Revista ‘TEMPO’, n. 234, de 23 de Março de 1975
‘A FRELIMO NA CHINA’ e ‘A VOZ DOS TRAIDORES EM MACHINGWEA’
Edição sem grelha dos jornalistas e da sua chefia
Insere um suplemento dedicado à visita de Samora Maciel à China.
Lourenço Marques 1975
Revista com 64 páginas, muito ilustrado e em muito bom estado de conservação. Excelente.
De muito, muito difícil localização.
MUITO, MUITO RARA.
A voz dos traidores em Nachingwea
- “TENHO MUITO SANGUE A PESAR SOBRE A MINHA CABEÇA”
Declarações de Lázaro Kavandame
NOTA DA REDACÇÃO:
“(..)
É o que fez, por exemplo, Urias Simango que se encontra no Centro Político-Militar de Nachingwea. Com ele, cerca de três centenas de outros tantos traidores do Povo moçambicano, entre os quais reaccionários como Basílio Banda, Rafael Mazula, Gumane, Verónica e quejandos. Também ali se pode encontrar o homem que, na província de Cabo Delgado, ludibriou o povo, fazendo-se-lhe ‘líder’, mas não sem que acabasse por lhe varrer das mãos os produtos das machambas, que tanto sacrifício obrigavam! Esse homem ninguém o ignora, pois se trata de Lázaro Kavandame que, desmascarado e mais tarde desertado, em 1969, contentou-se em ser exibido publicamente pelas autoridades coloniais em Moçambique como em Portugal, prestando-se até a saracotear-se diante de operadores de televisão especialmente ‘importados’ da Rodésia.
Os traidores, na presença de muitos guerrilheiros da FRELIMO, de elementos do povo tanzaniano (entre os quais figuravam jornalistas), propositadamente deslocados a Nachingwea, onde também se encontravam os camaradas Presidente e Vice-presidente da Frente de Libertação de Moçambique, respectivamente Samora Moisés Machel e Marcelino dos Santos, fizeram recentemente uma autocrítica aberta, confessando minuciosamente os crimes cometidos, desde a criação de confusão no seio da FRELIMO, assassinato do seu primeiro Presidente, Eduardo Mondlane, colaboração com a PIDE, até à participação activa no malogrado ‘7 de Setembro’, o qual visava não permitir que a FRELIMO assumisse o poder e procurava impedir que o poder popular se estendesse a todo o país.
Samora Machel acentuou bem que eles, os traidores, não vão ser fuzilados, como facilmente se podia pensar. Mas asseverou que, como qualquer reaccionário serão sempre considerados inimigos directos do povo moçambicano, pois que contribuíram decisivamente para que imenso sangue fosse inutilmente vertido. A autocrítica, contudo, não deixa de ser aceite. Essa aceitação, bem entendido, só pode significar o seu engajamento total nas tarefas da Reconstrução Nacional, participando resolutamente na produção e, lado a lado com o povo, contribuir para que o caminho para a libertação total seja cada vez mais curto.”
Temas em destaque:
- ‘A FRELIMO NA CHINA’ - ‘REPÚBLICA POPULAR DA CHINA - A terra e o Povo’
Reportagem especial e suplemento da autoria de Albino Magaia (texto) e Ricardo Rangel (fotos).
A chegada à República Popular da China
Que íamos fazer à China?
O calor de um povo
Quilómetros de gente
Aspectos exteriores
A pirâmide de comendo
A voz dos traidores em Nachingwea
- “TENHO MUITO SANGUE A PESAR SOBRE A MINHA CABEÇA”
Declarações de Lázaro Kavandame
Mercenários em Moçambique
Confissões de outros traidores
- NOTA DA REDACÇÃO
- ‘MARCELINO DOS SANTOS FALA AOS ESTUDANTES’
- ‘FILMES: 36 MIL CONTOS DE DIVISAS’
Reportagem de Alves Gomes (texto) e Kok Nam (fotos)
Dupla táctica dos racistas
- ‘COBARDE ASSASSINATO DE DIRIGENTE DO ZIMBABUÉ’ - Herbert Chitepo
- ‘COMO O IMPERIALISMO EXPLORA OS POVOS DA ÁFRICA DO SUL E RODÉSIA’
- ‘APARTHEID: EFICAZ ARMA AO SERVIÇO DO SISTEMA’
Alteração parlamentar: a via impossível
Armamento imperialista na defesa do sistema opressor
‘Apartheid’: arma arma estatal
Multinacionais: forma económica do imperialismo
- ‘ECONÓMICA, POLÍTICA E MILITARMENTE A RODÉSIA É A SEXTA PROVÍNCIA DA REPÚBLICA DA ÁFRICA DO SUL’
- ‘REBELIÃO ARMADA: ÚNICA VIA POSSÍVEL DE LIBERTAÇÃO DESSES PAÍSES IRMÃOS’
Quem defende a libertação do Povo do Zimbabwe...
Quem o oprime...
E quem o explora...
Apoio militar de Pretória a Smith
África do Sul
- ‘A VERDADEIRA FACE DOS ‘CAMPOS DE REFUGIADOS’ “
Encerrados no interior de verdadeiros de Campos de concentração aqueles que procuram ‘liberdade e segurança’
O Campo Cullinan
Exploração do homem pelo homem
Campos de miséria
Exploração, opressão, repressão. O dia a dia dos ‘Campos de Refugiados’
Preço: 45,00€;
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