Angola & Política Internacional - Uma obra que pormenoriza do papel dos EUA e de Portugal nas diversas problemáticas que atingiram os angolanos nos últimos 50 anos do século passado, entre o despontar dos nacionalistas, a guerra colonial, a descolonização, a guerra civil, a paz entre MPLA e UNITA e as respectivas conversações de paz. Muito pormenorizado e citando as inúmeras fontes.
‘A DESTRUIÇÃO DE UM PAÍS’
A política dos Estados Unidos para Angola desde 1945
De George Wright
Editorial Caminho
Lisboa 2001
Livro com 420 páginas, ilustrado com um mapa e em muito bom estado. Excelente.
De muito difícil localização.
RARO.
Da contracapa:
‘A DESTRUIÇÃO DE UM PAÍS’: “Ao escrever este livro foi minha intenção dar a conhecer a política dos Estados Unidos em relação a Angola de modo a ilustrar a política externa norte-americana dos pós-guerra. Na realidade, esta história constitui um estudo de caso típico, que demonstra como os Estados Unidos determinam a sua política para o terceiro mundo baseados tão somente em cálculos de guerra-fria. (...)“
George Wright, in Prefácio
“A análise meticulosa, dura e rigorosa que o autor faz sobre a situação em Angola é o resultado de uma pesquisa séria e de uma profunda preocupação humana acerca do que tem vindo a acontecer num país de riqueza e possibilidades imensas que a paz desenvolveria infinitamente, e que a guerra tem vindo a destruir de forma dolorosa e sistemática.”
O AUTOR:
“GEORGE WRIGHT é doutorado pela Universidade de Leeds e ensina Ciências Políticas na Califórnia State University, Chico.”
Do ÍNDICE:
PREFÁCIO
Agradecimentos
Siglas
Mapa
1. ANTECEDENTES: O COLONIALISMO PORTUGUÊS E ANGOLA
O Estado Novo é o nacionalismo africano
- Angola revolta-se; Portugal riposta
- A pirâmide racial-étnica-classista
- Levantamentos em 1962 acendem a chama da luta clandestina
- A FNLA e o MPLA como veículos da luta anti colonial
- O envolvimento militar da FNLA declina; a presença do MPLA expande-se
- Savimbi entra na equação nacionalista
- Salazar responde às rebeliões com uma política dupla
- As organizações nacionalistas evitam a unidade
- A vertente económica e social da política dupla de Salazar
Notas
2. OS ESTADOS UNIDOS, PORTUGAL E ANGOLA, 1945-1960
O militarismo da guerra-fria e a ‘independência prematura’
- A Administração Truman: os interesses americanos em África e Portugal
- Truman decide a política em relação a África
- A política de Truman em relação a Portugal e a Angola
- Portugal e a NATO
- Os Estados Unidos negoceiam a utilização dos Açores
- A Administração Eisenhower, a descolonização da África e Portugal
- A crise do Congo leva a guerra-fria a África
- Angola é aberta ao capital estrangeiro; Eisenhwer apoia o colonialismo português
Notas
3. OS ESTADOS UNIDOS E A GUERRA ANTI-COLONIAL EM ANGOLA, 1961-1974
A política externa liberal e o desafio à hegemonia dos EUA
- A Administração Kennedy reage às rebeliões angolanas
- Kennedy apoia a resolução da ONU contra Portugal
- Holden Roberto na lista de pagamentos da CIA
- Os africanistas continuam a pressionar Salazar
- Cresce a preocupação sobre o uso de armas dos Estados Unidos e NATO em Angola
- A CIA apresenta um plano abrangente para pressionar Portugal
- Debatida a forma de abordar o Acordo dos Açores
- Kennedy tenta apaziguar Salazar
- Kennedy ‘recua’ na política de cariz africanista para Angola
- Ratificado o Tratado de Interdição de Testes Nucleares, Kennedy tenta novamente pressionar Salazar no Sentido da descolonização de Angola
Lyndon Johnson, Angola e a guerra do Vietname
- Roberto volta-se para a China
- Williams propõe que Holden Roberto forme uma coligação política
- Os EUA oferecem auxílio militar a Portugal em troca de declaração a favor da ‘autodeterminação’
- Angola é colocada num plano secundário
Nixon, o Memorando 39 da Segurança Nacional e Angola
- Os EUA e Portugal chegam a acordo quanto aos Açores
- Nixon contorna o embargo americano de armas a Portugal
- O capital americano, Nixon e a guerra de Angola
Notas
4. O SECRETÁRIO DE ESTADO HENRY KISSINGER E A GUERRA DE 1975 EM ANGOLA
Enfrentando a ‘síndrome do Vietname’
- O descarrilamento da solução política portuguesa
- Kissinger e o ‘Comité dos 40’ garantem a continuação da guerra
- A FNLA desencadeia a guerra civil: a União Soviética reage
- Delineadas operações secretas apesar de divergências burocráticas
- A supervisão do Congresso põe em marcha Operação Angola
- A guerra angolana em escalada: a África do Sul aumenta o seu envolvimento no conflito
- A segunda ofensiva ocidental e Cuba
O Congresso impede Kissinger de continuar a Operação Angola
- Kissinger repreende assessores devido a revelações sobre Angola
- A Emenda Tunney acaba com a operação angolana
- Ford e Kissinger reagem à Emenda Tunney
- A Emenda Tunney e Cuba ajudam o MPLA a vencer
- A Câmara dos Representantes apoia a Emenda Tunney; Kissinger reage
- O Congresso aprova a Emenda Clark
Notas
5. A ADMINISTRAÇÃO CÁRTER E ANGOLA
A preparação da ‘segunda guerra-fria’
- Os regionalistas levam a melhor na resposta à segunda invasão do Shaba
