segunda-feira, 22 de setembro de 2025

Portugal & Angola - ‘MEMÓRIAS DA GUERRA COLONIAL - Na Lunda da DIAMANG e dos Quiocos’, de Nuno Roque da Silveira - Lisboa 2024;








Portugal & Angola - Um extraordinário livro de memórias do autor, que relata a parte final da sua comissão militar na guerra do ultramar nesta antiga província ultramarina portuguesa, a relação com todos os elementos da sua companhia (oficias, sargentos e soldados), como viu as populações da Lunda nos seus aspectos genuínos e no dia-a-dia, cultura, arte e tradições, a riqueza diamantífera explorada pela DIAMANG, o turismo pelas terras do interior angolano com a publicação de cerca de três centenas de magníficas fotografias 


‘MEMÓRIAS DA GUERRA COLONIAL - Na Lunda da DIAMANG e dos Quiocos’ 
De Nuno Roque da Silveira 
Edição Colibri 
Lisboa 2024 


Livro com 532 páginas, profusamente ilustrado (cerca de 300 fotografias) e em muito bom estado de conservação. Novo. Excelente. 


Da contracapa:
“Ao falarmos sobre a situação no norte de Angola, que nesta altura é o principal teatro de guerra, e dizendo-lhe eu das dificuldades em conseguir desalojar e prender os elementos de uma guerrilha, até porque conhecem melhor o terreno e nele se escondem, disse-me convictamente: - Temos hoje em dia as possibilidades técnicas de traçar no terreno zonas de extermínio, nas quais sistematicamente se poderá fazer um desbaste de toda a vegetação. Isto levará a descobrir todos os terroristas nas matas, que deverão ser pura e simplesmente eliminados.“ 


Da badana: 
“Em 2007 ao dar à estampa as minhas memórias da estadia em Angola como combatente das tropas que para ali iam, prometi escrever sobre o que se passara na segunda parte dessa, como se dizia, missão de soberania, em local de descanso. Infelizmente passaram todos estes anos e penitencio-me por esta minha falta.

No decorrer da leitura das ‘memórias’ que aqui deixo, julgo transmitir a enorme riqueza que me foi oferecida com esta estadia em descanso militar na zona da Lunda dos Diamantes. Também me foi possível transmitir aos soldados mais próximos de mim a iniquidade da guerra em que fôramos obrigados a participar nos meses anteriores lá pelo Zemba, Mucondo, Maria Fernanda… passados todos estes anos, muitos de nós entenderam que da nossa parte, da nossa entrega, não houve resultados heróicos antes a necessidade de um esquecimento modesto e silencioso.“ 


O Autor: 
“NUNO ROQUE SILVEIRA nasceu na Chibia, Angola, em 1940. Fez os seus estudos primários e secundários em Lisboa, Barreiro, Algueirão e Lourenço Marques (hoje Maputo). Licenciado pela Universidade Técnica de Lisboa, ainda pensou voltar à sua terra e exercer a preparação obtida com estudos em Ciências Sociais e em Política Ultramarina, mas acabou por fazer uma pós-graduação em Administração Hospitalar; tendo cumprido a maior parte da sua vida profissional como administrador hospitalar. Anteriormente ainda tinha trabalhado numa forma alemã de Dusseldórfia, acompanhando jornalistas, escritores e cientistas alemães, suíços e austríacos em visitas pormenorizadas as todas as regiões das então colónias de Angola e Moçambique. 

Publicou nesta editora: 
- ‘UM OUTRO LADO DA GUERRA - Zemba, Angola (1963-1964)’; 
- ‘LOURENÇO MARQUES - Acerto de contas com o passado (1951-1965).
Desde 2007 faz trabalho de campo na Feira da Ladra.“ 



Do ÍNDICE: 

Dedicatória 
INTRODUÇÃO 

1. - DE ZEMBA PARA A LUNDA 
- Henrique de Carvalho / Lunda 

2. - LUXILO 

3. - UM OUTRO MUNDO SE DESVENDA 
- O memória 

4. - DESEMPENHO DE GUERRA EM SITUAÇÃO DE PAZ 

5. - QUE FAZIAM OS OFICIAIS. QUE FAZIAM OS SARGENTOS. QUE FAZIAM OS SOLDADOS 

6. - O NOSSO MÉDICO FALA-NOS E LEVA-NOS A ANDRADA 

7. - CONHECER A LUNDA DA DIAMANG 
- Muinda 

8. - O BEM-ESTAR NA LUNDA 
- Rodrigo 
- O senhor Nicolau 

9. - OS BAILES NA DIAMANG 
- A família Laranjeira 
- Relações dos nossos militares com os civis 

