quinta-feira, 27 de outubro de 2022

Do Estado Novo ao PREC - 'PORTUGAL AMORDAÇADO - DEPOIMENTO SOBRE OS ANOS DO FASCISMO', de Mário Soares - Lisboa 1974 - MUITO RARO;







Portugal - Resistência à ditadura - Colonização e Descolonização - Guerra Colonial - Timor polémico


'PORTUGAL AMORDAÇADO - Depoimento sobre os anos do fascismo'
De Mário Soares
Texto na contra capa de Alfredo Barroso
Editora Arcádia
Lisboa, Outubro de 1974


Com 736 páginas e em muito bom estado de conservação. É a 1.ª edição da obra.
Este livro teve uma primeira edição em Francês pela editora Calmann-Levy em Paris, em 1972.
De muito difícil localização.
MUITO RARO.


Mário Soares, então líder do PS português, escreveu um depoimento contra o regime do Estado Novo de Salazar e Caetano, que viria a ser derrubado pela revolução dos cravos em 25 de Abril de 1974.

Parte da obra terá sido escrita quando esteve deportado em São Tomé, pela então DGS (sucessora da PIDE), durante o regime já liderado pelo Prof. Dr. Marcelo Caetano. Foi terminado em Paris, tendo aí sido pois publicado em primeira mão. Só viria a ser editado em Portugal em 1974 após a abertura democrática proporcionada pela queda da ditadura a 25 de Abril.

Além da sua importância histórica pelo seu depoimento pessoal, há um capítulo que ainda hoje, passados mais de 35 anos da sua publicação, continua polémico. Escreve Mário Soares que Timor deveria ser integrado pela vizinha toda poderosa Indonésia.

Mário Soares foi líder do PS, Ministro dos Negócio Estrangeiros dos governos provisórios após 25 de Abril de 1974, Primeiro Ministro após vencer as primeiras eleições parlamentares democráticas, e foi também eleito duas vezes Presidente da República portuguesa.


Da contracapa: 
“Escrito durante a deportação a que o governo de Salazar o condenara por tempo indeterminado, na Ilha de S. Tomé, e durante os primeiros anos do exílio que lhe foi imposto pelo Governo de Marcello Caetano, este livro de Mário Soares, que só agora conhece a sua primeira edição em língua portuguesa, foi publicado pela primeira vez em França, em Abril de 1972. 

Testemunho lúcido e corajoso duma experiência de luta constante e intransigente contra o regime fascista, o livro de Mário Soares actuou como poderoso revelador junto de largos sectores da opinião pública estrangeira, profundamente alheada do drama português. Drama que bem pode consubstanciar-se nas admiráveis páginas do capítulo dedicado ao assassinato do General Humberto Delgado, cujas circunstâncias misteriosas Mário Soares conseguiu esclarecer quase por completo. 

Vigoroso libelo acusatório, antes do 25 de Abril, este livro de Mário Soares é agora, sobretudo, um documento histórico capital para compreender o passado e, por isso mesmo, um indispensável instrumento de reflexão contra os perigos que espreitam a liberdade e a democracia, que o mesmo é dizer contra todos aqueles que, encapotara ou abertamente, teimam ainda, desesperadamente, em impor o regresso a um passado que queremos  definitivamente banido da terra portuguesa. 

Socialista de formação marxista, Mário Soares afirmou-se, ao longo de mais de trinta anos de luta anti-fascista, pela sua coragem e pela sua perseverança, como um dos principais porta-vozes das forças democráticas portuguesas. No Portugal livre em que vivemos desde 25 de Abril, a sua biografia é já sobejamente conhecida, e nas páginas deste livro se traça, justamente, o itinerário político do homem que, finalmente, pode hoje ser recebido, em manifestações de indiscritível entusiasmo popular, pelas centenas de milhares de portugueses que acorrem aos comícios em que a palavra serena, rigorosa e lúcida do Secretário Geral do Partido Socialista é o eco da liberdade e a esperança da democracia. Ministro dos Negócios Estrangeiros desde a constituição do primeiro Governo Provisório da II República, Mário Soares tem sido também o melhor embaixador de Portugal no mundo, outrora hostil, que agora nos abriu as portas de par em par. Hoje, apenas cinco meses que são passados desde a libertação, o nome de Mário Soares está já, também - e para sempre o estará - indissoluvelmente ligado à história da descolonização portuguesa, que o mesmo é dizer à história da libertação de outros povos outrora oprimidos pelo mesmo regime que nos amordaçava.“ 
Alfredo Barroso 



Do ÍNDICE: 

Dedicatória 
PREFÁCIO da cidadão Portuguesa 
PREFÁCIO 

I - Aprendizagem política 
II - Na Faculdade de Letras 
III - A oportunidade perdida 
IV - Liberdade… ‘suficiente’ 
V - Uma Oposição ‘Indomada e Indomável (1945-49) 
VI - Sob o signo da ‘Guerra Fria’ 
VII - O fenómeno Humberto Delgado 
VIII - Anos da Esperança (1958-60) 
IX - A grande viragem 
X - História de um crime 
XI - A aventura colonial 
XII - O regime endurece 
XIII - Tempo de sucessão 
XIV - Uma experiência decepcionante 
XV - Na horas das opções 


Preço: €37,50.

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