terça-feira, 26 de janeiro de 2021

Guerra do Ultramar - ‘ALCORA - O ACORDO SECRETO DO COLONIALISMO’, de Aniceto Afonso e Carlos Matos Gomes - Lisboa 2013 - Raro;

 



 








Guerra do Ultramar - Uma investigação na documentação confidencial portuguesa e sul africana que revela ao pormenor a aliança e conjugação de esforços que os militares portugueses recebiam das forças armadas da África do Sul e da Rodésia, nos conflitos de Angola e Moçambique 


‘ALCORA - O ACORDO SECRETO DO COLONIALISMO
Portugal, África do Sul e Rodésia na última fase da guerra colonial’ 
De Aniceto Afonso e Carlos Matos Gomes 
Editores - Divina Comédia 
Lisboa 2013 


Livro com 400 páginas, ilustrado com a reprodução de inúmeros documentos e em muito bom estado de conservação. Novo. Excelente. 
De muito difícil localização. 
Raro.


Da contracapa: 
“O MAIOR SEGREDO DA GUERRA COLONIAL 

O livro que agora se dá à estampa - ‘ALCORA - O ACORDO SECRETO DO COLONIALISMO’ - vem revelar a existência de um acordo estratégico formalizado em Outubro de 1970 ao mais alto nível entre Portugal, a África do Sul e a Rodésia, envolvendo os domínios políticos, económico e militar, com o fito de preservar o poder nas mãos do regime colonial português e dos regimes racistas dos outros dois países, desde logo assegurando a derrota militar das guerrilhas de libertação nacional. 

O que o livro agora presente revela, precisamente, é como as chefias militares sul-africanas, paralelamente ao crescimento da sua ajuda financeira, operacional e logística à guerra, vão ganhando um concomitante poder de opinião e interferência na condução das operações em Angola e Moçambique, que hoje surge, apesar de tudo, como surpreendente, pelo seu carácter inusitado e intrusivo. Não só levando as chefias portuguesas a deslocarem o centro de operações de contra insurgência, em Angola e Moçambique, mas até opinando quanto aos aspectos mais imediatos d condução da guerra no terreno e quanto ao método dos oficiais ou funcionários responsáveis.” 
Fernando Rosas
In Prefácio 


OS AUTORES: 
“ANICETO AFONSO
Coronel de Artilharia na situação de reforma, membro da Comissão Portuguesa de História Militar e investigador do Instituto de História Contemporânea da Universidade Nova de Lisboa. Antigo director do Arquivo Histórico Militar e do Arquivo da Defesa Nacional; antigo professor de História da Academia Militar. Mestre em História Contemporânea Portuguesa pela Faculdade de Letras de Lisboa, 1990. 

Comissões militares em Angola (1969-1971) e Moçambique (1973-1975). Participante no Movimento dos Capitães e membro da Comissão Coordenadora do MFA em Moçambique (1974-1975). 

Autor de: 
- ‘A HORA DA LIBERDADE’, 2012 (com Joana Pontes e Rodrigo Sousa e Castro); 
- ‘PORTUGAL E A GRANDE GUERRA’, 2010; 
- ‘ANOS DA GUERRA COLONIAL’, 2009 (com Carlos de Matos Gomes); 
- ‘GUERRA COLONIAL - Angola Guiné, Moçambique’, 1997-1998 (com Carlos de Matos Gomes);
- ‘O MEU AVÔ AFRICANO’, 2009; 
- ‘AS TRANSMISSÕES MILITARES - Da guerra peninsular ao 25 de Abril’, 2008 (coordenador); 
- ‘PORTUGAL E A GRANDE GUERRA (1914-1918)’, 2006; 
- ‘HISTÓRIA DE UMA CONSPIRAÇÃO - Sinel de Cordes e o 28 de Maio’, 2001; 
- ‘DIÁRIO DA LIBERDADE’, 1995; 
Colaborou na ‘HISTÓRIA DE PORTUGAL’, 1993 e na ‘HISTÓRIA CONTEMPORÂNEA DE PORTUGAL’, 1986 (ambas dirigidas por João Medina.“ 

“CARLOS MATOS GOMES (24.07.1946, V. N. da Barquinha) 
Coronel do exército (reforma). Cumpriu três comissões na guerra colonial em Angola, Moçambique e Guiné, nas tropas especiais ‘comandos’. Co-autor com Aniceto Afonso de obras sobre a guerra colonial: 
- ‘GUERRA COLONIAL’; 
- ‘OS ANOS DA GUERRA COLONIAL’;
De textos para publicações especializadas.
Co-autor com Fernando Farinha de ‘GUERRA COLONIAL - Um repórter em Angola’; 
Coordenador, com Aniceto Afonso, da obra ‘PORTUGAL E A GRANDE GUERRA’; 
Autor de textos para a ‘HISTÓRIA DE PORTUGAL’, coordenada por João Medina; 
E ‘NOVA HISTÓRIA MILITAR DE PORTUGAL’, coordenada por Themudo Barata e Nuno Severiano Teixeira; 
Autor de ‘MOÇAMBIQUE 1970 - Operação Nó Górdio’.“ 



Do ÍNDICE:  

PREFÁCIO 
Por Fernando Rosas 
PRÓLOGO 
- Uma aliança surpreendente 
- Uma aliança e três governos 


Capítulo I 
PORTUGAL, ÁFRICA DO SUL E RODÉSIA 
- Três aliados 
- A posição portugueses 
- Uma aliança incómoda 
- Uma designação ambígua 
- Três histórias diferentes 
- Aliados, mas com objectivos diversos 
- A Rodésia e os limites à independência 
- Portugal - o regime de Salazar e a guerra 
- Existiu uma ‘política ultramarina’ portuguesa? 