10. - VEM DO LADO DO ÍNDICO 
- Regresso à Lunda 
- Um pouco de turismo não faz mal a ninguém 
- Memórias de Zé do Telhado e da Rainha Ginga 
- Na morte de José de Freitas Vieira 

11. - A ENCOMENDA DO LEITÃO 
- Aproxima-se o Natal 
- Visita à Central de Escolha 

12. - O ASSIMILADO 
- Instrução primária 
- O ‘Odemira’ 

13. - NA MORTE DE HUMBERTO DELGADO 
- O ócio 
- … E vamos ter teatro 

14. - MARÇO E A DÁDIVA DE UM DIAMANTE 
- Os ovos da Páscoa 
- Infidelidade em tempo de guerra 

15. - O CANZAR EM PERSPECTIVA 
- De guerreiros passamos a senhores 
- Estaremos no Paraíso ? 
- Ida ao nordeste 
- Permanência no Canzar 

16. - TXONZA, O GRANDE ESCULTOR 
- O grande Soba Cassombo 
- O dia-a-dia no Canzar 
- A cega 

17. - BERNARDO ASPIRA A UM DIA SE CASAR 
- Férias e regresso 
- O Nabais Jorge apaixona-se 
- Protesto 
- Os ferreiros 
- Vem o enfermeiro branco que faltava 
- O Cacimbo e as chuvas 

18. - IDA AO LUSO 
- Tempos difíceis 
- O MPLA dá sinal de vida 
- Domingos no Canzar 

19. - MONUMENTAL ROUBO DE GALINHAS 
Desvario em Luanda ? 
- Convite para a Kapa 18 (k18) 
- Um cantineiro no Canzar 
- O Natal vai mesmo ser aqui 

20. - OS ADEUSES E PREPARATIVOS PARA A VIAGEM 
- Vamos mesmo partir 
- A viagem desejada 
- Estamos em Lisboa 

EPÍLOGO 


Preço: 

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Portugal & História - ‘TOMAR - TEMPOS E GENTES’, de João António Godinho Granada - Tomar 2012 - Muito Raro;









Portugal & História - A realidade de Tomar, das suas gentes e território na história nacional e regional, desde os tempos da reconquista e fundação à actualidade numa análise muito própria do autor que assume a sua genuína e orgulhosa descendência tomarense 


‘TOMAR - TEMPOS E GENTES’ 
De João António Godinho Granada (texto e fotografias) 
Edição Intermagia Comunicação, L.da 
Composição: jornal ‘O Templário’ 
Execução gráfica: ‘A Persistente’, Chamusca 
Tomar 2012 


Livro com 224 páginas, ilustrado e em muito bom estado de conservação. Excelente. 
De muito difícil localização. 
Muito Raro.


Da badana: 
“A civilização é uma crosta frágil construída a partir da personalidade de alguns para uso de todos sobre regras e convenções, preconceitos e artimanhas. No fundo, toda a existência repousa sobre duas dimensões: uma material centrada nas funções vitais primárias de comer, beber, procriar e vegetar e outra que separa os humanos dos brutos, de fundo espiritual, na arte como na literatura, na ciência como na filosofia, sem visar fins específicos, além do simples deleite de pensar. Raiz essencial de todos os avanços da humanidade.
A essência da vida ditou que todos os homens houvessem de ser úteis: uns mais que outros.“ 


O Autor: 
JOÃO ANTÓNIO GOSINHO GRANADA 
“Natural de Tomar, com instrução primária na escola de além da ponte, o secundário no Colégio de Nun’Álvares, serviço militar no Regimento de Infantaria 15, comissão militar em Moçambique, licenciado em Direito pela Universidade Clássica de Lisboa, pós graduado em Direito Comparado por Strasburgo. Exerceu advocacia independente em Lisboa.
Assumido pato-bravo. 
Ligado à Casa do Concelho de Tomar em Lisboa e Associação dos Antigos Alunos do CNA de Tomar. 
Fora de qualquer Academia ou Seita, não filiado em qualquer Partido Político, não titular de qualquer cargo público ou administrativo, não interessado em qualquer empresa ou negócio, não beneficiário de compadrio ou sinecura, considera-se detentor de liberdade e de credibilidade bastantes de apreciação e de pronúncia independentes.



