Timor & FRETILIN - Da descolonização à guerra civil, da resistência aos indonésios
'TIMOR LESTE - Os Loricos voltaram a cantar'
De Abílio Araújo
Edição do autor
Lisboa 1977
Livro com 200 páginas, ilustrado e em muito bom estado de conservação.
De muito, muito difícil localização.
MUITO RARO
Da autoria de um dos fundadores da FRETILIN e da sua antecessora a ASDT, Abílio Araújo relata os principais acontecimentos da sangrenta guerra civil que dilacerou Timor-Leste, após a revolução de 25 de Abril de 1974 em Lisboa, a capital do império português, que derrubou o regime ditatorial e deu início à descolonização.
Em Timor Leste, os principais partidos, ASDT/Fretilin, Apodeti, Kota e UDT cedo levaram as suas divergências das palavras para os actos bélicos e em breve instalou-se um sangrenta e criminosa guerra civil que ameaçava envolver a outra metade da ilha pertencente à Indonésia. E assim, em Dezembro de 1975, o território foi invadido, dando início à ocupação indonésia, muito repressiva e sangrenta, com uma guerra de guerrilhas fomentada pela FRETILIN, de início com Rogério Lobato e após a sua morte com Xanana Gusmão.
Este é um dos mais interessantes livros sobre estas épocas, escrito por um dos seus mais directos participantes e muito raro e de grande dificuldade na localização.
Imprescindível para conhecer aquele período trágico da história recente de Timor.
Do ÍNDICE:
PRÓLOGO
I PARTE
FORMAÇÃO DAS NAÇÕES NOVAS - Estudo baseado na formação da Nação Timor-Leste
1. - Introdução
2. - A prática divisionista do colonialismo. Razões do seu sucesso
3. - A acção erosiva do colonialismo sobre as estruturas da sociedade colonizada. A cessação das rivalidades e dos conflitos inter-reinos
4. - Intercâmbio das culturas dos diversos povos. Sua fusão e renovação durante a história da dominação colonial
5. - A direcção política única. Seu papel e sua origem de classe. A luta de libertação nacional e a vitória sobre o colonialismo
6. - Construção da sociedade nova como única via para manter e consolidar a Nação
7. - Considerações finais
II PARTE
A RESISTÊNCIA ANTI-COLONIAL
I - INTRODUÇÃO
1. - Sobre as pontes históricas
2. - Os dois grandes períodos de resistência
II - A PENETRAÇÃO COLONIAL E O PAPEL DOS RELIGIOSOS DE S. DOMINGOS
- Behale e Servião pegam em armas contra o colonialismo português (1642)
III - AS GUERRAS INDEPENDENTISTAS DEPOIS DE 1642
1. - Prisão de D. Mateus da Costa, Rei de Viqueque. Fuga do Governador Melo de Castro de Timor em 1719
2. - Conspiração da Casa de Cambenasse. Resistência de Cailaco em 1726
3. - A sublevação geral de Timor em 1729-31. Prisão dos Reis de Viqueque, Alas, Samoro e Claco e a morte dos dois primeiros na prisão
a). - Cerco de Manatuto e Lifau
b). - Novamente o divisionismo
c). - Barreto da Gama apela à rendição de Francisco Fernandes Varela que depois recebe o posto de tenente-general
4. - Período anterior à primeira divisão territorial de Timor em distritos - Regulamento de Agosto de 1860, publicado em 4 de Abril de 1863
5. - Fase final das guerras independentistas (1860-1912)
a). - Revoltas de Lacló e Ulmera. Manatuto a favor de Lacló. Revolta de Laga e Fatumasse
b). - Revolta de Cotubaba e Cová
c). - Revolta de Laleia (1878). Laclubar é arrastado. Governador português Lacerda Maia é morto em Dili (1887). Revolta de Lautém (1889). Revolta de Maubara (1893)
d). - Guerra de Manufahi (1895-1912)
III PARTE
COLONIZADO PARA SEMPRE?
- Fim da 1.ª fase da resistência anti-colonial
O 26 de Outubro de 1912
- Os antecedentes da luta de libertação nacional
As chamadas 'Colunas Negras'. A revolta de 1959
O porquê da inexistência de uma direcção política
PARTE FINAL
EPÍLOGO
Preço: 140,00€