quinta-feira, 14 de junho de 2018

Angola & Literatura - ‘POEMAS DE CIRCUNSTÂNCIA (1949-1960)’, de António Cardoso - Luanda 2003 - Muito Raro;





Angola & Literatura - Uma colectânea de poesias do autor, datadas de final da década de 40 e início da década de sessenta 


‘POEMAS DE CIRCUNSTÂNCIA (1949-1960)’ 
De António Cardoso 
Editorial Nzila 
Luanda 2003 


Livro com 184 páginas e em muito bom estado de conservação. Novo. Excelente. 
De muito difícil localização.
Muito Raro.


Da contracapa: 
“A bem dizer, este livro com 214 poemas seria a segunda edição dos ‘POEMAS DE CIRCUNSTÂNCIA’, da Casa dos Estudantes do Império (uns mísero 14 poemas). Nos idos de 1959-1960 mandei-os numa molhada ao Costa Trindade e ao saudoso Carlos Ervedosa, e a outros; hoje sei que Pestana Heinecken e Paulo Jorge também ajudaram a fabricar os ‘Cadernos da Colecção Autores Ultramarinos’ (rejeitando ou aceitando, evidentemente) e todos eles os leram.

Já depois da minha terceira e última prisão pela PIDE, em 1961, recebi uma pasta velha que não me tinha sido devolvida aquando da minha libertação em 1959, pós-primeira prisão. Na altura, já estava na mesma cela com António Jacinto e Luandino Vieira: eram os meus primeiros poemas escritos a partir de 1949 e a que eles não tinham prestado qualquer atenção em especial. Pus-me a revê-los entre Outubro e Novembro de 1962. Os que sobraram da sistemática destruição, mandei-os para casa, entregando-soma visita, normal, sem qualquer impedimento. Julgo que pensaram que o conteúdo corresponderia ao da pasta devolvida. Aliás, a capa era a mesma. Só em Junho de 1974, acabado de chegar do Tarrafal, os tornei a ver. Raramente os desfolhei, raramente revi qualquer poema para possível publicação. Nos fins da década de 90 desafiaram-me para publicar poemas antigos, inéditos (umas vezes para recitar, e duas ou três vezes para páginas literárias). Para meu espanto, houve quem mos elogiasse e me incitasse a publicar as minhas primícias. E acabei por me deixar convencer, podando, arejando, sobretudo rasgando. Ei-los, o que ficou para circulação e testemunho de um tempo, de uma conjuntura, de uma geração. Se calhar teria sido melhor tê-los deixado morrer naturalmente, como tudo, com o tempo...“ 


Obras do Autor: 
- ‘SÃO PAULO’ (poema) - Edição Imbondeiro, Sá da Bandeira 1960; 
- ‘POEMAS DE CIRCUNSTÂNCIA’ - Edição Casa dos Estudantes do Império, Lisboa 1961; 
- ‘21POEMAS DA CADEIA’ - Edição Lavra & Oficina, UEA, Luanda 1979; 
- ‘PANFLETO’ (poética) - Plátano Editora, Lisboa 1979; 
- ‘ECONOMIA POLÍTICA’ (poética) - Plátano Editora, Lisboa 1979; 
- ‘A FORTUNA - Novela de amor’ Plátano Editora, Lisboa 1979; 
- ‘BAIXA & MUSSEQUE’ (contos) - Edições 70, Lisboa 1980; 
- ‘A CASA DE MÃEZINHA - Cinco histórias incompletas de mulheres’ (Novela) - Edição Ulmeiro, Lisboa 1980; 
- ‘LIÇÃO DE COISAS’ (poesia) - Edição Ulmeiro, Lisboa 1980; 
- ‘NUNCA É VELHA A ESPERANÇA’ (poesia) - Edição Ulmeiro, Lisboa 1980; 
- ‘CHÃO DE EXÍLIO’ (poesia) - África Editora, Lisboa 1980; 
- ‘POEMAS DE CIRCUNSTÂNCIA (1949-1969)’ - Editorial Nzila, Luanda 2003; 



Do ÍNDICE: 

Dedicatória 

‘Em voz alta em manhãs ensolaradas’
PREFÁCIO, de Manuel Dionísio 

1949 
- Desejo de partir; - Qual o caminho?; - Estudante; - Primeira descoberta; - Contigo 

1950 
- Poema do capinador; 

1951 
- Batuque na noite; - Sem forças; - Mulher, mulher!; - Ambiente; - E de ali em dia; - Poema; - Dois olhos; - Contratados à volta da fogueira; - Um canto para vós; - Poetas de Angola; - Umbigo; 