Do ÍNDICE: 

PREFÁCIO 

- A Esquecida pré-nacionalidade Árabe 
- A Génese de Portugal Primeiro Nasceu Portugal 
- A Seguir, Nasceu Tomar, Povoado Templário 
- Os Forais de D. Gualdim Pais 
- Primeiro Foral de D. Gualdim Pais - 1162 
- Entre 1162 e 1174 
- Segundo Foral de D. Gualdim Pais - 1174 
- Após Afonso Henriques 
- Do Templo a Cristo As Providências de D. Dinis 
- O Foral de Tomar e a Trapalhada das Jugadas 
- O Drama Pessoal de D. Lopo Dias de Sousa 
- O Infante D. Henrique, Regedor e Administrador da Ordem de Cristo 
- Um Velho Costume 
- D. Duarte Morre em Tomar no Paço dos Estaus 
- Portugal Evolui Social e Culturalmente Tomar Também 
- Dos Vários Hospitais Dispersos ao Hospital de Nossa Senhora da Graça 
- Tomar no Século XV e XVI - O Rempo dos Senhores Reis, D. Manuel e D. João III 
- Frei João Claro, Tomarense, etc 
- De Tempos Faustos a Tempos de Crise 
- De Gil Vicente a Camões, Passando por Bernardino Ribeiro 
- Tomar - Os Filipes e a Restauração 
- Da Restauração ao Liberalismo 
- As Invasões Francesas 
- As Tribulações do Século XIX Português 
- A Guerra Civil de 1832 - 1834 
- A Batalha da Asseiceira - 16 de Maio de 1834 
- O Constitucionalismo Liberal 
- O Rotativismo Regeneradores e Progressistas o Racionalíssimo, o Espiritualismo e o Modernismo 
- Até ao Final do século XIX 
- Era Uma Vez Uma Roda no Rio 
- O Ultimato Britânico - 11 de Janeiro de 1890 
- O Acidentado Século XX 
- A Primeira República: 1910-1926 
- A Primeira Guerra Mundial: 1914-1918 
- A História de Uma Lage Sepulcral - 1924 
- A Segunda República: 1926-1974 
- A Segunda Guerra Mundial: 1939-1945 
- Outra Lage Sepulcral: 1947 
- A Terceira República: 1974-… ? - A Revolução de 15 de Abril de 1974 
- E Agora ? 
- Viver a Esperança 
- Tomar nas suas Personalidades e nas suas Instituições 
- Personalidades 
- Instituições 
- Pós Facio 

ANEXOS 
- Reis de Portugal 
- A República - Chefes de Estado 
- Ordem do Templo em Portugal - Mestres 
- Da Ordem de Cristo - Os Mestres: 1319-1321 

BIBLIOGRAFIA ESSENCIAL 


Preço: 52,50€; 

sexta-feira, 4 de julho de 2025

Cultura & História - ‘POVOS DE ÁFRICA’, de Leo Salvador e Arturo Arnau - Lisboa 2000 - MUITO RARO;







Cultura & História - Uma imprescindível e magnífica obra sobre o continente africano e os seus povos, a cultura, tradições, línguas, história e os países que o compõe, com excepcionais ilustrações, cerca de duas centenas…


‘POVOS DE ÁFRICA’ 
De Leo Salvador (texto) e Arturo Arnau (Ilustrações) 
Edição Editorial ALÉM-MAR 
Lisboa 2000 


Livro com 164 páginas, profusamente ilustrado (excepcionais desenhos) e em muito bom estado de conservação. Excelente. 
De muito difícil localização. 
MUITO RARO.