Capítulo II 
UM BASTIÃO BRANCO NA ÁFRICA AUSTRAL - Primórdios 
- A Europa do pós-guerra 
- Evolução da situação 
- O artigo 73.* da Carta das Nações Unidas 
- Salazar ficou imóvel 
- Os sinais que Salazar recusou 
- África do Sul - o regime do Apartheid 
- ‘Vento de mudança’ anunciado na Cidade do Cabo 
- Os primeiros anos de aproximação 
- Março de 1971 - início da guerra em Angola 
- África do Sul, o vértice do triângulo da aliança 
- Rodésia - a caminho da independência 
- Independência unilateral da Rodésia 
- Bloqueio do Porto da Beira 
- Moçambique-Rodesia: furar o bloqueio 

Capítulo III 
A INSÓLITA OPÇÃO DE PORTUGAL E A ESTRATÉGIA DA ARANHA DA ÁFRICA DO SUL 
(1966-1969) 
- Portugal e a estratégia da África do Sul 
- Angola e Sudoeste Africano 
- O apoio da África do Sul à Rodésia 
- Os primeiros passos do futuro exercício Alcora 
- Cabora Bassa - o início 
- P. W. Botha em Portugal - a visita decisiva 
- As etapas da aliança: começar pela ajuda material 
- A formalização do apoio militar 
- 1967 - O ano em que ficou definido o triângulo da aliança 
- 1968 - O ano da consolidação 
- Instrução pessoal e secreta 
- O apoio da França 
- Definir as normas da cooperação militar 
- Angola em armas 
- Apoio da Força Aérea da África do Sul no sudoeste de Angola 
- Atitudes inconvenientes contra as populações 
- Moçambique: a FRELIMO reabre a frente de Tete 
- A África do Sul estende o braço à Rodésia 
- A última carta de Gomes de Araújo a P. W. Botha 
- Um novo governo em Portugal 
- 1969 - O ano da esperança e da frustração 
- Conversa em Família - Marcelo nega a aliança 
- Visita de Sá Viana Tebelo: mais pedidos de apoio 
- A primeira visita dos sul africanos a Marcelo Caetano 
- Sul e Sueste de Angola - a grande preocupação dos sul africanos 
- Moçambique - a guerra de contenção de Augusto dos Santos 
- Adjudicação definitiva da construção de Cabora Bassa 
- A alteração da política norte-americana para África 

Capítulo IV 
COMO NASCEU O EXERCÍCIO ALCORA 
- Angola - prioridade no leste 
- Nasce a Aliança ALCORA 
- Operação Bombaim - resultados frustrantes da cooperação! 
- A situação militar na África Austral - um ponto de vista empenhado 
- A situação no leste e sudeste de Angola - um assunto que interessa à RAS 
- Plano de Defesa para a África Austral - como fazer face a um inimigo comum? 
- A RAS na condução global da campanha no sudoeste de Angola - corrigir as imperfeições dos portugueses 
- A doutrina sul africana da subversão e contra-subversão 
- ‘A estratégia do terrorismo - uma estratégia indirecta’ 
- Imperfeições administrativas no sul de Angola 
- Os portugueses estão a travar uma guerra de reacção militar 
- A primeira resposta portuguesa 
- A manobra de contra-subversão é uma manobra essencialmente política 
- Preparar a reunião definitiva 
- O CEMGFA prepara a sua deslocação à África do Sul 

Capítulo V 
ALCORA - A ESTRATÉGIA DE UM EXERCÍCIO 
- Prioridade às informações 
- Primeira reunião de alto nível - à procura dos objectivos Alcora 
- Uma aliança sempre secreta 
- Assumir o acordo 
- Início formal do Exercício Alcora 
- Calendário de reuniões - uma rotina da aliança 
- A crítica dos rodesianos 
- A visita de Ken Flower a Lisboa 
- Kaúlza de Arriaga 
- Ian Smith em Lisboa 
- Marcelo Caetano e a situação em Angola e Moçambique 
- A questão da Guiné e o Exercício Alcora 
- A Conversa em Família de 14 de Novembro de 1972 
- Objectivos portugueses ou sul africanos ? 
- Avaliação da ameaça contra os países Alcora 
- Alcora: a esperança que restava 

Capítulo VI 
ALCORA - ALIANÇA OU ILUSÃO 
- Conflitos de interesse no seio da aliança 
- Os governos aprovam uma organização permanente 
- Em Direcção ao planeamento coordenado 
- No terreno, a cooperação continua 
- As primeiras tarefas da PAPO 
- Entre a pressa sul africana e a reserva portuguesa 
- Portugal não aceita tornar pública a existência do Alcora 
- África do Sul: Alcora, o culminar de um longo caminho 
- 1974 - Demasiado tarde para a organização Alcora 
- Uma acção Alcora que não chegou à fase de execução 
- O acordo financeiro 
- Moçambique - uma situação difícil antes do 25 de Abril 
- A última reunião Alcora 
- Portugal convidado a explicar-se 
- A África do Sul e o 25 de Abril 
- Assumir as despesas que Portugal tinha feito 
- O espólio do Exercício Alcora 

CONCLUSÕES 
ANEXOS 
- Reuniões Alcora 
- OS CUSTOS DA GUERRA 
- ALCORA - UMA LINGUAGEM PRÓPRIA 
- Reuniões participantes 

Documentos traduzidos 
Bibliografia 
Lista de siglas 
Índice onomástico 


Preço: 42,50€;  

Nota: A fotografia do helicóptero Sul Africano não faz parte do livro. 

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