domingo, 7 de março de 2021

Angola & Política Internacional - ‘A DESTRUIÇÃO DE UM PAÍS’, de George Wright - Lisboa 2001 - RARO;





Angola & Política Internacional - Uma obra que pormenoriza do papel dos EUA e de Portugal nas diversas problemáticas que atingiram os angolanos nos últimos 50 anos do século passado, entre o despontar dos nacionalistas, a guerra colonial, a descolonização, a guerra civil, a paz entre MPLA e UNITA e as respectivas conversações de paz. Muito pormenorizado e citando as inúmeras fontes. 


‘A DESTRUIÇÃO DE UM PAÍS’ 
A política dos Estados Unidos para Angola desde 1945 
De George Wright 
Editorial Caminho 
Lisboa 2001 


Livro com 420 páginas, ilustrado com um mapa e em muito bom estado. Excelente. 
De muito difícil localização. 
RARO.


Da contracapa: 
‘A DESTRUIÇÃO DE UM PAÍS’: “Ao escrever este livro foi minha intenção dar a conhecer a política dos Estados Unidos em relação a Angola de modo a ilustrar a política externa norte-americana dos pós-guerra. Na realidade, esta história constitui um estudo de caso típico, que demonstra como os Estados Unidos determinam a sua política para o terceiro mundo baseados tão somente em cálculos de guerra-fria. (...)“ 
George Wright, in Prefácio 

“A análise meticulosa, dura e rigorosa que o autor faz sobre a situação em Angola é o resultado de uma pesquisa séria e de uma profunda preocupação humana acerca do que tem vindo a acontecer num país de riqueza e possibilidades imensas que a paz desenvolveria infinitamente, e que a guerra tem vindo a destruir de forma dolorosa e sistemática.” 


O AUTOR: 
“GEORGE WRIGHT é doutorado pela Universidade de Leeds e ensina Ciências Políticas na Califórnia State University, Chico.” 



Do ÍNDICE: 

PREFÁCIO 
Agradecimentos 
Siglas 
Mapa 

1. ANTECEDENTES: O COLONIALISMO PORTUGUÊS E ANGOLA 
O Estado Novo é o nacionalismo africano 
- Angola revolta-se; Portugal riposta 
- A pirâmide racial-étnica-classista 
- Levantamentos em 1962 acendem a chama da luta clandestina 
- A FNLA e o MPLA como veículos da luta anti colonial 
- O envolvimento militar da FNLA declina; a presença do MPLA expande-se 
- Savimbi entra na equação nacionalista 
- Salazar responde às rebeliões com uma política dupla 
- As organizações nacionalistas evitam a unidade 
- A vertente económica e social da política dupla de Salazar 
Notas 

2. OS ESTADOS UNIDOS, PORTUGAL E ANGOLA, 1945-1960 
O militarismo da guerra-fria e a ‘independência prematura’ 
- A Administração Truman: os interesses americanos em África e Portugal 
- Truman decide a política em relação a África 
- A política de Truman em relação a Portugal e a Angola 
- Portugal e a NATO 
- Os Estados Unidos negoceiam a utilização dos Açores 
- A Administração Eisenhower, a descolonização da África e Portugal 
- A crise do Congo leva a guerra-fria a África 
- Angola é aberta ao capital estrangeiro; Eisenhwer apoia o colonialismo português 
Notas 