Da contracapa: 
“ ‘POVOS DE ÁFRICA’ 

Ao longo dos tempos, a África sempre exerceu grande fascínio, transformando-se em objecto de estudo para exploradores, geógrafos, comerciantes, aventureiros, missionários…, e tem sido um paraíso para os antropólogos. Este interesse ainda hoje perdura, embora nem sempre por motivações genuinamente humanas. 
A África continua, tal como no passado, conhecida por poucos e desconhecida por muitos, envolta num manto de mistério, embora tenha sido o berço da humanidade e seja a reserva espiritual de um mundo demasiado materialista. 
Todos os povos de África, com a sua visão positiva da vida, exuberantes e alegres, continuam a exercer fascínio e têm muito a oferecer a quem os quiser conhecer. Confiamos que a sua leitura mantenha e aumente o interesse dos leitores por tudo quanto é africano e, sobretudo, pela sua gente maravilhosa.“ 



Do ÍNDICE: 

Apresentação 
INTRODUÇÃO 
POVOS DE ÁFRICA 
Línguas de África 

- Os Pigmeus 
- Os Bosquimanos 
- Os Bambaras 
- Os Dogon 
- Os Haussas 
- Os Saras 
- Os Azande 
- Os Mangbetos 
- Os Ashanti 
- Os Bassari 
- Os Ewé 
- Os Iorubas 
- Os peul 
- Os Songhai 
- Os Tuaregues 
- Os Afar 
- Os Amharas 
- Os Oromos 
- Os Sidamos 
- Os Acholi 
- Os Dinka 
- Os Nubas 
- Os Tutsis-Hutus 
- Os Karimojong 
- Os Masai 
- Os Pokot 
- Os Turkanas 
- Os Fang 
- Os Kikuyus 
- Os Hereros 
- Os Macuas 
- Os Macondes 
- Os Ndebele 
- Os Xonas 
- Os Xosas 
- Os Zulus 
- Os Merinas 

Bandeiras 


Preço: 77,50€;  

segunda-feira, 9 de junho de 2025

Portugal & Guerra do Ultramar - ‘GUERRA E PAZ NO NORTE DE ANGOLA’, de Fernando Laidley - Lisboa 1997 - MUITO RARO;






Portugal & Guerra do Ultramar - Reportagem efetuada no ano de 1964, sobre os combates das tropas portuguesas com os guerrilheiros da UPA/ FNLA e MPLA no Norte de Angola, descrevendo os palcos de confrontação, as táticas de aproximação utilizadas, os nomes dos oficiais que conduziram as operações e os cercos efetuados aos acampamentos inimigos. Relato vital para a compreensão das dificuldades encontradas pelos militares portugueses que, pela sua precisão, foi retirada de circulação pelo Secretariado de Defesa Nacional quando colocada à venda ao público.



‘GUERRA E PAZ NO NORTE DE ANGOLA’ 
De Fernando Laidley 
Edição Publicações Quipu 
Lisboa 1997 


Livro com 
De muito difícil localização. 
MUITO RARO.


Nota do Autor: 



Do ÍNDICE: 



Preço: 

Portugal - Literatura & Ultramar - ‘RECORDAÇÕES - Contos’, de António Pinto Gamboa - Alcobaça 1992 - MUITO RARO;





Portugal - Literatura & Ultramar - 


‘RECORDAÇÕES - Contos’ 
De António Pinto Gamboa 
Capa e ilustrações de António Rosa 
Edição do Autor 
Alcobaça 1992 


Livro com 132 páginas, ilustrado e em muito bom estado de conservação. Excelente. 
De muito difícil localização. 
MUITO RARO.



Preço: 

sexta-feira, 6 de junho de 2025

África & História - ‘O CHEIRO DA CHUVA - Memórias de Moçambique’, de John Hewlett - Maputo 2014 - MUITO RARO;





África & História - 


‘O CHEIRO DA CHUVA - Memórias de Moçambique’ 
De John Hewlett 
Edição 
Maputo 2014 


Livro com 298 páginas, ilustrado e em bom estado de conservação.
De muito difícil localização. 
MUITO RARO.


Da dedicatória: 
‘O CHEIRO DA CHUVA - Memórias de Moçambique’, de John Hewlett - Maputo 2014 

“Esta é uma historia verdadeira. É a minha perspectiva acerca de muitos acontecimentos, perturbações e mudanças extraordinárias. É uma história africana de esperança.
Através destas lembranças, Morjolaine, a minha esposa, minha amante e amiga, é a presença constante que sempre esteve a meu lado.
O livro recorda um tempo das nossas vidas em Moçambique quando eu não guardava notas, por isso é tão exacto quanto a minha memória permite.
Escrevi-o para nossos netos na esperança de que a nossa pequena tribo consiga ter uma compreensão maior de uma vida africana num tempo de transição. 
Isto é para voces, William, Gisele e Adam, com o meu amor.”