1952 
- Carta a um desconhecido; - Programa; - Exílio; - A minha canção; - Cipaio; - Insónia; - O menino piegas;- Egocentrismo; - Voz; - Ando à noite, só e desesperado; - Na forja; - Musseque; - Despedida da infância; - Índice de mortalidade; - Algures no mundo luta-se; - Botequim & cubata (sem retoques...); - Há em mim um poema; - Respiração suspensa; - Quadro; - Encontro de acaso; - Pedido; - Hoje ao sair de casa; - Quando morrer; - Tão simples; - Raiva; - Mistérios; - Contradições; - Convite à revolta; - Busca; 

1953 
- Tragicomédia; - Orgulho de poeta; - Viagem; - Círculo vicioso; - Esperança sempre adiada; - Noiva- morte; - Algures no mundo, soldado, à força, condecorado; - Poema incontido; - Mulata; - Simplesmente; - O poema que te não sei fazer; - Desejo; - Troca; - Também tu; - Íman; - Acrobacia; - Síntese;- Universalidade; - Cordão umbilical; - Composição química; - Uma janela; - Relatividade; - Sina de caminhante; - Sanguínea; - Concretissimamente; 

1954 
- Procura; - Curta metragem da infância; - Derrota; - Fazer contas à vida; - Deserto; - O gesto que falta; - Cortina de capim; - Poema das horas contadas; - Quando descobrires um dia; - Basta; - Resistência; - Crónica; - Diálogo; - Olhos azuis; - Este amargo gosto de viver; - Ao amigo que morreu antes do combate; - Rua asfaltada; - Mais um poema desta hora; - É preciso avançar; - Da esperança; - Sina de cantar; - Eu queria fazer o poema; - Desafio ao guardador de rebanhos; - Aqui estou; - Autocrítica; - Pergunta (sempre actual...) ao leitor (para ele decidir); - Covardia;- Verás ainda; - Lucidamente; - Noctívago; - Partida; - Turbulência; - Culto da personalidade; - Mais uma carta; - Ânsia da liberdade; - Evolução; - O meu cachimbo; - Olhar; - Romance; - Instante; - Oração só; 

1955 
- Mãe negra; - Ânsia; - Mulato corcunda; - Prisão; - Poema; - Conhecem ?; - Picassina; - Dedos; - Dilema; - Árvore abandonada à beira do caminho; - Fruto maduro; - Algumas quadras; - Desespero 
- Não há destino; - Há momentos; - Cartão-de-visita; - Delirium tremens; - Pobre poesia trivial; - Manhã cedo; - Insatisfação; - Se me abrissem o peito; - Resumo político; - É inútil chorar - Estrela subversiva; - Destino de cantar; - Epitáfio; - Está paz apodrecida; - Se; - Contra relógio; - A árvore cúmplice; - Simplicidade; - Quase colapso; - Se em vez de versos; - Quotidiano; - Página de um diário; - Explosão atómica; - Pré-romance; - Novas descobertas; - Poeta: este inútil; - Ainda não fiz o poema de amor; 

1956 
- Um poema das horas; - Uma outra hora; - Consciência; - Certo e seguro; - A cidade adormecida e o poeta de vigia; 

1957 
- Programa quotidiano; - Empregado bancário; - Beco sem saída - Compromisso; - Exortação; - Um sol novo; - É preciso construir um mundo melhor - Poema; - Busca; - Anónimo poema; - Lição de moral - Geografia; - Quilombo dos dembos; - Introspecção; - Poema de esperança; - Fascismo-colonial; - Estação das chuvas; - Sol maduro; - No mais fundo das coisas; - Poemas com sol; - Poema; - Raízes; - Lembranças a vários tempos; - Meu quarto de estudo; - Um céu diferente; - Cristão de-mesa-farta; - Perdição; - E os rostos fechados; - Bebedeira; 

1958 
- Poema planfetário; - Antipoema de amor; - O teu sorriso; - Sonâmbulo; - Saudade é onça; - Árvore subversiva; - Suicídio falhado; - Sarita; - Menina à janela; - Poemas das horas mortas; - Poema do cipaio; - Poema de carregador; - Diálogo com Paul Eluard; - O amanhã será nosso; - Poema; 

1959 
- Poema para a companheira 

1960 
- Poema; - Árvore de frutos; - Poema; - Mercado de Xamavo; - Trabalhador dos Dembos 
- Comboio de Malanje; - Alienação; - Um dia; - Conquista; - Desânimo; - Pela calçada da Maria da Fonte; - São Paulo; 


Preço: 47,50€; 

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