segunda-feira, 30 de abril de 2018

África & Descolonização - ‘MOÇAMBIQUE - 7 DE SETEMBRO’, de Clotilde Mesquitela - Lisboa 2014 - RARO;


 










 




Portugal & Descolonização - Os acontecimentos ocorridos em Lourenço Marques, a capital da então província ultramarina portuguesa de Moçambique e no restante território, de contestação da política revolucionária do governo de Lisboa e de contestação da entrega do poder à marxista FRELIMO após os Acordos de Lusaka, por quem os viveu intensamente 


‘MOÇAMBIQUE - 7 DE SETEMBRO’ - 2.a Edição 
De Clotilde Mesquitela 
Branco Editores 
Lisboa 2014 


Livro com 270 páginas, ilustrado com fotografias e documentos e em muito bom estado. Novo. Excelente. 
De muito difícil localização. 
RARO.



Do PREFÁCIO: 
“A reacção política, em Moçambique, na qual os Mesquitelas tomaram parte histórica, esteve mais de acordo com o que depois se chamou ‘nação arco-íris’, do que com o resultado final inevitável da queda do governo. As memórias de Tildica não são o texto de uma escritora, são o testemunho do quarto império que Portugal teve, o das mulheres que foram, frequentemente, viúvas de homens vivos por causa da partida dos jovens pelos mares nunca dantes  navegados, e ficaram com a responsabilidade de dirigir a sociedade civil, e depois, nas colónias de povoamento europeu, foram a mão forte que acompanhou os homens da família, na terra que era onde tencionavam viver e morrer, independentemente das mudanças de regime, a terra que esperavam que fosse a de seus filhos e netos, sem que a política quebrasse o aprofundamento dos afectos que servem de cimento às comunidades de composição múltipla conduzida pela história.“ 
Adriano Moreira 


Da contracapa: 
“Os dias e as noites iam se passando, sempre com atos de heroísmo e determinação no sentido de ninguém abandonar o seu posto.

O estar nas ruas, nas antenas cercando com a massa humana os pontos vitais, era para mim o pior de todos os lugares. Essas pessoas é que foram os heróis da revolução, aqueles que esperavam nada poderem fazer. 

A vida tem seus caminhos, é preciso escolher o nosso, de norte a sul todos queríamos estar no certo. O que tínhamos escolhido era o da dignidade de um povo, que não podendo ser português, queria apenas a liberdade de escolher o seu destino. O que sempre me espantou foi a forma como todos estávamos unidos. Era o Hino Nacional que se continuava a cantar, era a Bandeira Nacional que continuava hasteada na mão de milhares de pessoas, mesmo quando todos já queríamos um Moçambique Livre e Independente. 

Ainda hoje me orgulho de ter-me revoltado contra Portugal continental. Foi o maior momento de patriotismo que jamais foi dado poder viver-se. 

Moçambique estava a ser extraordinário ao levantar-se contra a decisão da metrópole, de entregar Moçambique e o Ultramar aos comunistas.“ 
Clotilde Mesquitela 


A AUTORA: 
“CLOTILDE MESQUITELA nascida em Moura (Alentejo), em 19 de Abril de 1924, mudou-se para Moçambique (Beira), em 1954, já com quatro filhos nascidos em Lisboa. Em Moçambique, nasceram-lhe mais cinco dos seus nove filhos.

Católica, atenta, política, respondeu ao chamado cívico aquando do início da guerra em Moçambique e tornou-se Presidente do Movimento Nacional Feminino naquela província, tendo conquistado o respeito das altas patentes militares pelo trabalho extraordinário que desenvolveu em prol dos soldados e dos seus familiares. 

Este trabalho foi reconhecido pelo Estado Português, tendo-lhe sido concedida a Comenda da Ordem da Benemerência.

Paralelamente era também obreira das ‘Vicentinas’, tendo presidido os trabalhos na Matola, onde vivia. 

Seu marido, Gonçalo Mesquitela, era advogado, muitos anos presidente da União Nacional em Moçambique, deputado por Moçambique à Assembleia Nacional, e membro do Conselho Ultramarino. 

Viveu assim cercada pela política e sempre acompanhou de perto os factos mais marcantes da história nacional. 

Após o 7 de Setembro teve que fugir com a família para a África do Sul, e em Janeiro de 1975 radicou-se no Brasil. 