Sobre o Livro: 
“Quis o destino que concluísse a leitura do livro ‘O CHEIRO DA CHUVA - Memórias de Moçambique’, aqui em Nairobi, onde me encontro desde a quarta-feira.

Uma história de um agrónomo e aviador que cresceu no Quénia colonial e veio a desempenhar um papel activo na política de Moçambique, enquanto estava à frente de um investimento estrangeiro da Lonrho neste país. Quase o mesmo que dizer Lomaco, quase o mesmo que Mocotex, também tem semelhanças com o chamar Plexus.

Tentei lê-lo na íntegra durante as últimas férias (Julho a princípios deste mês), mais precisamente em Mocímboa da Praia, mas colidi com novidades com as quais não concordava. Apenas pelas cores do livro. Uma capa que teria sido um pouco mais trabalhada esteticamente, mas quedou-se em tristes cores que, quiçá, melhor representam a paz de Moçambique.

Estava muito bem enganado. Esquecera-me que não se avalia o livro pela sua exterioridade, tal como, estando sabendo que, em muitos casos aquilo que cá fora nos parece feio, lá, é maravilha. Tem sido em quase tudo. A subjectividade não passa disso.

O autor é John Hewlett, que se mudou da Zâmbia para o nosso país, em 1985, onde nos conheceu melhor do que nós próprios, pois foi obrigado a lidar também com a Renamo, a quem assessorou e viabilizou alguns processos para que ela aceitasse transformar-se em partido político.

Interessante é quando o autor se recorda dos últimos dias antes da assinatura do cessar-fogo como quando diz que “à medida que se aproximava o dia 1 de Outubro a atmosfera era pesada. Dhlakama estava inquieto porque não via a sua mulher e a criança havia já algum tempo. Estavam em Lisboa sem dinheiro para vir a Roma. Informei Rowland e ele mandou buscá-los”.

O piloto não estava bem impressionado especialmente quando o bebé vomitou nos assentos. Mas o certo é que um dia depois a família estava reunida e esperava-se que isso tivesse trazido um ânimo que assegurasse um desfecho rápido. Enganados.

O autor, falando dos adiamentos sucessivos, diz que então “a Renamo insistia em certas alterações fundamentais para o processo eleitoral (...) a quinta-feira 1 de Outubro de 1992 veio e foi sem que a equipa da Renamo desse sinal. As mensagens da embaixada da África do Sul eram trocistas (...) um Chissano furioso chegou a declarar que foi quebrada uma promessa e isso vai ser lido nos livros de história”.

No dia seguinte “o pequeno-almoço foi servido no terraço do último andar. Ainda não tinha havido nenhum progresso e Rowland estava absolutamente farto. Quando a tarde do dia 3 de Outubro já estava no fim, setenta e duas horas depois do fecho do prazo da assinatura, tivemos mais notícias preocupantes. O presidente Quett Masire tinha compromissos anteriores em Nova Iorque e estava para partir”. O grupo zimbabwiano estava igualmente para partir, visto que a intenção de Masire tinha convencido Mugabe.

“Voltei à suite de Chissano para encontrar todos os chefes de Estado africanos cabisbaixos. Ninguém sabia o que tinha bloqueado a Renamo. Mugabe abana a cabeça, mas desiste da viagem. Tendo ganho mais uma noite fui descobrir o que os sul-africanos estavam a fazer. Pik Botha disse para nos juntarmos: a comida, o vinho e o wisky não faltavam”.

(...) faltava a mudança chave do texto, relacionada com as áreas ocupadas pela Renamo, pois as instituições do Estado estender-se-iam a elas, até que se chegou ao ponto em que oito membros, quatro da Renamo e quatro do governo, tratariam do relacionamento entre elas e o Ministério da Administração Estatal.

Representantes de vários países: o presidente Mugabe e Pik Botha sentaram-se à mesma mesa e do mesmo lado. A tensão subia enquanto se esperava pelos principais actores. Finalmente, às 11.00 horas em ponto do dia 4 de Outubro de 1992 consumava-se o acto. Era como se ninguém acreditasse realmente que tinha alguma probabilidade de funcionar.

De facto, aquilo que devia ser perene, sempre presente, a paz, só durou escassos 22 anos!”

