Portugal - Angola & Literatura - Uma análise aprofundada da literatura colonial produzida na segunda e terceira década do século XIX relacionada com esta antiga província ultramarina portuguesa, os angolanos e as suas culturas
‘REPRESENTAÇÕES LITERÁRIAS COLONIAIS DE ANGOLA, DOS ANGOLANOS E DAS SUAS CULTURAS (1924-1939)’
De Alberto Oliveira Pinto
Prefácio de Isabel Castro Henriques
Edição da Fundação Calouste Gulbenkian
Lisboa 2013
Livro com 700 páginas e em muito bom estado de conservação. Novo. Excelente.
De muito difícil localização.
Muito Raro.
Biografia do AUTOR:
“ALBERTO MANUEL DE OLIVEIRA PINTO é um escritor e historiador luso-angolano.
Nascimento - 8 de janeiro de 1962 - Luanda, Angola
Nacionalidade - Angola Portugal
Ocupação - Escritor
Prémios:
Prémio Revelação de Ficção APE/IPLB (1989)
Prémio Literário Sagrada Esperança (1998)
Magnum opus
Biografia
Reputado historiador, escritor e comunicador, apresenta e dirige presentemente as séries de Youtube ‘Lembra-te, Angola’ e ‘Fragmentos da História de Angola’, no canal Alberto Oliveira Pinto, dialogando abertamente com o público sobre as mais diversas temáticas da História de Angola.
Licenciou-se em Direito em Lisboa, pela Universidade Católica Portuguesa, em 1986. Depois de uma curta passagem pela advocacia, trabalhou em várias escolas de Lisboa, entre os anos de 1992 e 1998, como animador cultural de Literatura, no âmbito do ‘Programa de Sensibilização à Criatividade e à Leitura’ do Departamento de Educação e Juventude da Câmara Municipal de Lisboa. Passou também por experiências de guionismo de televisão, nomeadamente no programa da RTP, ‘Rua Sésamo’, e foi professor em cursos livres de criatividade literária.
Tem colaboração dispersa em diversas revistas e jornais angolanos e portugueses e está representado em várias antologias. É doutorado em História de África na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Leccionou em diversas universidades portuguesas e é investigador do Centro de Estudos Sobre África, Ásia e América Latina (CESA), ISEG, e do Centro de História da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. É membro da Associação Portuguesa de Escritores e da União dos Escritores Angolanos. É um dos fundadores e dinamizadores do Centro de Estudos Multiculturais, onde, para além de leccionar, tem orientado pesquisas sobre a temática africana.
Foi distinguido com diversos prémios literários, de que se destacam o ‘Prémio Revelação’ atribuído pela Associação Portuguesa de Escritores em 1990, pelo romance ‘O Senhor de Mompenedo’. Foi também distinguido com o ‘Prémio Sagrada Esperança’, o mais importante prémio literário angolano, pelo romance ‘Mazanga’ em 1998 e pelo livro de ensaios ‘Imaginários da História Cultural de Angola’ em 2017.
É Doutor (2010) e Mestre (2004) em História de África pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (FLUL), onde colaborou como docente no Departamento de História. Leccionou igualmente noutras universidades portuguesas e também em universidades estrangeiras na qualidade do professor convidado. Presentemente, é investigador do CESA-Centro de Estudos sobre África, Ásia e América Latina, do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) e do Centro de História da Universidade de Lisboa (CH-UL). É coordenador do Curso Livre História de Angola (UCCLA/Mercado de Letras Editores) desde 2018, de onde decorre a série de Youtube ‘Fragmentos da História de Angola’, realizada com Anabela Carvalho.
A sua bem sucedida ‘História de Angola - Da Pré-História ao Início do Século XXI’ (Lisboa, Mercado de Letras Editores, 3ª Ed.,2019; 2ª Ed., 2017 e 1ª Ed., 2016) constitui a primeira experiência no género em 40 anos de Independência de Angola.
Em 2021 criou com o filho, João Alberto Freire de Oliveira Pinto, o programa de sucesso ‘Lembra-te, Angola’, no Youtube, onde se abordam as mais variadas temáticas da História da Angola.”
