domingo, 26 de dezembro de 2021

Angola & Guerra do Ultramar - ‘A GUERRA EM CABINDA VISTA POR FRANCISCO LUBOTA’ - Luanda 1968 - MUITO RARO;







Angola & Guerra do Ultramar - Um documento de grande importância histórica distribuído com a classificação de ‘RESERVADO’, sobre as informações de um cabinda e quadro militar do MPLA, das capacidades e fraquezas da guerrilha no conflito militar que decorreu de 1961 a 1974 


‘A GUERRA EM CABINDA VISTA POR FRANCISCO LUBOTA’ 
Edição da Escola Prática de Infantaria 
Batalhão de Artilharia n. 1886
RESERVADO 
Luanda 1968 


Documento com 14 páginas e 5 mapas e em muito bom estado de conservação. Excelente. 
De muito, muito difícil localização. 
MUITO, MUITO RARO.


Da apresentação do ex-militar do MPLA, Francisco Lubota: 
“SUA APRESENTAÇÃO 
Até 1961 foi pedreiro. Neste ano, na cidade de Cabinda, onde trabalhava, recebeu uma carta do seu povo, comunicando-lhe que havia ‘confusão’. Teve medo do futuro e abandonou a sua terra para onde se dirigiu, fugindo com o povo. No Congo, foi aliciado e captado por agentes IN. 

Começou a treinar em Brazzaville ainda no ano de 1961 e os ‘chefes’ cedo se aperceberam do seu valor como guerrilheiro e das suas qualidades de comando, dando-lhe pouco a pouco toda a confiança. Chefiou uma delegação de 22 soldados, que em 1963 foi ao GANA tirar um curso de guerrilhas, e outra de 26 soldados que, no Cairo em 1965 frequentou um curso de sabotagem. Foi instrutor de três cursos de sabotagens e guerrilhas, preparando algumas dezenas  de chefes de grupo e tornando-se um dos combatentes  de maior valor do MPLA. 

Em 1 de Novembro de 1967, descontente com o rumo que o MPLA estava a seguir e verificando que após seus anos de luta os resultados do MPLA em Cabinda eram nulos, entrou em TN e apresentou-se às autoridades para colaborar com as NT. A sua vinda foi um golpe tão grande para aquele movimento que Agostinho Neto, ao ser informado, disse não acreditar no que lhe diziam. 

Trata-se de FRANCISCO LUBOTA, actual Guia das NT. Este homem, que tudo parece saber sobre a guerrilha, desloca-se na mata com uma precisão e saber impressionante. Cada passo que dá, cada desvio que faz, leva sempre a marca de um guerrilheiro que é ‘filho da mata’, como ele próprio diz. 

Ensinou as NT a alcançar determinados objectivos por caminhos mais curtos, a evitar armadilhas e a detectá-las, e foi com ele que se pode chegar à precisão de interceptar com segurança um grupo IN em Cabinda, tendo por base uma simples informação. 

É apoiado na sua experiência que vai ser elaborado o presente apontamento. As suas indicações para Cabinda são concerteza actuais, porquanto a sua apresentação é relativamente recente, alguns dos actuais chefes de grupo do MPLA foram seus alunos e até subordinados, e conhece o Alto Maiombe como ninguém. É por isso que o MPLA tanto o teme.“ 

Legenda: 
IN - Inimigo 
TN - Território Nacional 
NT - Nossas Tropas 



Do ÍNDICE: 

A GUERRA EM CABINDA VISTA POR FRANCISCO LUBOTA 

I - SUA APRESENTAÇÃO 

II - O MPLA VISTO POR FRANCISCO LUBOTA 
a) Lado negativo 
1. 
2. 
3. 
4. 
5. 
6. 
7. 
b) Lado positivo 
1.
2.
3. 

III - AS NT VISTAS POR FRANCISCO LUBOTA, ENQUANTO CHEFE DE GRUPO DO MPLA 
a) Lado negativo 
1. 
2. 
3. 
4. 
5. 
6. 
7. 
8. 
b) Lado positivo 
1. 
2. 
3. 
4. 
5. 
6. 
7. 

IV - ATAQUES ÀS NOSSAS TROPAS 
a) Sem minas ou armadilhas - (Anexo 1) 
b) Apeadas em estrada - (Anexo 2) 
c) Em viatura - (Anexo 3) 
d) Em trilho - (Anexo 4) 
e) Com informação prévia é certa de que as NT vão passar em determinado ponto (Anexo 5) 

V - ATAQUES A QUARTÉIS 

VI - COLOCAÇÃO DE ARMADILHAS 

NOTA 

Angola, 25 de Abril de 1968 


Preço:   0,00€; (Indisponível) 

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