Texto de Pedro Nacuo - ‘JORNAL DOMINGO’, Maputo - 28 de Agosto de 2016.



Preço: 

segunda-feira, 14 de abril de 2025

Portugal & Estado Novo - ‘OS PRESOS E AS PRISÕES POLÍTICAS EM ANGRA DO HEROÍSMO (1933 - 1943)’ - Lisboa 2022;

 



Portugal & Estado Novo - Estudo e resenha exaustiva das prisões políticas de Angra do Heroísmo (Açores) com a inclusão extraordinária da listagem nominal (identidade, naturalidade e historial) dos 645 presos que na década de 1933 - 43 ali foram encarcerados pelo regime 


‘OS PRESOS E AS PRISÕES POLÍTICAS EM ANGRA DO HEROÍSMO (1933 - 1943)’ 
Edição URAP (União de Resistentes Antifascistas Portugueses) 
Lisboa 2022


Livro com 352 páginas, ilustrado e em muito bom estado de conservação. Excelente. 


“O trabalho que agora se apresenta 
“OS PRESOS E AS PRISÕES POLÍTICAS DE ANGRA DO HEROÍSMO” 
contou com a consulta levada a cabo por vários activistas 
da URAP junto de entidades diversas, arquivos e instituições.
No tema ‘Depoimentos e Testemunhos de Resistentes Antifascistas’ 
são publicados extractos dos seus escritos ou depoimentos.“ 


Da contracapa: 
“Colecção PÁGINAS DE MEMÓRIA 

Este livro contas as histórias, a vida e o sofrimento de mais de 600 antifascistas, os quais, durante 10 longos anos (1933 / 1943), numa belíssima ilha do Arquipélago dos Açores, Terceira de seu nome, em Angra do Heroísmo, cidade de feitos libertários e Património Cultural, viveram tempos desumanos e cruéis nas prisões políticas da ilha: Fortaleza de São João Baptista e Forte de São Sebastião (Castelinho) e, dentro das suas muralhas, em masmorras sórdidas onde a barbárie habitava: poterna, furnas e calejão. 

Mais um livro que a URAP dá à estampa, a dizer-nos desse património único de coragem, de altruísmo e luta, da Memória perene de gerações que resistiram ao fascismo em nome dos mais dignos ideais humanistas, em nome do futuro.“



Do ÍNDICE: 

Dedicatória 
Agradecimentos 
A génese deste Livro
“OS PRESOS E AS PRISÕES POLÍTICAS EM ANGRA DO HEROÍSMO” 

INTRODUÇÃO 

AS PRISÕES POLÍTICAS DE ANGRA DO HEROÍSMO 
- Caracterização, contextualização histórica, localização 

A II GUERRA MUNDIAL, O FASCISMO LUSO E O NAZI-FASCISMO NA EUROPA 
- A construção do salazarismo 

DOS PRESOS POLÍTICOS E DAS LEVAS 

DAS PRISÕES, DAS REVOLTAS E DA GENTE COMUM QUE TENTAVA MUDAR DE VIDA E O PAÍS QUE HABITAVA 

A POLÍCIA POLÍTICA - ARBÍTRIO, VIOLÊNCIA, DESUMANIDADE 

DEPOIMENTOS E TESTEMUNHOS DE RESISTENTES ANTIFASCISTAS 

PRESOS POLÍTICOS QUE MORRERAM EM ANGRA DO HEROÍSMO 

AQUELES QUE LUTARAM E RESISTIRAM E Se foram da Lei da Morte libertando 

ANEXO DOCUMENTAL 
- Relatório da Viagem de Transporte “LOANDA” de Lisboa a São Vicente de Cabo Verde, conduzindo presos políticos 
- Relação, por ordem alfabética, de 645 presos políticos Localizados em Angra do Heroísmo (1933 - 1943) 

FONTES E BIBLIOGRAFIA 
- Fontes manuscritas 
Arquivo Nacional da Torre do Tombo 
Biblioteca e Arquivo Histórico da Marinha 
Fundação Mário Soares e Maria Barroso / António Gato Pinto 
Arquivo Histórico do PCP 
Arquivo URAP 
- Fontes impressas 
Periódicos 
Estudos, Memórias 
Outros recursos (sítios na internet, blogues) 


