quinta-feira, 28 de março de 2024

Portugal & Colonialismo - Lote de 3 DOCUMENTOS HISTÓRICOS de Timor - Lisboa 1941 e 1963 - MUITO RAROS;







Portugal & Colonialismo - Três documentos históricos da antiga província ultramarina portuguesa do Oriente, com informação das décadas de quarenta e sessenta do século passado 


Lote de 3 DOCUMENTOS HISTÓRICOS de Timor 

1. - ‘O CASO DE TIMOR’ 
Edições SPN 
Lisboa 1941 

Exposição do Presidente do Conselho à Assembleia Nacional em 19 de Dezembro de 1941. 

Documento com 16 páginas e em muito bom estado de conservação. Excelente.
De muito difícil localização.
MUITO RARO. 


2. - ‘O CASO DE TIMOR’ 
Palavras de Salazar à Nação 
Edição dos Sindicatos Nacionais 
Lisboa 1941 

Documento com 8 páginas e em muito bom estado de conservação. Excelente.
De muito difícil localização.
MUITO RARO. 


3. - ‘ESTATUTO Político-Administrativo da Província de TIMOR’ 
Edição da Agência-Geral do Ultramar 
Lisboa 1963 

Livro com 42 páginas e em muito bom estado de conservação. Excelente.
De muito difícil localização. 
MUITO RARO.



Preço: 77,50€; (Lote completo) 

África & História - Revista ‘Cadernos o TERCEIRO MUNDO’, n. 61 - Janeiro 1984 - (‘ANGOLA - Vinte anos de guerra, oito anos de independência’) - Lisboa 984 - MUITO RARO;





África & História - Um conjunto histórico de reportagens e entrevistas, nos meados da década de oitenta, quando Angola governada pelo MPLA enfrentava uma guerra civil contra a UNITA e constantes incursões militares do exército sul-africano no combate à SWAPO, os nacionalistas namibianos 


Revista ‘Cadernos o TERCEIRO MUNDO’, n. 61 - Janeiro de 1984.
‘ANGOLA - Vinte anos de guerra, oito anos de independência’ 
Edição Tricontinental Editora 
Lisboa 984 


Exemplar com 96 páginas, muito ilustrada e em muito bom estado de conservação. Excelente. 
De muito difícil localização. 
MUITO RARO.


Colaboram com textos e entrevistas: 
Adrian Soto, Alberto Almeida, Beatriz Bissio, José Eduardo dos Santos, Lúcio Lara, Maluza Stein, Micaele Ramada, Neiva Moreira, Paulo Cannabrava Filho, Paulo Jorge.



Temas em destaque: 
‘ANGOLA - Vinte anos de guerra, oito anos de independência’ 
- ‘ANGOLA AGREDIDA’, por N. Moreira e B. Bissio 
- “O Imperialismo e os racistas não passarão”, discurso do Presidente Eduardo dos Santos 
- ‘A geopolítica sul-africana’ 
- ‘O preço da liberdade’ 
- ‘Ontem como hoje, os mesmos jovens, feridos e mutilados’ 
- ‘Do Movimento ao Partido’, entrevista com o dirigente Lúcio Lara 
- ‘O Mundo fecha os olhos’, entrevista com o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Jorge 
- ‘Petróleo, ferro e diamantes’ 
- ‘Agricultura - Sector decisivo da actividade económica’ 
- ‘Pesca - Prioridade para o consumo’ 
- ‘Saúde Pública - Utilizar os recursos locais’ 
- ‘Educação - Mudar o conteúdo para um ensino libertador’ 
- ‘A experiência do Poder Popular’, entrevista com o comissário-adjunto de Luanda, Alberto Almeida 


Preço: 37,50€; 

segunda-feira, 25 de março de 2024

Angola - História & Ultramar - ‘KIMBANDA’, de Raúl Fernandes - Lisboa 1997 - Muito Raro;





Angola - História & Ultramar - Uma obra onde o autor, Dr. Raul Fernandes, relata situações reais sobre as sua experiências médicas nesta antiga colónia ultramarina portuguesa, no decorrer da segunda guerra mundial.


