sexta-feira, 19 de junho de 2015

Angola & Guerra colonial - 'AMÉRICO BOAVIDA - O Tempo e a Memória (1923-1968)', de Fernando Correia - Luanda 2015



Angola - A vida e obra de um dos mais destacados quadros do MPLA na guerra colonial


'AMÉRICO BOAVIDA - O Tempo e a Memória (1923-1968)'
De Fernando Correia
Luanda 2015


Livro com 382 páginas, ilustrado e como novo.

A vida e obra do Dr. Américo Boavida, médico, dirigente e guerrilheiro do MPLA morto em plena guerra colonial, durante um bombardeamento da avião portuguesa no leste de Angola.

Américo Boavida foi um dos melhores e mais empenhados quadros do MPLA, tendo se distinguido profissional, politica e militarmente durante a guerra colonial. Foi autor do livro 'ANGOLA - Cinco séculos de exploração portuguesa', cuja primeira edição saiu no Brasil em 1963.


O autor:
Nascido a 27 de Agosto de 1945, na Ingombota, em Luanda, Fernando Correia é filho de Joaquim Adolfo Correia e de Ema Flora Barradas de Almeida. Frequentou o Colégio Brotero e o Liceu Salvador Correia, em Luanda. Concluiu o ensino secundário no Liceu Camões, em Lisboa.
Licenciado em História e com Pós-graduação em Ciências da Educação pela Faculdade de Ciências da Educação pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.



AMÉRICO BOAVIDA
Américo Alberto de Barros e Assis Boavida, nasceu a 20 de Novembro de 1923, em Luanda e faleceu a 25 de Setembro de 1968). Era filho de Joaquim Fernandes Alves Boavida e de Acília Van-Dúnem de Assis. Foi médico e activista político .
Viveu a sua infância na Ingombota e frequentou o Liceu Salvador Correia. Em 1947 partiu para Portugal, licenciando-se em Medicina na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.
Em 1953, em Lisboa, especializou-se em Medicina Tropical, no Instituto de Medicina Tropical de Lisboa, e em Saúde Pública, no Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge. Em 1954 fez o seu estágio em Ginecologia na Faculdade de Medicina da Universidade de Barcelona, em Espanha.
Regressado a Angola em 1955, começou a exercer trabalhos medicina por conta própria, tornando-se conhecido por receber no seu consultório pacientes de condição social desfavorecida. Em Luanda conheceu Maria da Conceição Deolinda Dias Jerónimo com quem casou em Lisboa em 1958. Após uma nova passagem por Barcelona, em 1960, partiu para um estágio de três meses na Clínica Ginecológica do reputado Hospital Broca, ligado à Universidade de Paris.
Persuadido por ideias nacionalistas, partiu para a capital da República da Guiné, Conacri, para participar no primeiro Comité Director do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), junto com Viriato da Cruz, Mário Pinto de Andrade e Lúcio Lara, sendo escolhido para dirigir o Corpo Voluntário Angolano de Assistência aos Refugiados (CVAAR) que, em 1961, foi criado em Léopoldville, actual Kinshasa, capital da República Democrática do Congo. Em 1963, abalado por uma grave crise no seio da direcção do MPLA — abandonou Léopoldville tendo-se fixado em Rabat, capital de Marrocos, onde residiu durante quase três anos. Américo Boavida manteve uma intensa actividade profissional e de reflexão, escrevendo o livro “Angola, cinco séculos de exploração portuguesa”.
Em 1965, cumpriu um estágio no Instituto Checoslovaco de Aperfeiçoamento de Médicos, em Praga, e, no ano seguinte, fez um curso de pós-graduação em Planeamento Familiar em Estocolmo, onde participou como delegado ao 5.º Congresso Mundial sobre Fertilidade e Esterilidade.
A 13 de Outubro de 1966, nasceu o seu único filho Mudumane Diógenes Van-Dunem Boavida.
De regresso à África, em 1967, fixou-se em Brazzaville, capital da República do Congo. Respondendo a um apelo lançado pela direcção do MPLA para a abertura da Frente Leste na Guerra de Independência de Angola, Américo Boavida, acompanhado pelo comandante José Mendes de Carvalho, mais conhecido como Hoji-ya-Henda, deslocou- se à nova frente de combate, onde desenvolveu uma extenuante acção médico-sanitária em vastas regiões do Moxico e do Kuando- Kubango, organizando os Serviços de Assistência Médica do MPLA.Na manhã do dia 25 de Setembro de 1968, Américo Boavida foi vitimado por um bombardeamento aéreo do exército português à “Base Hanói II” do MPLA, onde se encontrava, perto do rio Luati e da floresta de Cambule, no Moxico.



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