sexta-feira, 29 de maio de 2020

Guiné & Guerra Colonial - BD - ‘FILHOS DO RATO’, de Luís Zhang - Lisboa 2019 - Raro;










Guiné & Guerra Colonial - BD - O drama e a tragédia que se abateu sobre os ex-combatentes guineenses que combateram ao lado das tropas portuguesas entre 1964 e 1974, abandonados pela hierarquia militar das Forças Armadas de Portugal e o novo governo saído da revolução, acabaram massacramos pelo governo do PAIGC após a independência...


‘FILHOS DO RATO’ 
De Luís Zhang (argumento) e Fábio Veras (arte) 
Lisboa 2019


Livro de capas duras, com 90 páginas, totalmente ilustrado e em muito bom estado de conservação. Novo.
Excelente.
De muito difícil localização. 
Raro. 


SINOPSE: 
“GUINÉ, 1974.
Durante os últimos dias do Império Colonial Português, um soldado guineense que lutou ao lado das forças portuguesas inicia a sua descida a um inferno muito pessoal.“ 

CONTEXTO HISTÓRICO: 
“(...) 

Em 1968, quando o general António de Spínola se torna governador e comandante das Forças Armadas da Guiné, ocorre uma mudança estratégica radical, tanto a nível militar como civil. Spínola começou uma campanha de propaganda e integração colonial com as diferentes etnias do país, bem como a construção de infra-estruturas sociais, e recrutamento voluntário de civis nativos para as forças armadas regulares. Isto culminou na criação dos Comandos Africanos e Fuzileiros, forças de elite nativas, que eram extremamente eficientes em acções de contra-guerrilha contra o PAIGC. Em 1973, Amílcar Cabral é assassinado em circunstâncias suspeitas por membros internos do PAIGC, mas o conflito armado continuou e atingiu o seu ponto de saturação quando Portugal perdeu a sua superioridade aérea, com a introdução dos mísseis soviéticos terra-ar Strela nas forças do PAIGC. 

Sentia-se nesse momento uma crescente inquietação social e perda de moral, tanto a nível público, como entre as forças armadas, frente a uma guerra em falência e aparentemente sem fim. 

Em 1974 um golpe militar derrubou o regime autocrático em Portugal.

De imediato se observou um cessar-fogo. O novo país da Guiné-Bissau negociou com o então governo socialista em Portugal a entrega de armas de todas as 2700 tropas guineenses que lutavam ao lado das Forças Armadas Portuguesas, sob a condição de estas não sofrerem quaisquer retaliações.

Mas depois de o governo português ter saído do país em 1975, as perseguições aos ex-veteranos começaram, culpados pelos problemas sociais do país, e o governo de Bissau ordenou a execução por fuzilamento de todos os oficiais e forças especiais. Os números oficiais de exceções em praça pública rondam os 500, mas estima-se que pelo menos 11.000 homens foram executados em segredo, sem julgamento, e enterrados em valas comuns. 

O resto dos sobreviventes foi aprisionado e torturado na prisão durante a década seguinte, ou fugiu. Até ao dia de hoje, nenhuma figura política foi punida pelo massacre, e as famílias dos falecidos nunca foram realmente compensadas pela sua perda.“ 


Da contracapa: 
“Soldado português, deixa esta guerra fútil ! Não sofras mais a tirania dos teus líderes fascistas ! Não cometas mais crimes contra os teus irmãos da Guiné.“ 



Preço: 52,50€; 

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