‘KIMBANDA (Inconfidências de um médico)’ 
De Raúl Fernandes 
Edição do Autor 
Colecção Maconge 
Lisboa 1997 


Livro com 222 páginas e em muito bom estado de conservação. Excelente. 
De muito difícil localização. 
Muito Raro.


Da contracapa: 
“… Como médico, tocou a pele de todos os sentimentos que se entrecruzam na alma humana: dores, ansiedades, paixões, sonhos, frustrações, desesperos, toques de heroicidade e negrumes de ingratidão. A sua bonomia nimba de compreensão as atitudes dos que como ele contactam. Daí o frescor, o colorido e o calor humano da sua obra. 

Argamassando as figuras e as situações foçadas, doura estas páginas aquele substrato de magnanimidade que dignifica o Homem e suaviza a vida - individual e colectiva. É pois, um livro tónico, estimulante, saboroso.“ 
José Martins Lopes 



OBRAS DO AUTOR: 
- ‘DA MINHA “MUTALA” ‘ - 1996; 
- ‘ONDEMBO YA PITA’ - 1997; 
- ‘KIMBANDA’ - 1997; 
- ‘...E OS ABUTRES VIERAM’ - 1998; 


Preço:   0,00€; (Indisponível) 

Portugal & Guerra do Ultramar - ‘O GUARDIÃO (Guiné 1970/1972)’, de Fernando Antunes - Oeiras 2011 - RARO;





Portugal & Guerra do Ultramar - Nesta obra das memórias da Comissão Militar, o autor anuncia que ‘tudo começa a caminho de Bissau e acaba no Boeing 737’… 


‘O GUARDIÃO (Guiné 1970/1972)’ 
Bolama, Tite, Enxudé, Bissassema, Jabadá, Fulacunda e Nova Sintra 
De Fernando Antunes 
Edição Bubok Portugal 
Oeiras 2011 


Livro com 298 páginas, ilustrado e em muito bom estado de conservação. Excelente. 
De muito difícil localização. 
RARO.



Preço:   0,00€; (Indisponível) 

Cultura & História - Folheto ‘TOMAR E GIL VICENTE’, por Gustavo Matos Sequeira - Tomar 1960 - MUITO RARO;








Cultura & História - ‘A FARSA DE INEZ PEREIRA’, de Gil Vicente, foi representada pela primeira vez a 13 de Agosto de 1523, no Convento de Cristo em Tomar, perante o Rei, D. João III e a corte presente, fazendo no ano de 2023, 500 anos 


‘TOMAR E GIL VICENTE’ 
Por Gustavo Matos Sequeira (Da Academia de Belas Artes) 
Capa de João Tavares 
Espectáculo do Grupo de Teatro Miguel Leitão 
Edição da Comissão das Comemorações Centenárias de Tomar 
Tomar 1960 


Exemplar com 24 páginas e em muito bom estado de conservação. Excelente. 
De muito difícil localização. 
MUITO RARO.



Do ÍNDICE: 

TOMAR E GIL VICENTE 
Por Gustavo de Matos Sequeira 
Extracto de uma Conferência proferida na Casa de Tomar em Lisboa 

Anúncio da representação da Farsa de Inez Pereira 
- Convento de Cristo - 13 de Agosto de 1960 

REPRESENTAÇÃO 
I. - PRÓLOGO 
Elenco dos actores 
II. - A FARSA 
Elenco dos autores 
Espectáculo do Grupo de Teatro Miguel Leitão 
Elenco de autores, colaboradores e técnicos 

CRONICA ANTIGA 

FALA DE GIL VICENTE 
Por Miguel Franco 


Preço: 52,50€; 

Portugal & Ultramar - ‘L’INSTRUCTION DANS LES COLONIES PORTUGAISES’, de M. A. L. Almada Negreiros - Bruxelles 1909 - MUITO RARO;





Portugal & Ultramar - As possessões coloniais portuguesas espalhadas pelos diversos continentes em apresentação da autoria de Almada Negreiros 


‘L’INSTRUCTION DANS LES COLONIES PORTUGAISES’ 
De M. A. L. Almada Negreiros 
Éditions Institut Colonial International 
Bruxelles 1909 


Livro com 60 páginas, totalmente em língua francesa e em muito bom estado de conservação. 
De muito, muito difícil localização. 
MUITO, MUITO RARO.