Nunca mais regressou a Portugal que tanto amou, tendo falecido em Teresópolis em Janeiro de 2005.“ 



Do ÍNDICE: 

PREFÁCIO 
Apresentação 
Palavras prévias 

CAPÍTULO I 
1. - Moçambique - 25 de Abril de 1974 
2. - Lisboa - 25 de Abril de 1974 
3. - Regresso a casa 
4. - Moçambique. A criação do caos nas estruturas 
5. - As primeiras reacções 
6. - Esperanças infundadas em Spínola e Costa Gomes 
7. - Contradições constantes 
8. - PIDE salvo por Almeida Santos. Morte de São José Lopes. Prisão de elementos da DGS
9. - Pulverização da confiança no governo de Lisboa. Derradeiras tentativas 
10. - Desinformação e reacção 
11. - Novas garantias dadas por Spínola 
12. - Início do êxodo 
13. - O princípio da violência. Os novos partidos em Moçambique 
14. - Banco Nacional Ultramarino e a morte de Avelino Dantas 
15. - Greves e paralisações 
16. - Cai a máscara da autodeterminação. Jorge Jardim. Soares de Mello diz-se traído. A dissolução da confiança 
17. - Aumenta o caos. Os exames lectivos. A infâmia de Omar 
18. - E depois Chazica 
19. - Contactos directos com Spínola. A sua frese geradora do Sete de Setembro 
20. - Confusões de Lusaka e Costa Gomes 
21. - António Enes. as Forças Armadas passivas perante o terror 
22. - A passividade militar como regra. Morte do Major Morais. Incidentes na Maragra (Manhiça) 
23. - Grande reunião política na Beira, o Partido de Coligação Nacional 
24. - A Igreja Católica e a FRELIMO 
25. - A verdadeira face da Lei 6/74 
26. - A fraqueza política da FRELIMO em Moçambique. A sua impossibilidade de encarar nas urnas o PCN. A verdadeira razão da traição de Lusaka 
27. - Dom Custódio Alvim Pereira, o último Bispo católico português de Moçambique 
28. - Os comícios permanentes do Estádio Salazar. Requiem por Moçambique 

CAPÍTULO II 
O SETE DE SETEMBRO - ‘AQUI MOÇAMBIQUE LIVRE’ 
1. - Sexta-feira e sábado, 6 e 7 de Setembro - ocupação do Rádio Clube 
2. - Aqui Moçambique Livre 
3. - Domingo, 8
4. - Segunda-feira, 9 
5. - Terça-feira, 10 

CAPÍTULO III 
DA RENDIÇÃO AO EXÍLIO 
Notas esclarecedoras sobre algumas pessoas e organizações referidas no texto 
A) - Pessoas 
- Eng. Pimentel dos Santos; - Eng. Fernando Santos e Castro; - Baltazar Rebelo de Sousa; - Veiga Simão; - Pedro Pinto; - João de Villalobos; - António Mourão; - Major Marinho Falcão; - António de Almeida Santos; - Assahel Jonassan Mazula; - Capitão Luís Fernandes; - Cunha Tavares; - Padre Mateus Guangwere; - Miguel Murrupa; - Jorge Jardim; - Canha e Sá; - Soares de Melo; - Domingos Arouca; - António Pires de Carvalho; - Dr. Lúcio Pereira Sirgalho; - Vasco Ferreira Pinto; - António Vaz; - Vasco Cardiga; - Jorge Abreu; - Joana Simeão; - Dr. Máximo Dias; - Mahomed Aniff; - Areosa Pena; - Coronel Sousa Meneses; - Manuel Pires Moreira; - Isaías Tembe; - Ricardo Saavedra; - Comandante Daniel Roxo; - Paulo Gumane; - Uria Simango; - Orlando Barbosa; - Carlos Vasconcelos Porto; - Maria Helena Teixeira Lopes; - Gonçalo Mesquitela; 
B) - ORGANIZAÇÕES MILITARES E MILITARIZADAS 
- Comandos 
- GEP (Grupos Especiais de Pára-quedistas) 
- GE (Grupos Especiais) 
C) - Movimentos universitários 
D) - Partidos Políticos de Moçambique 

ANEXOS 
Notas de Anexo 
I ) - Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) 
II ) - Intervenção do Dr. Gonçalo Mesquitela na Assembleia Nacional - 1 de Fevereiro de 1974 
Como deputado por Moçambique 
III ) - FICO 
IV ) - Partido da Coligação Nacional (PCN) 
V ) - Dragões da Morte de Moçambique 
VI ) - Testo dos Acordos de Lusaka 


Preço:  45,00€; 

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