Preço: 37,50€; 

sexta-feira, 4 de abril de 2025

Portugal & Estado Novo - Guerra Colonial & História - ‘CASABLANCA - O Início do Isolamento Português’, de José Duarte de Jesus - Lisboa 2006 - Muito Raro;




Portugal - Estado Novo & História - O autor relata o ambiente vivido nos países do Norte de África, nomeadamente Marrocos e Argélia, onde os líderes dos movimentos de libertação das então colónias portuguesas encontravam asilo e apoio diplomático, e da oposição portuguesa, com recurso a documentos, testemunhos e a imprensa local com noticiário das actividades dos que combatiam o regime liderado por António de Oliveira Salazar 


‘CASABLANCA - O INÍCIO DO ISOLAMENTO PORTUGUÊS’ 
Memórias Diplomáticas: Marrocos 1961 - 1963 
De José Duarte de Jesus 
Prefácio de Adriano Moreira 
Edição Gradiva 
Lisboa 2006 


Livro com 190 páginas, ilustrado e em muito bom estado de conservação. Excelente. 
De muito difícil localização. 
Muito Raro.


Da contracapa: 
“O leitor tem nas mãos um livro de leitura empolgante que conte um dos períodos históricos ‘quentes’ de Portugal.

Colocado em Marrocos, um jovem diplomata assiste aos acontecimentos que aí se desenrolam, participando em episódios de extrema importância histórica. Entretanto, recolhe a documentação a que vai tendo acesso, pois o seu sentido de dever a isso o impele.
É graças a esses documentos e à memória do então jovem diplomata que se torna possível conhecer hoje com maior exactidão o que se passou verdadeiramente em Casablanca em 1961. 
E, na verdade, Marrocos era na altura um verdadeiro turbilhão: com a morte de Mohamed V, ascende ao trono Hassan II: a guerra na Argélia dificulta as relações de Marrocos com os seus vizinhos: a equipa de Henrique Galvão desvia um avião da TAP em Casablanca: os movimentos nacionalistas das Colónias portuguesas surgem unidos na Conferência de Casablanca: Galvão e Delgado permanecem em Marrocos: os serviços secretos tentam assassinar delgado, que o embaixador protege. A guerra colonial inicia-se em Angola. Goa é invadida. 
Em Portugal, o Ministro da Defesa, General Botelho Moniz, tenta um golpe de estado: outro grupo tenta tomar o quartel de Beja. Vive-se uma curta ‘Primavera de esperança’ com o jovem ministro Adriano Moreira.
E Casablanca ocupa sempre um lugar central nos acontecimentos da época.“ 


O Autor: 
“JOSÉ MANUEL DUARTE DE JESUS nasceu em Lisboa, em Dezembro de 1935. 
Com formação académica em História, Filosofia e Lógica Matemática, ingressou na carreira diplomática em Dezembro de 1960 e serviu como diplomata em diversos países da Europa Ocidental e de Leste, do Magrebe, da África Subsariana, da Ásia e da América. Foi afastado da carreira diplomática entre 1965 e 1974. Actualmente, embora ainda ligado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros, é docente no Instituto Superior de Ciências Sociais, da Universidade Técnica de Lisboa. 
Tem obra publicada, nomeadamente sobre a China e a Ásia.“ 



Do ÍNDICE: 

Nota Prévia 
PREFÁCIO - Por Adriano Moreira 

Parte I 
O INÍCIO NO PALÁCIO DAS NECESSIDADES E EM RABAT 
1. - As três fases da diplomacia portuguesa do pós-guerra. Salazar e Sampayo marca a época da Segunda Guerra Mundial. Paulo Cunha representa a diplomacia do pós guerra. Marcello Mathias é o ministro da transição. Franco Nogueira protagoniza a diplomacia da guerra do Ultramar 
2. - O Marrocos que antecedeu a minha chegada. O Marrocos que encontrei 
3. - A Embaixada em Rabat e as primeiras experiências duma missão no estrangeiro. Manuel Homem de Mello, embaixador com qualidades invulgares 

