domingo, 28 de abril de 2024

Portugal & Estado Novo - ‘COIMBRA, 1969’, de Celso Cruzeiro - Porto 1989 - Raro;








Portugal & Estado Novo - O relato das lutas estudantis em Coimbra, nos finais da década de sessenta, contra o regime e que levou à incorporação militar forçada dos dirigentes para a guerra colonial, por um dos seu principais elementos 


‘COIMBRA, 1969’ 
A crise académica, o debate das ideias e a prática, ontem e hoje 
De Celso Cruzeiro 
Edição Afrontamento 
Porto 1989 


Livro com 268 páginas, ilustrado e em muito bom estado de conservação. Excelente. 
De muito difícil localização. 
Raro.


O Autor: 
“CELSO CRUZEIRO nasceu em Cajadães, S. Vicente de Lafões, em 1945. É licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra, cidade onde viveu de 1963 a 1969, na República ‘Palácio da Loucura’. 
No ano de 1966/67 pertenceu ao Secretariado do Conselho de Repúblicas e no ano seguinte fez parte da Comissão Pró-Eleições. Em 1969 foi eleito para a Direcção-Geral da Associação Académica da Universidade de Coimbra, sendo então o responsável pelo pelouro cultural. Colaborou no jornal ‘O Badalo’ e nas revistas ‘Vértice’ e ‘Capa e Batina’. 
Integrou o MFA na Guiné e, em 1975, no I Congresso do Movimento de Esquerda Socialista foi eleito para a Comissão Política daquele partido, no qual militou até à sua extinção.
Em 1980 publicou um livro de poesia, ‘Afluentes de Abril’ (Centelha, Coimbra).
Exerce advocacia em Aveiro, onde foi fundador e primeiro presidente da direcção da Cooperativa de Cinema ‘Grande Plano’.“ 


Da Badana: 
“O combate e a desta que envolveram a luta não se puderam resumir num acto, antes constituíram um processo, rico e multifacetado, longe de se poder definir ou compartimentar ideologicamente, mesmo à chegada. Ele representou claramente a expressão própria de um grande movimento, contraditório no âmago das forças que o integraram globalmente, mas dirigido por correntes marxistas críticas e inovadoras, fora dos cânones clássicos do modelo de desenvolvimento tradicional do movimento associativo. E revelou, a espaços, a novidade de muitos aspectos da luta da juventude europeia contra a ideologia produtivista e desumanizante das denominadas sociedades industriais do ocidente e do leste europeu. Aflorou aspectos claros de mutação radical de gestão do espaço das nossas vidas, da ocupação do quotidiano e do significado da condição estudantil. Por isso a raiz cultural assumia tão grande importância no desabrochar dos novos caminhos. Mas todo o seu percurso foi espontaneamente ‘regulamentado’ pelas especiais condições que caracterizavam a vida universitária na cidade e pelos parâmetros que balizavam as metas políticas da luta contra o fascismo e contra a guerra.



Do ÍNDICE: 

I. - INTRODUÇÃO 

II. - ONDE TUDO COMEÇAVA 

III. - O FURACÃO IDEOLÓGICO DA DÉCADA DE SESSENTA 
- O XX Congresso do PCUS 
- O conflito sino-soviético 
- A guerra do Vietname 
- A revolução cultural chinesa 
- António Gramsci e o marxismo moderno 
- Cultural e ideologia 
- A invasão da Checoslováquia 
- Maio de 68 em França 

IV. - AS GRANDES TRANSFORMAÇÕES ECONÓMICAS DA DÉCADA DE 60 EM PORTUGAL 
- O salazarismo e o processo de acumulação do capital 
- Pequena burguesia e fascismo 
- A integração económica europeia e a guerra colonial 
- A ‘primavera’ marcelista 
- O socialismo no horizonte 

V. - COIMBRA À ENTRADA DA 2.a METADE DA DÉCADA DE 60 
- Uma cidade de estudantes 
- Vanguarda e enraizamento 
- Os organismos autónomos e o Conselho da República 
- ‘O Bordalo’, a imprensa estudantil da resistência 
- A Comissão Pró-Eleições 

VI. - UMA NOVA ESTRATÉGIA ESTUDANTIL 
- A função da Universidade 
- Quelle Université? Quelle Société?
- Reforma e revolução 
- Universidade crítica e crítica da Universidade 
- Política reivindicativa de tipo novo 
- Uma nova visão sobre o sindicalismo estudantil 

VII. - OS PRIMEIROS AFLORAMENTOS DO NOVO CAMINHO 
- A tomada da Bastilha de 1968 
- A vitória eleitoral de 1969 
- Limites e impasses da nova estratégia estudantil 
- O PCP na encruzilhada 
- As tarefas adiadas 

VIII. - O 17 DE ABRIL 
- Antecedentes imediatos 
- A inauguração do edifício das Matemáticas 
- A política no posto de comando 
- Como tudo se passou 
- A ocupação das Faculdades 
- Um ministro no pequeno ecran
- Luto a todo o terreno - o cancelamento da Queima das Fitas 

IX. - A GREVE AOS EXAMES 
- A ocupação policial da Universidade 
- A Polícia Judiciária na frente repressiva 
- O Final da Taça de Portugal 
- O regime na ofensiva - a AAC encerrada 
- A luta está na rua 
- Incorporação militar excepcional 

X. - ASPECTOS POLÍTICOS FUNDAMENTAIS DA DIRECÇÃO DA LUTA 
- Uma linha de massas 
- Centralização e democracia 

XI. - NOS QUARTÉIS DA METRÓPOLE 
- A experiência de Vendas Novas 
- Modificações na retaguarda 
- A ida ao Presidente da República 

XII. - A GUERRA COLONIAL EM ÁFRICA 
- No seio do exército colonial de ocupação 
- O MFA, o 16 de Março e o 25 de Abril 
- MAPOS - a marcha para a paz 

XIII. - DE ONTEM ATÉ HOJE 
- Novidades e velharias 
- Maio português, mas Maio 
- A crise do marxismo 
- Carácter criticista da filosofia marxista 
- Prática e realidade 
- Os caminhos de hoje 
- Os sintomas da mudança 
- Não há futuro 

ANEXOS 
Bibliografia referenciada 


Preço: 32,50€; 

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