Portugal - Estado Novo & PIDE - A repressão política e policial do regime e dos tribunais conta a oposição tolerará e a liberdade de informação no final da década de cinquenta
'OS ÚLTIMOS DIAS DO FASCISMO PORTUGUÊS'
De Maria Archer
Editora Liberdade e Cultura
Brasil, São Paulo 1959
Livro com 320 páginas e em muito bom estado de conservação.
De muito, muito difícil localização.
MUITO, MUITO RARO.
Sobre a obra:
"Memórias dum processo político, julgado no 1.* Tribunal Militar Territorial, (Santa Clara) em Lisboa, em Dezembro de 1952.
Escritas sobre apontamentos tomados durante as audiências e revistas pelos principais réus, advogados e testemunhas."
MARIA ARCHER (1899-1982)
Grande escritora antifascista que pertenceu ao MUD e foi perseguida pela PIDE. Viu os seus livros apreendidos e os jornais onde trabalhava ameaçados de encerramento. A escrita foi uma arma de combate político para esta resistente.
- Maria Emília Archer Eyrolles Baltasar Moreira nasceu em Lisboa, no dia 4 de janeiro de 1899. Começou, desde cedo, a viajar com os pais. Em 1921, casou-se com Alberto Teixeira Passos. Cinco anos mais tarde, após o surgimento do Estado Novo e a crise subsequente, o marido perdeu o emprego num banco em que trabalhava e os dois mudaram-se para Faro. Em 1931, divorciaram-se e Maria Archer vai para Angola por volta de 1932. Em Luanda, inicia a sua carreira literária e publica o seu primeiro livro - 'Três Mulheres' (1935) - de parceria com Pinto Quartim Graça. Nesse ano regressa a Portugal. Vivia, então, do que escrevia para jornais e das suas obras, tendo mesmo algumas delas chegado à terceira edição. A sua obra tem também um pouco de autobiografia, pois a sua experiência de vida é, por vezes, transposta para as suas personagens. O romance 'Aristocratas' (1945) marca o seu afastamento da família que se vê retratada nas personagens do mesmo.
Maria Archer foi uma cidadã atenta a questões socio-políticas. Em 1945 aderiu ao Movimento de Unidade Democrática (MUD), grupo de oposição ao regime salazarista. A partir daí as suas obras passaram a ser censuradas. O romance 'Casa Sem Pão' (1947) foi apreendido. Em 1953, assistiu às sessões do julgamento do capitão Henrique Carlos Galvão, contestador da ditadura salazarista. Pouco depois viu a sua casa invadida pela PIDE.
PRINCIPAIS OBRAS DA AUTORA:
CONTOS E NOVELAS
- 'África Selvagem';
- 'Ida e volta duma caixa de cigarros' (apreendido);
- 'Fauno sovina';
- 'Há de haver uma lei...';
- 'Filosofia de uma mulher moderna';
- 'A primeira vítima do diabo';
- 'Eu e elas';
ROMANCES
- 'A morte veio de madrugada';
- 'Ela é apenas uma mulher';
- 'Aristocratas';
- 'Casa sem pão';
- 'O mal não está em nós';
- 'Bato às portas da vida';
- 'Nada lhe será perdoado';
OUTRAS OBRAS
- 'Roteiro do Mundo Português';
- 'Viagem à roda de África';
- 'Três mulheres';
- 'Há dois ladrões sem cadastro';
- 'Memórias da linha de Cascais';
- 'Sertanejos';
- 'Singularidades de um país distante';
- 'Ninho de bárbaros';
- 'Angola filme';
- 'Colónias piscatórias em Angola';
- 'Caleidoscópio africano';
- 'Terras onde se fala português';
NO PRELO
- 'Amor de ladrões';
- 'Herança Lusíada';
Do ÍNDICE:
UM CASO INÉDITO DE PERSEGUIÇÃO DO PENSAMENTO
DOCUMENTO N. 1
Declaração
José de Assis Laranjeira
DOCUMENTO N. 2
Francisco Delgado França
DOCUMENTO N. 3
Henrique Carlos Malta Galvão
DOCUMENTO N. 4
Uma declaração de Henrique Galvão
ÚLTIMO ACTO DA PEÇA JURÍDICA EM QUE SE SILENCIOU UMA TESTEMUNHA INCOMODA
A prisão, o julgamento, a absolvição do Eng. Cunha Leal
INTRÓITO
1.a AUDIÊNCIA
9.12.1952
2.a AUDIÊNCIA
10.12.1952
3.a AUDIÊNCIA
11.12.1952
4.a AUDIÊNCIA
12.12.1952
5.a AUDIÊNCIA
15.12.1952
6.a AUDIÊNCIA
16.12.1952
7.a AUDIÊNCIA
17.12.1952
CARTAS
O PRIMEIRO JULGAMENTO NO SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA MILITAR
1.a AUDIÊNCIA
20.02.1953
2.a AUDIÊNCIA
21.02.1953
O ACÓRDÃO DO SUPREMO TRIBUNAL MILITAR
Preço: 77,50€;
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