Parte II 
ANNUS HORRIBILIS DO SALAZARISMO - VISTO DE MARROCOS 
1. - Preocupações de Marrocos nas vésperas da independência da Argélia: o triângulo Ibérica-França-Marrocos. Encontro com Ferhat Abbas, o autor de ‘L’indépendance Confisqué’ 
2. - A Conferência de Casablanca reúne, pela primeira vez, os MLCP (Movimentos de Libertação das Colónias Portuguesas ‘, uma semana depois de se iniciar em Portugal a curta primavera Adrianista. O embaixador de Portugal é convidado a assistir. O papel preponderante de Marcelino dos Santos e de outras figuras ligadas ao movimento de emancipação de Goa. Amílcar Cabral 
3. - O espião estrangeiro ao serviço da PIDE actua em África 
4. - Humberto Delgado e Henrique Galvão em Marrocos: diferentes tomadas de posição sobre África. A operação ‘Vagô’. A tentativa de assassinato de Humberto Delgado em território marroquino e o papel da embaixada 
5. - O golpe do general Botelho Moniz e a reacção marroquina 
6. - A tomada de Goa. O primeiro baptismo diplomático. Declarações de Marcelino dos Santos e de Aquino de Bragança 
7. - Emigração da comunidade judaica de Marrocos 
8. - A crise de Bizerta. A preocupação marroquina 

Parte III 
1962 - 1963 
1. - Mudança de embaixador e de estilo 
2. - A apresentação de credenciais 
3. - 1962 - O ano em que Hassan II procura estabilizar suas relações externas 
4. - Continuação do imbróglio Argélia-Marrocos e suas repercussões internas e externas. A primeira Constituição 
5. - A CONCP. As ajudas de Marrocos. A ida à Conferência do Cairo. Que queremos nós em África? Assembleia Geral da ONU. Tentativa de acreditar um embaixador residente em Madrid. Longas conversas com Abdelkrim Moussa 
6. - A questão do armamento russo versus americano ou o perigo da chamada ‘infiltração soviética’ em Marrocos. A posição da embaixada face às diversas visões dos serviços de informação in loco. 
7. - O fim de 62 e o início de 63 deixam antever instabilidade social e militar 
8. - A questão de IFNI e as relações com a Espanha. O exemplo de Goa invocado pelo ISTIQLAL 
9. - “Aí, Deus ! Acabaram-se os dias.” 


Preço: 37,50€; 

Portugal & Estado Novo - ‘TARRAFAL NA MEMÓRIA DOS PRISIONEIROS (1936-1954)’, de Nélida Maria Freire Brito - Lisboa 2006 - RARO;




Portugal & Estado Novo - O Campo de Tarrafal descrito pelos prisioneiros, que para aí foram deportados pelo Estado Novo.


‘TARRAFAL NA MEMÓRIA DOS PRISIONEIROS (1936-1954)’ 
De Nélida Maria Freire Brito 
Edição Dinossauro 
Lisboa 2006 


Livro com 224 páginas e em muito bom estado de conservação. Excelente. 
De muito difícil localização. 
RARO.


Preço:  0,00€; (Indisponível) 

sábado, 1 de março de 2025

Portugal - Colonialismo & Ultramar - ‘AS CAMPANHAS DE OCUPAÇÃO DO SUL DE ANGOLA (1885 - 1915)’, de Marco Arrifes - Lisboa





Portugal - Colonialismo & Ultramar -


‘AS CAMPANHAS DE OCUPAÇÃO DO SUL DE ANGOLA (1885 - 1915)’ 
De Marco Arrifes 
Edição do Instituto de Defesa Nacional 
Lisboa 


Livro com 
De muito difícil localização.
Raro. 


SINOPSE: 
“ ‘As Campanhas de Ocupação do Sul de Angola 1885-1915’ é o título da ATENA 45 publicado pelo Instituto da Defesa Nacional. A obra, da autoria de Marco Fortunato Arrifes, tem como objeto de estudo as confrontações militares entre europeus e africanos, no Centro e Sul de Angola, no período entre a Conferência de Berlim de 1885 e a vitória da Môngua em 1915, com o objetivo de compreender as suas dinâmicas estratégicas, operacionais e táticas. Este trabalho foi distinguido com o Prémio de Defesa Nacional em 2021.”


Preço: 

quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

África Austral & Conflitos Regionais - ‘CONTINENT ABLAZE













Softcover in very good condition with no names or inscriptions.  Illustrated with B&W photos   

23.5 x 16 cm. 280 pp.

Shipping at buyers cost.  I am happy to combine orders to save on shipping costs.  Please view the other books I have listed for sale on Facebook.