Do ÍNDICE: 

I - ANCIENNE ORGANISATION 
- Cap-Vert 
- Guinée portugaise 
- San-Thomé et Principe 
- Angola 
- Mozambique 
- Indie portugaise 
- Macao 
- Timôr 

II - ORGANISATION ACTUELLE 
- Administration de l’enseignement public 
- Instruction primaire 
- Instruction secundaire 
- Enseignement supérieur 


Preço: 77,50€; 

Portugal - Moçambique & Literatura - ‘COMO FOLHAS AO VENTO’, de Emília Daniel Leitão - Santarém 2013 - RARO;






Portugal - Moçambique & Literatura - Uma obra que reflecte as vivências da autora entre África e a Europa 


‘COMO FOLHAS AO VENTO’ 
O velho Cajueiro e outros contos 
De Emília Daniel Leitão 
Edição Edita-me 
Santarém 2013 


Livro com 196 páginas, ilustrado e em muito bom estado de conservação. Excelente. 
De muito difícil localização. 
RARO.


Da contracapa: 
“É uma escritora madura, com um equilibrado sentido dramático da narrativa e, até, sedutora. O livro tem momentos fascinantes e momentos literários muito bonitos. Não é vulgar e fogueado vulgaridade. Culto sem ser pretensioso. Inteligente.“ 
Francisco Moita Flores 

“ ‘O RETORNADO’ foi para mim a melhor prenda, em muitos anos. Foi um viver tanto, em tão poucas palavras que me povoou a alma por uns dias e me fez participar no grandioso filme que se viveu, um palco que também considero meu e ao qual pertenço.” 
Nuno Daniel 

“De grande profundidade. Suspende a respiração até à última letra, sem falhas nem descontinuidades. Ficamos presos à espera do fim.“ 
Maria Lucília Mila Filipe 

“Os temas e as imagens com que a autora nos presenteia nos seus contos, levam-nos a ficar presos, à medida que os lemos e ansiosos pelo que vem a seguir.“ 
Tarsilia Sousa Teixeira 


A Autora: 
“EMÍLIA MARCELINO DANIEL MARQUES LEITÃO nasceu em Arcozelo-Gouveia, em Julho de 1946. É licenciada em Silvicultura, pela Universidade de Lourenço Marques, Moçambique.
Viveu em Moçambique, França, Açores, Coimbra e Lisboa, até se fixar em Santarém, onde se sente em casa…
As viagens deram-lhe o amor pelos grandes horizontes e a liberdade de se sentir cidadã do mundo…

Fez vários curso ligados à profissão, ao Ambiente, às línguas e às artes, em Portugal e no estrangeiro. Embora ligada às ciências, frequentou cursos de Escrita Criativa dos quais resultaram alguns contos e poemas premiados, em concursos literários.
Além de alguns ensaios publicados em revistas técnicas, em 2006, publicou um livro de poemas intitulado ‘MAIS ALÉM’, Editora Moura Pinto.
Em 2007, publicou sete poemas na Antologia ‘Poetas de Santarém’, Editora ‘O Mirante’. 
Em 2008, publicou quatro poemas na II Colectânea de Poesia: ‘O Canto dos Poetas’, Editora ‘O Canto dos Poetas’.“ 



Do ÍNDICE: 

