África - Revolução & MPLA - “Este livro é um sonho perdido ou um pesadelo fútil ou uma loucura portátil”, assim é apresentada obra de António Costa Silva, angolano de origem portuguesa que, no período da descolonização e da independência de Angola, nos anos de 1975/77, esteve engajado no MPLA e numa corrente minoritária maoista, tendo sido perseguido, preso e torturado nos acontecimentos fraccionistas do 27 de Maio e depois novamente aceite na família do partido governante
‘DESCONSEGUIRAM ANGOLA’
De António Costa Silva
Edição Guerra & Paz
Lisboa 2025
Livro com 208 páginas e em muito bom estado de conservação. Novo. Excelente.
SINOPSE:
“A farra estava nice… Bundas caloríficas e perfumes das europas… Luanda de sábado à noite.
‘DESCONSEGUIRAM ANGOLA’ é um romance que António Costa Silva publicou, em edição restrita, sob peudónimo, mas que agora assume publicamente.
‘DESCONSEGUIRAM ANGOLA’ fala-nos de um período vivido já há meio século, quando se tentava construir uma nação no meio de uma guerra, que se prolongaria por mais 27 anos! Hoje, nas vastas chanas do leste e nas planuras cuito-cuanavalescas, já não se ouvem os canhões nem se bombardeiam civis, mas as lavras continuam por lavrar, com temor das muitas minas outrora plantadas.
Há vários livros dentro deste livro: o do regresso imaginado à infância, o da vida e das histórias de Luanda, o dos rios ancestrais de África, e o da guerra. Há um cruzamento de caminhos sob o cenário da guerra, a mais longa da história de Angola, que marcou o país, as pessoas, as palavras.
A guerra, essa, não acabou. Antes se transformou numa desconseguerra, sobretudo em cenários urbanos, e em milhões na refrega, em combates diários pela sobrevivência, nos raides à carga dos camiões, à caça dos bagos de arroz, finalmente apreendidos por estes guerrilheiros urbanos que combatem agora sem armas, unidos sob a mesma bandeira invisível, a da luta contra a fome.
‘DESCONSEGUIRAM ANGOLA’ interroga o instinto belicista do género humano, realizando uma peregrinação através da história recente de Angola e da banalidade do mal.
Todas as palavras estão incendiadas pela guerra, as próprias palavras usam fato de combate.”
O Autor:
“ANTÓNIO COSTA SILVA (António José da Costa Silva) nasce a 23 de Novembro de 1952 em Catabola, Angola. Estudante na Universidade de Luanda, militou nos Comités Amílcar Cabral e na Organização Comunista de Angola. É preso, pelo MPLA, a 22 de Dezembro de 1977. Sobrevive à tortura e escapa mesmo a um fuzilamento, sendo libertado após duas greves de fome. Inicia então, na Sonangol, uma carreira na área dos petróleos.
As sequelas da tortura, em particular a deterioração da visão, levam-no a prcurar tratamento em Portugal e Espanha. Licencia-se em Engenharia de Minas no IST, concluindo o mestrado em Engenharia de Petróleos no Imperial College. Obtém o doutoramento pelas duas Faculdades.
Na vida profissional passa pela Companhia Portuguesa de Serviços, pela multinacional francesa CGG, pelo Instituto Francês do Petróleo e, a partir de 2003, na Partex, empresa da fundação Calouste Gulbenkian. Foi ministro da Economia e do Mar do XXIII Governo Constitucional da República Portuguesa. É Professor Aposentado do Instituto Superior Técnico.”
Do ÍNDICE:
Nota Introdutória
I. - Zico acorda sábado à tarde e começara a décima guerra civil angolana
II. - Zebidal recebe Silvino no aeroporto de Luanda
III. - Os malucais da Baixa de Luanda
IV. - O Coronel Mamona, o livro e o Girabola
V. - A fuga de Malange, o Largo Serpa Pinto e a incrível história de Lobo Latom
VI. - A farra de sábado à noite, o livro e o amor
VII. - Zico e Mity, a guerra e a infância, o hospital do Cuito
VIII. - A nação da demência, o Anangola e Sete Cintra Todos
IX. - O livro, kota Venâncio e o incrível mujimbo do Homem-Jibóia
X. - O Cortejo, o Museu de Quinaxixe e o Carnaval
XI. - A Estrada da Brigada, o Roque e outra vez o Homem-Jibóia
XII. - A Conferência de Imprensa do Coronel Mamona, o adventista do sétimo dia e a guerra
XIII. - O livro, a incrível história de Artur Maluco e o Capitão Chuvisco
XIV. - Abel Quitumbo desconfia e a multidão impacienta-se
XV. - Zico e o livro, Sapalalo e os maralhões de Luanda
XVI. - Luís Fabião explica o Homem-Jibóia
XVII. - A batalha
XVIII. - O Homem é um animal não confiável
XIX. - A Avenida Brasil e as ruínas do continente
XX. - O hospital dos dois nomes e o concurso no Cine Karl Marx
XXI. - O recrutamento da arma secreta
XXII. - Março em Luanda
XXIII. - O juramento de bandeira
XXIV. - A tertúlia na Baixa de Luanda
XXV. - Dona Eufrasina Mamona e o microondas
XXVI. - A conversa dos amigos
XXVII. - Do Coronel Mamona ao Moxico
XXVIII. - O Processo-Jibóia
XXIX. - O petróleo e o sonho
XXX. - O Largo do Pelourinho
XXXI. - O Museu e a pomada mágica
XXXII. - Huambo e a Menina Paz
Preço: 32,50€;




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