Angola & Comunicação Social - Uma obra sobre a Rádio nesta antiga colónia portuguesa, da autoria de um dos mais destacados profissionais do sector
'RÁDIO EM ANGOLA - Como eu a vivi'
De Pereira Monteiro
Apresentação de Sansão Coelho
Mar da Palavra, Edições L.da
Lisboa 2018
Livro com 168 páginas, ilustrado e em muito bom estado de conservação. Novo. Excelente.
A abrupta descolonização que se seguiu à Revolução portuguesa obrigou-o a fugir com a família, tal como sucedeu a centenas de milhar de angolanos e de portugueses, para o Sudoeste Africano (atual Namíbia).
Repatriado para Portugal, em Novembro de 1975, ingressou (por concurso público) nos quadros da Radiodifusão Portuguesa (RDP), empresa pública que sucedeu à Emissora Nacional.
Chefiou os serviços de Informação e de Programas da RDP/Centro, em Coimbra.
Como formador para a área da Radiodifusão do CENJOR – Centro Protocolar de Formação de Jornalistas, participou na formação de dezenas de jovens das rádios locais, aquando da legalização das chamadas rádios piratas.
É frequentemente convidado a participar em entrevistas para livros, nos meios radiofónicos e em televisões, especialmente sobre temas no âmbito da Radiodifusão.”
A rádio em Angola, na ausência de sistemas de televisão no período estudado e retratado, perante um reduzido número de jornais impressos e um caudal volumoso de analfabetismo, foi o ‘médium’ de excelência protodemocrático, informativo e de entretenimento; foi, por consequência, um natural aglutinador/congregador das populações ‘pronto-a-servir e a escutar’ jorrando adesão crescente. Subiam as audiências (sem cientificidade na obtenção destes dados) perante o aumento, à vista desarmada, da existência e venda de recetores de rádio e a salutar proliferação das estações emissoras, por norma locais/regionais. As atuais rádios locais de Portugal e as futuras congéneres de Angola podem encontrar boas sementes nos modelos organizacionais e de gestão que, em terras angolanas, permitiram realizar um serviço de utilidade pública que os governos da época, a nível de Lisboa e da então Província de Angola, viam bem ou mal, consoante a ação editorial dessas rádios e os contextos políticos regionais, nacionais e internacionais.
A radiodifusão em Angola foi um ‘boom’ pelos motivos indicados que o Autor legenda e exemplifica, permitindo criar ‘vanguardas’ em aspetos de produção e realização que contrastavam com o pesado, ponderado, rigoroso, austero e censurado ‘radiofazer’ da Emissora Nacional de Radiodifusão. Enquanto esta parecia sobrevestir ‘smoking’ ou, pelo menos, fato e gravata, vezes demais enunciando em registos monocórdicos, a rádio em Angola vestia ganga e era sempre feita em traje casual ou indígena; os microfones e os locutores eram quase omnipresentes e procuravam dar a ver o que, muitas vezes, nunca tinha sido visto. E havia criatividade, inconformismo e concorrência. Até os anúncios classificados e as informações necrológicas eram fornecidas pela rádio.”
Mar da Palavra, Edições L.da
Lisboa 2018
Livro com 168 páginas, ilustrado e em muito bom estado de conservação. Novo. Excelente.
De muito difícil localização.
RARO.
O AUTOR :
"DIAMANTINO PEREIRA MONTEIRO nasceu em Viseu. Aos seis anos de idade foi com os pais para Angola. Primeiro, em Nova Lisboa (atual Huambo) e, depois, em Sá da Bandeira (hoje Lubango). Logo que concluiu o então Curso Complementar dos Liceus, ingressou no Rádio Clube da Huíla como locutor-noticiarista, profissão que teve de interromper para cumprir o serviço militar obrigatário, como alferes miliciano, na então colónia portuguesa da Guiné (Guiné-Bissau). Quando regressou a Angola, retomou a carreira profissional, já como adjunto e, posteriormente, como chefe dos serviços de Produção da Rádio Clube da Huíla.
O AUTOR :
"DIAMANTINO PEREIRA MONTEIRO nasceu em Viseu. Aos seis anos de idade foi com os pais para Angola. Primeiro, em Nova Lisboa (atual Huambo) e, depois, em Sá da Bandeira (hoje Lubango). Logo que concluiu o então Curso Complementar dos Liceus, ingressou no Rádio Clube da Huíla como locutor-noticiarista, profissão que teve de interromper para cumprir o serviço militar obrigatário, como alferes miliciano, na então colónia portuguesa da Guiné (Guiné-Bissau). Quando regressou a Angola, retomou a carreira profissional, já como adjunto e, posteriormente, como chefe dos serviços de Produção da Rádio Clube da Huíla.
A abrupta descolonização que se seguiu à Revolução portuguesa obrigou-o a fugir com a família, tal como sucedeu a centenas de milhar de angolanos e de portugueses, para o Sudoeste Africano (atual Namíbia).
Repatriado para Portugal, em Novembro de 1975, ingressou (por concurso público) nos quadros da Radiodifusão Portuguesa (RDP), empresa pública que sucedeu à Emissora Nacional.
Chefiou os serviços de Informação e de Programas da RDP/Centro, em Coimbra.
Como formador para a área da Radiodifusão do CENJOR – Centro Protocolar de Formação de Jornalistas, participou na formação de dezenas de jovens das rádios locais, aquando da legalização das chamadas rádios piratas.