Abertura 
Dedicatória 
Agradecimentos 

INTRODUÇÃO, por Francisco Moita Flores 

COMO FOLHAS AO VENTO 
O velho cajueiro e outros contos 
- O velho cajueiro 
- A carta 
- Morte na Ópera 
- Os passos do Tango 
- O Retornado 
- Aconteceu em Pesenas 
- A criada lá de casa 
- A minha tia Margot 
- Pelos caminhos do Mato 
- A teia da ausência 
- A sensual matapa 
- A tentação 
- Coisas de vidente 
- A troca 
- Em busca de nada 
- Mensagem secreta 
- O deportado Pae Cipaz 
- O pontão do norte 
- O rochedo 
- O colar de missangas 
- Os peixes que engoliram o arco-íris 
- Sinfonia da vida 
- Uma aventura na floresta 
- Uma marca para sempre 

Glossário 
Frases 


Preço: 27,50€; 

sexta-feira, 22 de março de 2024

Portugal & História - ‘FESTAS DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM EM CONSTÂNCIA’, de António Matias Coelho - Constância 1991 - Muito Raro;








Portugal & História - A Festa de Nossa Senhora da Boa Viagem em Constância relatada pelo seu significado e impacto regional e nacional 


‘FESTAS DE NOSSA SENHORA DA BOA VIAGEM EM CONSTÂNCIA’ 
A Benção dos Barcos e o Abraço dos Homens 
De António Matias Coelho 
Edição da Câmara Municipal de Constância 
Constância 1991 


Livro com 48 páginas, ilustrado e em muito bom estado de conservação. Excelente. 
De muito difícil localização. 
Muito Raro.


Da contracapa: 
“A Festa de Nossa Senhora da Boa Viagem, que há mais de dois séculos se realiza em Constância, constitui uma das peças fundamentais do património cultural da vila e um elemento essencial da identidade do Tejo por continuar a ser uma manifestação viva de tempos e víveres irremediavelmente mortos.“ 



Do ÍNDICE: 

1. - PUNHETE: Uma vila de marítimos 
2. - SENHORA DA BOA VIAGEM: A Padroeira dos Navegantes 
3. - As raízes da Festa 
4. - A Festa na 2.a metade do século XIX 
5. - A Festa na 1.a metade do século XX 
6. - As alterações na vida e na Festa 
7. - A revitalização e a revalorização da Festa 

ANEXO: Jaculatórias da procissão de 1978 
Agradecimentos 


Preço: 27,50€; 

Angola - Guerra do Ultramar & Humor - ‘ZÉ DA FISGA - Humor Bélico’, de Nando (Fernando da Silva Gonçalves) - Luanda 1970 (?) - MUITO RARO;



















Angola - Guerra do Ultramar & Cartoons - O cartoon do ‘Zé da Fisga’ que não deixou indiferente nenhum militar e até os civis, desde os meados da década de sessenta e que ainda actualmente - mais de cinco décadas depois - faz sorrir e admirar as peripécias do boneco e dos problemas da caserna e da guerra 


‘ZÉ DA FISGA - Humor Bélico’ 
De Nando (Fernando da Silva Gonçalves) 
Edição do Autor 
Luanda 1970 (?) 


Livro com 64 páginas, totalmente ilustrado e em bom estado de conservação. 
De muito difícil localização. 
MUITO RARO.


O Autor, o personagem e a análise: 
“O cartoon ‘Zé da Fisga’, que representa o soldado português que combateu na Guerra do Ultramar, entre 1961 e 1974. Publicado na ‘NOTÍCIA’, revista com sede em Luanda (Angola), trata-se de um retracto crítico e humorístico, sem mortos nem feridos. Através do método análise de imagem é dada a conhecer uma das realidades sociais do conflito. 

Para Miguel Sousa Tavares, o humor ‘desarma, o que é bem mais eficaz na guerra. Há, aliás uma longa história da utilização dos cartoons em situação de guerra, como verdadeira arma de propaganda. […] Os cartoonistas eram uma espécie de exército de retaguarda, mobilizado para atacar o inimigo ridicularizando-o e para fortalecer o ânimo das tropas combatentes e civis.’ O humor do ‘Zé da Fisga’, apartidário, segundo o autor do desenho, servia para afastar a atenção de assuntos mais sérios relativos à guerra e para distrair os militares. 

