quinta-feira, 22 de julho de 2021

Angola & Literatura - 'NÃO ADIANTA CHORAR (Contos coloniais)', de Alfredo Bobela-Motta - Luanda 1979 - Muito raro;






Angola & Literatura - Obra literária de um escritor de ascendência portuguesa e adopção angolana, localizados nos inícios do século passado em plena colonização 


'NÃO ADIANTA CHORAR (Contos coloniais)' 
De Alfredo Bobela-Motta 
Edição UEA (União dos Escritores Angolanos) 
Luanda 1979 


Livro com 150 páginas e em bom estado de conservação. Algum desgaste nas capas. 
De muito difícil localização.
Muito raro.


Da contracapa e biografia:
"A. BOBELA-MOTTA chegou em 1924 a Angola para, durante onze anos chefiar o remoto posto da Baía dos Tigres, iniciando uma carreira administrativa que terminaria dezasseis anos depois com o seu regresso a Portugal em 1940. De Portugal, onde frequentou meios literários e progressistas e publicou o seu livro de poesia 'DESAGUISADOS' (1948), regressou a Angola em 1950, para ali se dedicar a uma imensa actividade literária e cultural, que acabou por o levar ao jornalismo profissional. Foi um dos dirigentes da Sociedade Cultural de Angola, extinta pelo Governador-Geral S. S. Marques em 1965, chefiou a redacção do 'ABC' de Machado Saldanha, fundou e dirigiu o semanário 'SUL' em Moçâmedes, e foi redactor principal de 'O COMÉRCIO' em 1971. 

Tem imensa colaboração na Rádio e em quase todos os jornais e outras publicações de Angola. Ficaram memoráveis as suas intervenções em polémicas históricas e literárias, designadamente as relativas ao livro 'ANGOLA DO MEU CORAÇÃO' de João Falcato ('ABC', 1962), ao I ENCONTRO DE ESCRITORES DE ANGOLA ('ABC', 1962) e à topónima arqueológica da Costa do Sul de Angola, que originou o seu opúsculo 'MANGAS TROCADAS' (1962).

Manifestando-se sempre profundamente antifascista e apoiando o nacionalismo angolano, depois do julgamento dos poetas angolanos António Jacinto, Luandino Vieira e António Cardoso (14 anos de Tarrafal), do primeiro dos quais foi testemunha de defesa, foi preso pela PIDE, em Luanda, e encarcerado 'punitivamente' durante cem dias, e, em 1965, depois de se ter organizado um inquérito-farsa para justificar a sua expulsão e a dos advogados Eugénio Ferreira e Antero de Abreu, de Angola (acusados de intervenções variadas na atribuição de prémios literários ao escritor Luandino Vieira) - expulsão que não se consumou por a ela se ter oposto o Conselho Económico e Social de Angola - foi forçado pela PIDE a abandonar o jornalismo profissional. 

Continuou, no entanto, a colaborar na imprensa com o pseudónimo de Luís Vilela, produzindo centenas de crónicas, algumas das quais foram coligidas num livro a que deu o título 'LETRAS DESCONTADAS', que, por estranha coincidência foi lançado no dia 25 de Abril de 1974. 

A queda do fascismo, lançou A. Bobela-Motta em intensa actividade política. Fez parte do primeiro directório do Movimento Democrático de Angola, que se fundou naquela altura. Foi o autor do Relatório daquele Movimento, publicado pela África Editora com o título 'MASSACRES DE LUANDA'.

É membro fundador da União dos Escritores de Angola." 



Do ÍNDICE: 

PREFÁCIO - De Manuel Ferreira 
'A COISIFICAÇÃO COLECTIVA DO HOMEM NEGRO' 


NÃO ADIANTA CHORAR 
(Quissama, 1939) 
I - MUXIMA 
- Firmino Alberto 
- Zé Bento 
- Maria Paula 
II - CUANZA 
- Paola 
- Farmácias 
- Polo dia Dibulu 

O MIÚDO 
(Andulo, 1936) 

CONTRATO 
(Baía dos Tigres, 1935) 

LADRÕES DE GADO 

CONFLITOS DE JURISDIÇÃO 
(Porto Alexndre, 1929) 

HONESTIDADE 
(Gambos, 1925) 


Preço: 32,50€; 

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