quarta-feira, 26 de julho de 2023

África - Portugal & Descolonização - Jornal ‘NOTÍCIAS’, n. 16.523, de 25.06.1975 - (‘MOÇAMBIQUE INDEPENDENTE - A Mensagem da Proclamação’) - Lourenço Marques 1975 - MUITO RARO;














África - Portugal & Descolonização - Um dos mais influentes jornais de Moçambique, enquanto antiga província ultramarina portuguesa até 25 de Junho de 1975, data em que o país alcançou a independência e passou a ser o órgão oficial do regime, cujo governo tem sido exclusivamente comporto pela FRELIMO há 48 anos …


Jornal ‘NOTÍCIAS’, n. 16.523, de 25 de Junho de 1975.
‘MOÇAMBIQUE INDEPENDENTE - A Mensagem da Proclamação’ 
Tendo como director P. Pereira Coutinho 
Lourenço Marques 1975 


Exemplar em muito bom estado de conservação. Excelente.
De muito, muito difícil localização.
MUITO, MUITO RARO. 


A IMPRENSA EM MOÇAMBIQUE, 
E o jornal ‘NOTÍCIAS’:
“O Capitão Manuel Simões Vaz, em 15 de abril de 1926, iniciou a publicação do jornal ‘Notícias’, na mesma época em que Ilídio Rocha editou a monografia ‘Contribuição para a história da imprensa de Moçambique’ que ainda circulava em Lourenço Marques. 
O ‘NOTÍCIAS’ substituía ‘O Correio de Lourenço Marques’, de Eduardo Saldanha, que deixara de circular, e do qual Simões Vaz era o principal redator. Simões Vaz funda a Empresa Tipográfica, sendo os seus sócios, Eduardo Saldanha, José Joaquim de Morais e Paulino dos Santos Gil, outro dos nomes de grande importância na história da imprensa moçambicana. 
Nas primeiras 151 edições do jornal ‘NOTÍCIAS’, o capitão era o seu editor e redator. Mas com a nova lei de imprensa de 1926 (Lei João Belo, nome do administrador que a idealizou, valendo o princípio apenas para a imprensa colonial), foi substituído sucessivamente por diferentes figuras ilustres da cidade, portadoras de título universitário, que ele não possuía, mas que era exigido pela nova lei, independentemente da vinculação (do título) ou não com a própria atividade editorial. 
Enquanto isso, Simões Vaz mantinha um processo na área jurídica, que acabou vencer, podendo retomar à função de diretor do jornal, que manteve até vendê-lo, em 1963. 
A publicação iniciou com dificuldades nas primeiras semanas, tinha apenas 36 assinantes. Mas graças à exploração de notícias de fait divers, e com o golpe militar que instituiria o Estado Novo, a 28 de maio de 1926, logo alcançou 900 assinantes, consolidou-se financeiramente e em 1967, tornou-se uma sociedade anónima, com um excelente capital social e sede própria. 
O capitão dirigiu o jornal entre 1926 e 1957. Os seus filhos continuaram a sua obra. Rocha acusou o jornal de, neste período, ter evidenciado simpatias para com os aliados, ao longo da II Grande Guerra, e chega mesmo a contar que, ao abrir um armário da redação, encontrou muito material enviado pelo governo inglês como propaganda oficial. 
Segundo Ilídio Rocha, o jornal ‘NOTÍCIAS’ teve pelo menos três iniciativas importantes para a história da imprensa local: em 1933, fez editar uma revista quinzenal ilustrada, dirigida por Sobral Campos, chamada ‘O ILUSTRADO’, circulou exatamente durante um ano, conforme havia sido antecipado, com excelente apresentação gráfica. Simões Vaz passou a publicar uma edição extraordinária do ‘NOTÍCIAS’ aos domingos, dia em que, na época, não circulavam jornais. Esta edição tinha um caráter mais recreativo e literário, sendo preparada ao longo da semana. Esta edição circulou entre 24 de outubro de 1943 e 26 de maio de 1946, quando o jornal suprimiu a sua publicação extraordinária, porque passou a circular sete dias por semana. Por fim, a 15 de abril de1952, ‘NOTÍCIAS’ lançou uma edição vespertina, que adotou o título de ‘NOTÍCIAS DA TARDE’, publicando-se até 6 de dezembro de 1969, quando foi substituído pelo ‘TRIBUNA’, que à época da pesquisa de Ilídio Rocha, ainda circulava.
Hoje o Notícias continua a ser um dos principais jornais de Moçambique (97 anos de existência, é de criar inveja a muitos jornais nacionais e europeus), publica-se em Maputo, fundado por Manuel Simões Vaz (a 15 de abril de 1926), e tem atualmente na sua direção como Presidente, Esselina Macome, como Director, Júlio Manjate, como Editor de notícias, Salomão Muiambo, Felisberto Arnaça e Mussá Mohomed e como Editor de opinião, Salomão Muiambo e Lacércia Cumbana.
O exemplar aqui apresentado é datado, do primeiro dia da Républica Popular de Moçambique, 25 de junho de 1975. Tudo o que são imagens icónicas de um momento extraordinário e inesquecível, com símbolos de liberdade e democracia, são aqui retratados e noticiados e que foram imagens de esperança e o início de uma nova vida para todos os Países ex-colónias. Um País que se encontrava em êxtase a festejar e a comemorar o nascimento de uma grande Nação, a Républica Popular de Moçambique.” 



Temas em destaque: 
- ‘MOÇAMBIQUE INDEPENDENTE - A Mensagem da Proclamação’ 
Grande título da primeira página 
- ‘O PAÍS INTEIRO GRITOU LIBERDADE’ 
- ‘VIVA MOÇAMBIQUE !’ 
Saudação do Primeiro-ministro português, coronel Vasco Gonçalves 
- ‘JUVENTUDE MOBILIZADA NOS FESTEJOS DA INDEPENDÊNCIA’ 
- ‘POPULAÇÃO VIVE INTENSAMENTE CELEBRAÇÕES DA ÍNDIA’ 
Na província de Tete 
- ‘PRESIDENTE DA OUA PRESENTE À PROCLAMAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA’ 
- ‘REPRESENTANTE DA ONU’ 
- ‘MENSAGENS DE TODO O MUNDO’ 
- ‘CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA POPULAR DE MOÇAMBIQUE’ 


Preço:   0,00€; (Indisponível) 

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