Portugal & PREC - As memórias do autor, desde o seu encarceramento nas prisões portuguesas do novo regime surgido a 25 de Abril de 1974 e a libertação após se concluir que nada existia contra a sua pessoa
'OITO MESES NAS PRISÕES DO PORTUGAL DEMOCRÁTICO (1974 - 1975)'
De Pedro Manuel de Oliveira Reis
Edição MARGEM, Sociedade Editora Portuguesa S.A.R.L.
Lisboa 1976
Livro com 128 páginas e em muito bom estado de conservação.
De muito difícil localização.
MUITO RARO.
Da contracapa:
"Os apontamentos coligidos traduzem exclusivamente as impressões pessoais do autor, e correspondem, portanto, à sua verdade.
É natural que muitos dos seus companheiros tenham um ponto de vista diferente, quanto às condições em que suportaram , nesse período, o encerramento nas prisões referidas, quiça mais sombrias é mais insuportáveis.
Em resumo, o autor não teve como objectivo fazer trabalho de carácter panfletário, como acontece em apontamentos ou decorações que tanto proliferaram ultimamente, ao relatarem-se as condições prisionais existentes antes de 25 de Abril de 1974, mas tão somente contar a verdade, encarada, claro está, do ponto de vista e da própria personalidade do autor."
Da badana:
"PEDRO MANUEL DE OLIVEIRA REIS, antigo aluno do Colégio de Lá Guardia, licenciou-se em Direito pela Universidade de Lisboa em 1939, tendo ingressado no Conselho Técnico Corporativo, do Ministério da Economia, no mesmo ano, como 1. oficial. Ascendeu os vários escalões hierárquicos, até ao de Adjunto do Vice-Presidente do referido Conselho.
Durante o período da guerra mundial foi responsável, em grande parte por todo o licenciamento de exportações, importações, reexportação e trânsito de mercadorias, que as circunstâncias impunham.
Em 1949, passou à situação de licença ilimitada, tendo sido nomeado administrador, por parte do Estado, da Hidro Eléctrica do Cávado, onde, durante vinte anos, colaborou na grande obra de aproveitamento hidro eléctrico daquela zona, tarefa que honra qualquer que a ela tenha dedicado o seu esforço.
Com a fusão das empresas que constituiam a rede eléctrica primária foi reconduzido administrador, por parte do Estado e eleito para o Conselho de Gerência da nova Companhia Portuguesa de Electricidade.
Após a revolução de 25 de Abril de 1974 pediu a sua demissão, com base em que o lugar que ocupava, embora não fosse de carácter político, era, no entanto, de confiança política, pelo que, dado o seu ponto de vista de não adesão aos princípios do novo regime, era contrário à sua consciência permanecer nas referidas funções, que ocupará durante mais de 25 anos.
Em 19 de Dezembro de 1874 dava entrada no Forte de Caxias (Reduto Norte)...
Fruto da experiência dolorosa de alguém que se vê, atrabiliariamente, separado da sua família e lançado durante longos meses, numa prisão, sem culpa formada, este livro é, para além de um documento humano de inegável valor, um libelo e a denúncia de uma situação e dos atentados praticados, em nome da liberdade e da democracia, por alguns dos responsáveis pelo chamado processo revolucionário.
Denúncia essa, aliás, que a própria Igreja, pela palavra autorizada dos seus Bispos, através de uma nota da Conferência Episcopal, fazia também, quando afirmava: '...desejamos salientar... o carácter arbitrário de numerosas prisões que têm sido feitas. Alguns escandalosamente efectuadas por grupos políticos e inexplicavelmente coonestadas por certas autoridades militares. Outras têm-se baseado em denúncias gratuitas, sem que previamente haja o cuidado de investigar a idoneidade do denunciante. Em vários casos, estas prisões prolongam-se por tempo indefinido sem culpa formada nem real investigações'.
Já este livro se encontrava no prelo quando o seu autor recebeu o ofício n. 1531, de 13/8/76, do Estado Maior General das Forças Armadas - Serviço de Coordenação de Extinção da PIDE/DGS e LP - Serviço de Justiça, em que lhe era comunicado que '...por despacho de hoje, foi mandado arquivar o processo instaurado neste serviço contra si, em virtude de o mesmo não indicar qualquer ilícito penal e designadamente que o Sr. tenha participado em actividades repressivas fascistas'.
O Dr. Pedro Manuel de Oliveira Reis esteve preso, no Forte de Caxias (Reduto Norte) e na Cadeia Penitenciária de Lisboa durante cerca de oito meses."
Do ÍNDICE:
I - FORTE DE CAXIAS (Reduto Norte)
- 19 de Dezembro de 1974
- 24 de Dezembro de 1974
- 1 de Janeiro de 1975
- 10 de Janeiro de 1975
- 15 de Janeiro de 1975
- 1 de Fevereiro de 1975
- 28 de Fevereiro de 1975
- 11 de Março de 1975
II - PENITENCIÁRIA DE LISBOA
- 15 de Março de 1975
- 31 de Março de 1975
- 30 de Abril de 1975
- 31 de Maio de 1975
- 30 de Julho de 1975
- 31 de Julho de 1975
- 11 de Agosto de 1975
- 12 de Agosto de 1975
Documentos
Preço: 32,50€;
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