O protagonista/personagem principal do cartoon, baptizado de ‘Zé da Fisga’, era jovem, vestia uniforme de campanha (camuflado) e no bolso direito transportava uma fisga. Segundo os cartoons publicados na ‘NOTÍCIA’, o ‘Zé da Fisga’ era incompetente, distraído e preguiçoso. Gostava de cerveja e adorava mulheres. O militar nunca aparece sozinho. No cartoon, existem personagens secundárias. Refiram-se um sargento autoritário, outros militares e mulheres de várias raças. 

O ‘Zé da Fisga’, cartoon que retractava os soldados portugueses destacados em Angola, ocupava sempre uma página inteira, a cores, no centro da revista. Era, portanto, um lugar de destaque. Foi publicado na ‘NOTÍCIA’ entre 1967 e 1968. Esta personagem foi criada por Fernando da Silva Gonçalves que, na revista, assinava o cartoon com o pseudónimo ‘Nando’. 
 
Fernando Gonçalves cumpriu serviço militar no Exército, em Portugal e em Angola. Desenhou o ‘Zé da Fisga’, no início da década de 60, para identificar a companhia à qual pertencia – Companhia de Caçadores 371. Antes de embarcar para a colónia, cansou-se de esperar pela distribuição de armamento e, por este motivo, deu ao desenho uma fisga. Desde então, a sua companhia passou a ser conhecida como a ‘Companhia do Zé da Fisga’. Posteriormente, o desenho foi aceite como brasão para ser usado com o uniforme de campanha. Em Angola, Fernando Gonçalves continuou a desenhar. As chefias militares aperceberam-se do talento do jovem e usaram-no para conquistar o apoio das populações. Fernando Gonçalves passou a desenhar imagens de acção psicossocial que depois eram lançadas pela Força Aérea Portuguesa nas matas de Angola. Em 1965, Fernando Gonçalves termina o serviço militar e permanece em Angola, onde constitui família. 

O ‘Zé da Fisga’ foi publicado pela primeira vez no jornal humorístico ‘O Miau’ e passou também pela revista ‘A Palavra’. No entanto, foi na ‘NOTÍCIA’ pela primeira vez a cores, que conquistou fama. Mais tarde, foi ainda publicado em formato postal e associado a anúncios publicitários de marcas de tabaco. 

O ‘Zé da Fisga’ mostrou uma guerra onde os militares nem se cruzavam com o inimigo. Assim se tranquilizava a opinião pública e os próprios militares, imaturos e com fraca instrução militar. 

O cartoon ‘Zé da Fisga’ é, sem dúvida, um dos muitos retractos possíveis do militar português que deixou a metrópole e partiu para a guerra. Não há nele toda a verdade, mas há nele parte da verdade e há nele também pormenores relevantes sobre o quotidiano do militar destacado. Este não é um retracto de todos os militares em geral, mas sim o retracto crítico e humorístico centrado no posto mais baixo da hierarquia militar – o soldado. 

Entre uma imagem e a realidade existe um caminho nem sempre fácil de percorrer. Analisar o ‘Zé da Fisga’ sem conhecimentos sobre a Guerra Colonial e a sociedade portuguesa das décadas de 60 e 70, na metrópole e nas províncias, não nos permite fazer a ligação correcta entre a imagem e a realidade. ‘A fotografia, o filme etnográfico […], os museus e outros recursos imagéticos […], colocam-se como recursos de investigação, por mais que tenham expressividade na percepção em torno dos fenómenos sociais, e, pela sua importância e complexidade aqui revelada, necessitam da reflexão crítica, da compreensão de que resultam de processos também complexos e relativos’. 