É frequentemente convidado a participar em entrevistas para livros, nos meios radiofónicos e em televisões, especialmente sobre temas no âmbito da Radiodifusão.”
Da APRESENTAÇÃO:
“A Angola do futuro irá premiar e reconhecer a incomensurável utilidade, provavelmente ainda no presente, deste trabalho que reflete o talento investigacional histórico-social e também o registo dos âmbitos regulamentar e do ‘modus faciendi’ da RÁDIO EM ANGOLA, entre 1937 e 1975, de DIAMANTINO PEREIRA MONTEIRO. Jornalista de referência, personalidade de esmerado sentido ético e profissional, culto e observador atento de finíssimo recorte, angolano de coração, português de nascimento das terras de Viriato, PEREIRA MONTEIRO viveu parte da infância e juventude na antiga colónia portuguesa de Angola. Naquela terra africana sonhou em fazer rádio. A vocação foi concretizada ao assumir um estatuto profissional numa das várias estações existentes.
A rádio em Angola, na ausência de sistemas de televisão no período estudado e retratado, perante um reduzido número de jornais impressos e um caudal volumoso de analfabetismo, foi o ‘médium’ de excelência protodemocrático, informativo e de entretenimento; foi, por consequência, um natural aglutinador/congregador das populações ‘pronto-a-servir e a escutar’ jorrando adesão crescente. Subiam as audiências (sem cientificidade na obtenção destes dados) perante o aumento, à vista desarmada, da existência e venda de recetores de rádio e a salutar proliferação das estações emissoras, por norma locais/regionais. As atuais rádios locais de Portugal e as futuras congéneres de Angola podem encontrar boas sementes nos modelos organizacionais e de gestão que, em terras angolanas, permitiram realizar um serviço de utilidade pública que os governos da época, a nível de Lisboa e da então Província de Angola, viam bem ou mal, consoante a ação editorial dessas rádios e os contextos políticos regionais, nacionais e internacionais.
A radiodifusão em Angola foi um ‘boom’ pelos motivos indicados que o Autor legenda e exemplifica, permitindo criar ‘vanguardas’ em aspetos de produção e realização que contrastavam com o pesado, ponderado, rigoroso, austero e censurado ‘radiofazer’ da Emissora Nacional de Radiodifusão. Enquanto esta parecia sobrevestir ‘smoking’ ou, pelo menos, fato e gravata, vezes demais enunciando em registos monocórdicos, a rádio em Angola vestia ganga e era sempre feita em traje casual ou indígena; os microfones e os locutores eram quase omnipresentes e procuravam dar a ver o que, muitas vezes, nunca tinha sido visto. E havia criatividade, inconformismo e concorrência. Até os anúncios classificados e as informações necrológicas eram fornecidas pela rádio.”
Por Sansão Coelho
Preço: 37,50€;
Do ÍNDICE:
APRESENTAÇÃO
De Sansão Coelho
NOTA DO AUTOR
O OLHO MÁGICO
Cidade de Sá da Bandeira
O meu universo radiofónico
Primeiro contacto com a rádio ao vivo
Desvendado o mistério do piscar do olho mágico
As entranhas do receptor e o primeiro choque Eléctrico
O Liceu e os novos horizontes
A primeira viagem nas ondas hertzianas
A subida a pulso para a conquista do meu Evereste
O convite para ser ‘quase locutor’
O dia-a-dia de um radialista
As primeiras reportagens do exterior
Comunicar também através da escrita
Sá da Bandeira - a Coimbra de Angola
Coimbra, a própria
RADIODIFUSÃO EM ANGOLA (1937-1975) E O CONTEXTO MUNDIAL
As primeiras emissões de radiodifusão
As primeiras preocupações legislativas em Portugal
Radioamadores - os amadores da radiodifusão
Rádio Clube de Moçambique - Experiência pioneira em África
A imprensa no ano zero da rádio em Angola
Radiodifusão e imprensa - A competição pelas audiências
As reações dos jornais ao surgimento da rádio em Angola
Rádio - Fenómeno redescoberto em Angola
COMO NASCERAM AS EMISSORAS EM ANGOLA
Rádio Clube do Sul de Angola - O pioneiro
Rádio Clube de Angola
Rádio Clube de Benguela
Rádio Clube da Huíla
Rádio Clube do Huambo
Rádio Clube de Malanje
Rádio Clube de Moçâmedes
Rádio Diamang
Rádio Clube do Bié
Rádio Clube do Cuanza Sul
Rádio Clube do Moxico
Rádio Eclésia - Emissora Católica de Angola
Emissora Oficial de Angola
Rádio Clube do Uíge
Rádio Clube de Cabinda
Rádio Comercial de Angola
Rádios Regionais e Rádios Locais
Plano de Radiodifusão de Angola (PRA)
Cadeia Litoral - Centro-Sul - A União faz a força ?
Rádio Angolana ou Rádio Portuguesa ?
Produtores independentes
Rádio, censura, polícia política e poder económico
OS DIAS DO FIM
25 de Abril - A revolução portuguesa
A acção da rádio no período de transição
O MEU TESTEMUNHO - Rádio Clube da Huíla
LOGOTIPOS E EMBLEMAS
BIBLIOGRAFIA
Sem comentários:
Enviar um comentário
APÓS A SUA MENSAGEM INDIQUE O SEU E-MAIL E CONTACTO TELEFÓNICO
After your message, please leave your e-mail address or other contact.