- A FNLC lança a segunda invasão do Shaba
- A resposta de Carter á segunda invasão do Shaba vem reforçar a retórica de guerra-fria
- Angola atingida pela viragem à direita
- Os críticos da política africana prestam declarações no Congresso
- Carter desiste da Emenda Clark; o debate sobre a responsabilidade cubana na segunda invasão do Shaba
- Vance articula a política regionalista para África; os EUA medeiam a crise do Shaba
A África do Sul, a desestabilização de Angola e a Administração Carter
- A Administração Carter e a ‘Estratégia Total’ da África do Sul
- Angola, o não reconhecimento e a ‘segunda guerra-fria’
- Desafiada a Emenda Clark
- Carter institucionaliza a ‘segunda guerra-fria’
Notas
6. A ADMINISTRAÇÃO REAGAN E ANGOLA, 1981-1984
O militarismo da guerra-fria expande-se à vontade
- ‘O Compromisso Construtivo’ e Angola
- A África do Sul inicia uma escalada de desestabilização da região
- Recomeçam as conversações entre os EUA e o governo angolano
A Emenda Clark é mantida: Reagan encontra formas de ajudar a UNITA
- O Subcomité para África da Câmara dos Representantes apoia a Emenda Clark
- O Congresso pondera sobre a anulação da Emenda Clark
- A ‘Nova Direira’ patrocina a visita de Savimbi aos Estados Unidos
- A Conferência do Congresso discute a Emenda Clark
- Reagan torneia a Emenda Clark
A direita tem como alvo os trabalhos da Gulf Oil em Angola
O MPLA, a política de Linkage e os Acordos de Lusaka
- Angola e a África do Sul assinam o Acordo de Lusaka
Notas
7. A ADMINISTRAÇÃO REAGAN E ANGOLA, 1985-1988
A desestabilização e as ‘novas realidades políticas’
- O Congresso rejeita a Emenda Clark: Reagan concede ajuda secreta à UNITA
- Campanha para o recomeço da ajuda à UNITA
- Opositores do auxílio à UNITA mobilizam-se em campanha de pressão
- Os Estados Unidos recomeçam conversações com Angola
- Savimbi volta aos Estados Unidos; Reagan fornece auxílio secreto
- Recomeça a ajuda secreta da Administração Reagan à UNITA
- Recrudesce a guerra em Angola
Os efeitos da desestabilização em Angola
Cuito Cuanavale e o Acordo para a Namíbia
- Recomeçam as conversações entre os EUA e Angola antes da contra-ofensiva de 1987
- Gorbachev introduz o ‘novo pensamento’ na política externa soviética
- Cuba e Angola desenvolvem nova estratégia
- Cuba junta-se à delegação do MPLA; Crocker reúne com os sul africanos
- A estratégia militar cubana apressa as conversações
- Savimbi visita de novo os Estados Unidos
- O confronto na barragem de Calueque altera o equilíbrio de forças
- Abertura conducente a um acordo para a Namíbia
- As conversações marcam passo, em vésperas das eleições presidenciais
- As negociações recomeçam depois de Bush ter derrotado Dukakis
Notas
8. A ADMINISTRAÇÃO BUSH E ANGOLA
A gestão do fim da guerra-fria
- Bush assegura auxílio militar à UNITA; As conversações de Gbadolite dão início à reconciliação nacional
- O governo de Angola e a UNITA apresentam planos para a paz
- Começam as negociações para a reconciliação nacional
- Gbadolite fracassa antes de começar
- Tentativa de fazer reviver Gbadolite
Bush intensifica a opção militar angolana
As negociações resultam nos Acordos de Bicesse
- Bush apoia a expansão das actividades militares da UNITA
- Bush explora a crise provocada pela seca
- A mediação portuguesa continua
- O governo angolano e a UNITA assinam os Acordos de Bicesse
A implementação do Acordo de Bicesse e os Estados Unidos
- Bush a a sociedade civil angolana
- A desmobilização, a UNITA e a comunidade internacional
- A campanha política
- As eleições
Os resultados das eleições e a violência pós-eleitoral
Notas
9. A ADMINISTRAÇÃO CLINTON E ANGOLA, 1993-1996
A democratização e a Nova ordem mundial
A UNITA continua a agressão pós-eleitoral. Clinton adia reconhecimento diplomático
- Goram-se as conversações de Adis Abeba
- A UNITA captura o Huambo; Os EUA e a ONU pressionam a UNITA a negociar
A UNITA rejeita o Ptotocolo de Abidjan; Clinton reconhece o governo angolano
Esforços para recomeçar as negociações
- Clinton considera terminada a ‘Opção Triplo Zero’
- As Nações Unidas iniciam nova ronda de conversações
- Tentativa de impedir a votação de sanções
Sanções das Nações Unidas contra a UNITA
A reconciliação nacional e o Protocolo de Lusaka
- A disputa pelo Huambo impede o processo de paz
- Presidente Mandela entra nas negociações
- O governo angolano e a UNITA chegam a acordo quanto ao Protocolo de Lusaka
A implementação do Protocolo de Lusaka
- O Conselho de Segurança cria a UNAVEM III
- O Presidente José Eduardo dos Santos encontra-se com Savimbi
- Começa o posicionamento das forças da UNAVEM III; tentativas para conseguir o aquartelamento dos guerrilheiros da UNITA
- Perspectivas de solução para o Protocolo de Lusaka
- José Eduardo dos Santos encontra-se com Clinton
- A Comunidade Internacional pressiona a UNITA
Notas
CONCLUSÃO
Bibliografia
- Livros e artigos
- Jornais, boletins informativos, periódicos, diários e documentos
Índice remissivo
Preço: 42,50€;
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