3. OS ESTADOS UNIDOS E A GUERRA ANTI-COLONIAL EM ANGOLA, 1961-1974 
A política externa liberal e o desafio à hegemonia dos EUA 
- A Administração Kennedy reage às rebeliões angolanas 
- Kennedy apoia a resolução da ONU contra Portugal 
- Holden Roberto na lista de pagamentos da CIA 
- Os africanistas continuam a pressionar Salazar 
- Cresce a preocupação sobre o uso de armas dos Estados Unidos e NATO em Angola 
- A CIA apresenta um plano abrangente para pressionar Portugal 
- Debatida a forma de abordar o Acordo dos Açores 
- Kennedy tenta apaziguar Salazar 
- Kennedy ‘recua’ na política de cariz africanista para Angola 
- Ratificado o Tratado de Interdição de Testes Nucleares, Kennedy tenta novamente pressionar Salazar no Sentido da descolonização de Angola 
Lyndon Johnson, Angola e a guerra do Vietname 
- Roberto volta-se para a China 
- Williams propõe que Holden Roberto forme uma coligação política 
- Os EUA oferecem auxílio militar a Portugal em troca de declaração a favor da ‘autodeterminação’ 
- Angola é colocada num plano secundário 
Nixon, o Memorando 39 da Segurança Nacional e Angola 
- Os EUA e Portugal chegam a acordo quanto aos Açores 
- Nixon contorna o embargo americano de armas a Portugal 
- O capital americano, Nixon e a guerra de Angola 
Notas 

4. O SECRETÁRIO DE ESTADO HENRY KISSINGER E A GUERRA DE 1975 EM ANGOLA 
Enfrentando a ‘síndrome do Vietname’ 
- O descarrilamento da solução política portuguesa 
- Kissinger e o ‘Comité dos 40’ garantem a continuação da guerra 
- A FNLA desencadeia a guerra civil: a União Soviética reage 
- Delineadas operações secretas apesar de divergências burocráticas 
- A supervisão do Congresso põe em marcha Operação Angola 
- A guerra angolana em escalada: a África do Sul aumenta o seu envolvimento no conflito 
- A segunda ofensiva ocidental e Cuba 
O Congresso impede Kissinger de continuar a Operação Angola 
- Kissinger repreende assessores devido a revelações sobre Angola 
- A Emenda Tunney acaba com a operação angolana 
- Ford e Kissinger reagem à Emenda Tunney 
- A Emenda Tunney e Cuba ajudam o MPLA a vencer 
- A Câmara dos Representantes apoia a Emenda Tunney; Kissinger reage 
- O Congresso aprova a Emenda Clark 
Notas 

5. A ADMINISTRAÇÃO CÁRTER E ANGOLA 
A preparação da ‘segunda guerra-fria’ 
- Os regionalistas levam a melhor na resposta à segunda invasão do Shaba 
- A FNLC lança a segunda invasão do Shaba 
- A resposta de Carter á segunda invasão do Shaba vem reforçar a retórica de guerra-fria 
- Angola atingida pela viragem à direita 
- Os críticos da política africana prestam declarações no Congresso 
- Carter desiste da Emenda Clark; o debate sobre a responsabilidade cubana na segunda invasão do Shaba 
- Vance articula a política regionalista para África; os EUA medeiam a crise do Shaba 
A África do Sul, a desestabilização de Angola e a Administração Carter 
- A Administração Carter e a ‘Estratégia Total’ da África do Sul 
- Angola, o não reconhecimento e a ‘segunda guerra-fria’ 
- Desafiada a Emenda Clark 
- Carter institucionaliza a ‘segunda guerra-fria’ 
Notas 

6. A ADMINISTRAÇÃO REAGAN E ANGOLA, 1981-1984 
O militarismo da guerra-fria expande-se à vontade 
- ‘O Compromisso Construtivo’ e Angola 
- A África do Sul inicia uma escalada de desestabilização da região 
- Recomeçam as conversações entre os EUA e o governo angolano 
A Emenda Clark é mantida: Reagan encontra formas de ajudar a UNITA 
- O Subcomité para África da Câmara dos Representantes apoia a Emenda Clark 
- O Congresso pondera sobre a anulação da Emenda Clark 
- A ‘Nova Direira’ patrocina a visita de Savimbi aos Estados Unidos 
- A Conferência do Congresso discute a Emenda Clark 
- Reagan torneia a Emenda Clark 
A direita tem como alvo os trabalhos da Gulf Oil em Angola 
O MPLA, a política de Linkage e os Acordos de Lusaka 
- Angola e a África do Sul assinam o Acordo de Lusaka 
Notas 