Segundo Nuno Severiano Teixeira, a ‘Guerra Colonial é indiscutivelmente um dos temas mais importantes da história recente de Portugal, que deixou marcas e continua ainda a ter marcas na sociedade portuguesa e que é necessário, é urgente que seja estudado. Historiadores mais jovens, sem experiência vivida e sem memória directa do acontecimento’ podem hoje, ‘com maior distanciamento histórico e com grelhas analíticas, fazer um estudo científico, um estudo teórico sobre esta área.’

Esta foi apenas uma das análises possíveis deste cartoon. As mesmas imagens poderiam ser também analisadas, a título de exemplo, pelo olhar de ex-combatentes. O resultado seria certamente outro.” 


Preço: 77,50€; 

Portugal - Angola & Literatura - ‘NASCE UM MENINO DA FLORESTA’, de Lília da Fonseca - Lisboa 1977 - Muito Raro;





Fotografia publicada em Faces de Eva, nº 9,
2003, cedida pela irmã Hortense de Almeida.


Portugal - Angola & Literatura - Obra da literatura infantil desta autora que tem uma vasta obra bibliográfica editada em vários géneros 


‘NASCE UM MENINO DA FLORESTA’ 
De Lília da Fonseca 
Ilustrações das alunas da Escola Técnica Elementar Francisco Arruda 
Edição da Autora 
Lisboa 1977 


Livro com 52 páginas, ilustrado e em muito bom estado de conservação. 
De muito difícil localização. 
Muito Raro.


A Autora: 
“Maria Lília Valente da Fonseca Severino, nasceu em Benguela, 21 de Maio de 1906 e faleceu em Lisboa, 14 de Agosto de 1991. Foi uma jornalista e escritora portuguesa. 
Foi a primeira mulher a integrar uma lista candidata às eleições legislativas, em 1957. 
Nascida em Benguela, veio para Portugal muito nova. Estudou no Liceu Infanta D. Maria, em Coimbra, e na Escola Carolina Michäelis, no Porto.
Regressada a Angola, trabalhou como jornalista em Luanda, no diário ‘A Província de Angola’. Quando se radicou em Portugal, mais tarde, foi correspondente deste diário.
O seu primeiro romance foi publicado em 1944, ‘Panguila’, onde traça um retrato fiel da sociedade benguelense colonial da época.
Em Novembro de 1945, assinou um manifesto de intelectuais em protesto contra ‘as limitações de toda a espécie’ a que a actividade intelectual estava sujeita pelo regime.
Fundou, em 1950, a revista ‘Jornal-Magazine da Mulher’, sendo sua directora até ao último número, em 1961. 
Em 1957 foi candidata, a primeira mulher numa lista, às eleições legislativas.
Criou um grupo teatral, o ‘Teatro de Fantoches de Branca Flor’. O grupo apresentou-se em escolas, colónias de férias, bairros pobres da periferia de Lisboa e em teatros de província e representou Portugal em festivais internacionais de teatro de fantoches
Foi bolseira da Fundação Gulbenkian, que lhe deu oportunidade de visitar teatros de marionetas de vários países.
Publicou numerosas obras literárias sobre a situação social da mulher, mas, principalmente, romances e literatura infantil.” 


