE' (Argel), em 08.02.1964
33. - Considerações a propósito de um documento comprometedor de 22 de Outubro de 1963
34. - Discurso de Viriato em Pequim em 1 de Outubro de 1966 - 'LONGA VIDA AO PRESIDENTE MAO'
35. - Nota do 'DIÁRIO DE NOTÍCIAS', de 08.03.1973 sobre o falecimento de Viriato em Pequim
Preço: €77,50€;
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