Obras do Autor:
- Romances
1990 - ‘Eu à Sombra da Figueira da Índia’
1991 - ‘Concerto na Nespereira’
1991 - ‘O Saco dos Livros’
1992 - ‘O Senhor de Mompenedo’ (Prémio Revelação APE, 1990)
1994 - ‘O Onagro de Sintra’
1995 - ‘A Sorte e a Desdita de José Policarpo’
1998 - ‘Mazanga’ (Prémio Literário Sagrada Esperança, 1998)
2001 - ‘Travessa do Rosário’
- Livros juvenis
1991 - ‘A Família dos Paladinos’
1991 - ‘A Canção de Rolando
1996 - ‘As Filhas do Olho de Vidro’
- Ensaios
2003 - ‘A Oralidade no Romance Histórico Angolano Moderno’
2006 - ‘Cabinda e as Construções da Sua História’
2012 - ‘Angola e as Retóricas Coloniais’
2013 - ‘Representações Literárias de Angola, dos Angolanos e Suas Culturas’
2016 - História de Angola
2017 - ‘Imaginários da História Cultural de Angola’ (Prémio Sagrada Esperança, 2016)
2018 - ‘A Criança Branca de Fanon’. Ensaio Ego-Histórico sobre o facto colonial angolano
Do ÍNDICE:
PREFÁCIO, por Isabel Castro Henriques
- DERIVAÇÕES. A Propósito da Lição Estimulante de Alberto Oliveira Pinto
1. ‘Cultura Colonial’: indefinições e ambiguidades
2. Literaturas coloniais e escritas africanas: confrontos e paradoxos
3. Oscilações e polissemias das representações
RESUMO
RÉSUMÉ
Agradecimentos
INTRODUÇÃO
Primeira Parte
REPRESENTAÇÕES DO ‘OUTRO’
Capítulo I - Os fundamentos de uma ‘cultura colonial’
1. - Cultura, natureza, civilização
2. - A ‘produção’ do outro: o processo histórico de ‘enselvajamento’ e da desvalorização do diferentes
Capítulo II - A ideologia colonial associada à cultura e à raça
1. - O Colonialismo como ideologia à qual o racismo é inerente
2. - A cultura no sentido antropológico e a sua relação directa com o racismo, o nacionalismo e o colonialismo
3. - Cultura e nacionalismo
4. - Cultura e colonialismo
Conclusões
Segunda Parte
ANGOLA NA ESCRITA E NA MEMÓRIA COLONIAL PORTUGUESA: a emergência do território e dos homens angolanos
Capítulo I - A origem do termo Angola e a evolução do espaço angolano no imaginário português: do ‘Reino de Angola’ à ‘Angola colonial’
1. - O espaço angolano africano e a invenção portuguesa do ‘Reino de Angola’ no século XVI e do ‘Reino de Benguela’ no século XVII
2. - A reorganização administrativa da ‘Província de Angola’ no século XIX
3. - A Angola colonial e as suas fronteiras territoriais
Capítulo II - As categorias sócio-raciais dos Angolanos emergentes do discurso colonial português
1. - O indigenato ou a exclusão dos angolanos da nacionalidade portuguesa fundamentada na raça, na cultura, na língua e nos costumes
2. - Os ‘assimilados’ ou os Resgatados culturalmente da condição de ‘indígenas’
3. - Os ‘destribalizados’ ou os indígenas a quem não era reconhecida a condição de ‘assimilados’
4. - As ‘elites’ ou os sucessores, no século XX, dos nativistas ‘ANGOLENSES’ (ou ‘filhos do país’) do século XIX
5. - Os mestiços: a invenção do mulato e a sua anatemização pelo darwinismo social
6. - Os ‘cafrealizados’ ou os portugueses convertidos em ‘indígenas’
Conclusões
Terceira Parte
A LITERATURA COLONIAL PORTUGUESA: Angola e os angolanos na década de 1920 e as memórias silenciadas
Capítulo I - A literatura colonial portuguesa depois de 1925: uma fonte silenciada da história de Angola ?
1. - As condições da análise das fontes literárias no estudo da história das sociedades
2. - A Agência Geral das Colónias como principal organismo de propaganda colonial portuguesa após o primeiro quartel do século XX
Capítulo II - Os autores e os temas dos anos de 1920: Hipólito Raposo e Emílio de San Bruno ou o elogio do mestiço, do cafrealizado e do degradado
1. - Uma proposta de ‘hibridação’ para Angola em tempo de segregracionismo : ‘Ana a Kalunga’ de Hipólito Raposo
2. - A memória silenciada do nativismo e do degredo na colonização de Angola: ‘A Velha Magra da Ilha de Luanda’ de Emílio de San Bruno
Conclusões
Quarta Parte
AS IMAGENS FABRICADAS DOS ANGOLANOS OU A RETÓRICA DA ‘DIFERENÇA NEGATIVA’ DEPOIS DO ACTO COLONIAL DE 1930
Capítulo I - O Acto Colonial de 1930 e a consolidação do discurso colonialista português
1. - A reforma da Agência Geral das Colónias em 1932 e o novo Regulamento do Concurso de Literatura Colonial
2. - Henrique Galvão, paradigma do romancista português sobre Angola na vigência do Acto Colonial: o seu percurso político e literário até 1937
Capítulo II - Angola e os angolanos na literatura colonial portuguesa posterior ao Acto Colonial de 1930
1. - Guilherme Ayala Monteiro: ‘Conquista do Sertão’ ou a marginalização definitiva dos ambaquistas e dos mestiços
2. - ‘O Velo d’Oiro’ e ‘O Sol dos Trópicos’ ou o discurso romanesco de Henrique Galvão contra os funantes, os degredados e as mulheres negras
3. - ‘Princesa Negra’ de Luís Figueira ou a colonização sexual indirecta em Angola
Conclusões
CONCLUSÃO NOTAS BIOGRÁFICAS
TIPOS SÓCIO-RACIAIS ANGOLANOS EMERGENTES DAS OBRAS DE LITERATURA COLONIAL PORTUGUESA DE ENTRE 1926 E 1936 ANALISADAS
DOCUMENTOS ANEXOS
A. - O darwinismo social e a ideologia colonial associada à cultura e à raça
B. - A evolução do espaço angolano no imaginário português através da cartografia
C. - As edições do Concurso de Literatura Colonial da Agência Geral das Colónias e os seus premiados e concorrentes
D. - Regiões do espaço geográfico angolano tratado nas obras dos Escritores de literatura colonial estudados
E. - Capas e contracapas de algumas das obras dos autores estudados
F. - Representações da Rainha Jinga Mbandi, figura da história de Angola transformada em personagem literária por Hipólito Raposo
BIBLIOGRAFIA
Preço: 92,50€;