Obras do Autora: 
- A mulher que amou uma sombra: novelas (1941);
- O corte sem mestre (1942);
- As três bolas de sabão (1943);
- Panguila: romance (1944);
- Lagartinha da couve (1945);
- A borboleta azul: contos em verso (1946);
- As botas saltaricas (1946);
- A menina tartaruga (1946);
- Chico Pipa (1946);
- As formigas aventureiras (1946);
- A história do gato gatão (1947);
- A chegada do Grão Turco (1947);
- O canivete afortunado (1954);
- Lagartinha da couve (1954);
- O tricot sem mestre (1957);
- Poemas da hora presente (1958);
- O malmequer das cem folhas: as aventuras de um pássaro (1958);
- Filha de branco (1960);
- O clube das três aldeias (1961);
- O relógio parado (1961);
- O grande acontecimento (1962);
- O livro da Teresinha (1962);
- Nasceu um menino na floresta (1962);
- Os companheiros do Bonifácio (1963);
- O livro do Marinho (1963);
- O menino não quer (1963);
- Os pontos dos ii: peça infantil em 1 acto (1964);
- A menina tartaruga: peça infantil em 3 actos (1966);
- O malmequer das cem flores : aventuras de um pássaro (1968);
- O livro da Mariazinha (1969);
- O livro do Adelininho (1969);
- O livro da Lili (1970);
- O livro da Néné (1970);
- A vaquinha e o sol : histórias de animais (1970);
- O livro do Jaiminho (1971);
- O realejo de lata (1971);
- Umas férias na serra da Verdelinda (1972);
- Tão-Tão aviador (1973);
- O grande acontecimento (1977);
- O livro da Stelinha (1977);
- História do teatro de Branca-Flor nos seus 20 anos de existência, 1962-1982 (1982);
- Um passeio ao jardim zoológico (1983);
- O moinho da Inácia: as aventuras de um pássaro (1987);
- Os ladrões das barbas de arame farpado: as aventuras de um pássaro (1989). 



Do ÍNDICE: 

NASCEU UM MENINO NA FLORESTA 

AS PEQUENAS GOTAS DE ORVALHO 


Preço: 27,50€; 

África & História - ‘PAGLIACCI E MOSTRI’, de Albert Sánchez Piñol - Milano 2009 - Raro;








África & História - Uma obra que denúncia o trajecto de oito dos ditadores africanos mais desumanos é que prevaleceram no poder por longos períodos: Idi Amin Dada (Uganda), Bokassa (República Centro-Africana), Banda (Malawi), Mobutu Sese Seko (Congo-Zaire), Hailé Selassié (Etiópia), Macias Nguema e Obiang Nguema (Guiné Equatorial) 


‘PAGLIACCI E MOSTRI’ 
Storia tragicomica di otto ditatori africani 
De Albert Sánchez Piñol 
Edição Libri Scheiwiller 
Milano 2009 


Livro com 190 páginas, ilustrado e em muito bom estado de conservação. Excelente. 
De muito difícil localização. 
Raro. 


DESCRIÇÃO: 
“Ao contrário do que possa parecer, não se trata de um romance e os acontecimentos narrados não são fictícios pela escrita de Albert Sánchez Piñol, antrópologo e estudioso de África. 

Esta é a história de oito ditadores africanos: Amin Dada, Bokassa, Banda, Mobutu Sese Seko, Sékou Touré, Hailé Selassié, Macias Nguema e Obiang Nguema. Oito figuras de poder sinistras e grotescas que se apresentaram ao mundo como indivíduos excepcionais, que escolheram nomes altissonantes e sugestivos, que se diziam retratados com uma iconografia digna dos imperadores e reis mais poderosos da história. Pessoas insignificantes que queriam ser divindades, a quem nada era vedado. Eles poderiam mudar a capital do estado para sua remota aldeia natal ou depositar o fundo nacional em seu porão. Todos os seus caprichos se tornaram realidade. Eles eram palhaços, mas também monstros. Sua extravagância grotesca está envolta em sangue, sua história muitas vezes esquecida. Se eles não tivessem vivido no século vinte, seríamos tentados à negação ou à descrença. Os trágicos eventos de Uganda, República Centro-Africana, Malawi, Congo, Guiné, Etiópia, contados como um texto histórico não poderiam e nunca poderiam; um livro em que a sátira se torna o último bastião da razão e o melhor antídoto contra a brutalidade desumana da ditadura.” 


O Autor: 
“ALBERT SÁNCHEZ PIÑOL nasceu em Barcelona em 1965 e é antropólogo e escritor. Seus escritos apareceram em vários periódicos, e Cold Skin é seu primeiro romance. Já traduzido para quinze idiomas, ganhou o prêmio Ojo Critico Narrativa pela publicação original em catalão em 2003.” 


Preço: 32,50€;