7. A ADMINISTRAÇÃO REAGAN E ANGOLA, 1985-1988 
A desestabilização e as ‘novas realidades políticas’ 
- O Congresso rejeita a Emenda Clark: Reagan concede ajuda secreta à UNITA 
- Campanha para o recomeço da ajuda à UNITA 
- Opositores do auxílio à UNITA mobilizam-se em campanha de pressão 
- Os Estados Unidos recomeçam conversações com Angola 
- Savimbi volta aos Estados Unidos; Reagan fornece auxílio secreto 
- Recomeça a ajuda secreta da Administração Reagan à UNITA 
- Recrudesce a guerra em Angola 
Os efeitos da desestabilização em Angola 
Cuito Cuanavale e o Acordo para a Namíbia 
- Recomeçam as conversações entre os EUA e Angola antes da contra-ofensiva de 1987 
- Gorbachev introduz o ‘novo pensamento’ na política externa soviética 
- Cuba e Angola desenvolvem nova estratégia 
- Cuba junta-se à delegação do MPLA; Crocker reúne com os sul africanos 
- A estratégia militar cubana apressa as conversações 
- Savimbi visita de novo os Estados Unidos 
- O confronto na barragem de Calueque altera o equilíbrio de forças 
- Abertura conducente a um acordo para a Namíbia 
- As conversações marcam passo, em vésperas das eleições presidenciais 
- As negociações recomeçam depois de Bush ter derrotado Dukakis 
Notas 

8. A ADMINISTRAÇÃO BUSH E ANGOLA 
A gestão do fim da guerra-fria 
- Bush assegura auxílio militar à UNITA; As conversações de Gbadolite dão início à reconciliação nacional 
- O governo de Angola e a UNITA apresentam planos para a paz 
- Começam as negociações para a reconciliação nacional 
- Gbadolite fracassa antes de começar 
- Tentativa de fazer reviver Gbadolite 
Bush intensifica a opção militar angolana 
As negociações resultam nos Acordos de Bicesse 
- Bush apoia a expansão das actividades militares da UNITA 
- Bush explora a crise provocada pela seca 
- A mediação portuguesa continua 
- O governo angolano e a UNITA assinam os Acordos de Bicesse 
A implementação do Acordo de Bicesse e os Estados Unidos 
- Bush a a sociedade civil angolana 
- A desmobilização, a UNITA e a comunidade internacional 
- A campanha política 
- As eleições 
Os resultados das eleições e a violência pós-eleitoral 
Notas 

9. A ADMINISTRAÇÃO CLINTON E ANGOLA, 1993-1996 
A democratização e a Nova ordem mundial 
A UNITA continua a agressão pós-eleitoral. Clinton adia reconhecimento diplomático 
- Goram-se as conversações de Adis Abeba 
- A UNITA captura o Huambo; Os EUA e a ONU pressionam a UNITA a negociar 
A UNITA rejeita o Ptotocolo de Abidjan; Clinton reconhece o governo angolano 
Esforços para recomeçar as negociações 
- Clinton considera terminada a ‘Opção Triplo Zero’ 
- As Nações Unidas iniciam nova ronda de conversações 
- Tentativa de impedir a votação de sanções 
Sanções das Nações Unidas contra a UNITA 
A reconciliação nacional e o Protocolo de Lusaka 
- A disputa pelo Huambo impede o processo de paz 
- Presidente Mandela entra nas negociações 
- O governo angolano e a UNITA chegam a acordo quanto ao Protocolo de Lusaka 
A implementação do Protocolo de Lusaka 
- O Conselho de Segurança cria a UNAVEM III 
- O Presidente José Eduardo dos Santos encontra-se com Savimbi 
- Começa o posicionamento das forças da UNAVEM III; tentativas para conseguir o aquartelamento dos guerrilheiros da UNITA 
- Perspectivas de solução para o Protocolo de Lusaka 
- José Eduardo dos Santos encontra-se com Clinton 
- A Comunidade Internacional pressiona a UNITA 
Notas 

CONCLUSÃO 

Bibliografia 
- Livros e artigos 
- Jornais, boletins informativos, periódicos, diários e documentos 
Índice remissivo 


Preço: 42,50€; 

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