terça-feira, 9 de janeiro de 2018

Portugal & Estado Novo - ‘EU ROUBEI O SANTA MARIA’, de Jorge Soutomaior - Lisboa 2010 - Muito Raro;








Portugal & Estado Novo - A versão do líder dos galegos que formaram o comando que no dia 22 de Janeiro de 1961, tomaram de assalto o navio ‘Santa Maria’, em conjunto com Henrique Galvão, diferente daquela que o capitão português sempre relatou 


‘EU ROUBEI O SANTA MARIA’ 
De Jorge Soutomaior 
Tradução de José António Barreiros 
Edição Labirinto de Letras 
Lisboa 2010 


Livro com 346 páginas, ilustrado e em muito bom estado de conservação. Como novo. Excelente. 
De muito difícil localização. 
Muito Raro.
 

Da Apresentação: 
“É conhecida a versão de Henrique Galvão no livro que dedicou ao assunto da tomada do ‘Santa Maria’. No essencial trata-se da sua própria glorificação, com o quase apagamento dos companheiros galegos, que foram peça essencial na operação. 

Comparando esta visão das coisas com aquela outra que o leitor encontrará neste livro há um mundo de diferenças que emerge. 

Tal como Delgado, Galvão havia sido um alto quadro do regime salazarista até à sua ruptura com o 28 de Maio. Os seus detractores considerávamo-nos ‘fascistas dissidentes’. Ao contrário, os galegos tinham nas suas biografias um historial de acção revolucionária na barricada da esquerda insurreccional. 

Livro controverso, o presente foi ignorado em Portugal, talvez por pôr em causa algumas conveniências económicas com a verdade. 

Encontrei este livro por mero acaso há uns anos e traduzi-o agora, oferecendo-o aos leitores para que, doravante, não seja possível dizer-se que não se sabia destas coisas, ignorando-as.“ 
José António Barreiros 


Da contracapa: 
“No dia 22 de Janeiro de 1961 o paquete de luxo ‘Santa Maria’, da Companhia Nacional de Navegação, com cerca de mil pessoas a bordo, foi tomado por um comando revolucionário de 24 homens, que integravam o DRIL. Na fundação do movimento esteve, do lado português, o general Humberto Delgado, a vertente galega foi representada por José Velo Mosquera. 

No DRIL integraram-se duas figuras que, com Velo, viriam a ser os responsáveis pela captura do navio que, uma vez tomado de assalto, foi crismado como ‘Santa Liberdade’: o capitão português Henrique Galvão e o comandante galego José Fernández Vasquez, este conhecido pelo seu nome de guerra ‘Jorge Soutomaior’, com o qual assina esta obra. 

Conhece-se a versão de Henrique Galvão. 

Este livro mostra o outro lado da História. Contada por quem considera Galvão um traidor, por quem concebeu jogá-lo e ao General Delgado pela borda fora. Por quem negociou a compra de vedetas torpedeiras para meter a fundo o navio ‘Vera Cruz’ o qual transportaria  tropas para a guerra colonial que se iniciara em Luanda quando o assalto ao ‘Santa Maria’ terminou, a 4 de Fevereiro e por causa disso.“ 


O AUTOR: 
“JORGE SOUTOMAIOR 
Chama-se JOSÉ HERNÁNDEZ VASQUEZ. Nasceu na Galiza a 22 de Maio de 1904. Militar, dedicou a sua vida a causas revolucionárias. Comunista, abandonaria mais tarde o Partido, mantendo-se até ao fim na esquerda revolucionária. 

Aderiu ao DRIL, o Movimento Ibérico de Libertação, criado em 1959 na Venezuela, para combater as ditaduras de Franco e Salazar. 

Foi o professor José Velo, um ideólogo da luta pela independência galega, quem o alcunhou de ‘JORGE SOUTOMAIOR’, nome de guerra com que assina este relato. 

O presente livro foi escrito com base na sua participação, de armas na mão, no assalto ao navio ‘Santa Maria’. Comandava o lado operacional, assim como o capitão Henrique Galvão a vertente política. 

Narrativa real dos acontecimentos, esta mostra as contradições internas do feito, bem como as contradições da política internacional em torno de um episódio histórico, que Salazar pretendeu, em vão, fosse tomado como um acto de pirataria, mas que a intermediação norte-americana tonaria uma beligerância legítima, concedendo-lhes o Brasil, no final, asilo político. 

Morreu na Venezuela em 1986.“ 



Do ÍNDICE: 

Apresentação da edição portuguesa 
PRÓLOGO 
INTRODUÇÃO 


I. O ASSALTO 

II. NA GÉNESE DE ALGO 
- Umas mãos que tremem e o destino de Franco 
- Galvão 
- ‘Plano Santa Maria’ chamado ‘OPERAÇÃO DULCINEIA’ 
- Menoyo, Rojas e o ELE 
- Galvão derrota-nos 
- Galvão, com as suas manhas, derrota-nós outra vez 
- Galvão concebe uma das suas ideias rocambolescas 

III. INTERCEPTEM O SANTA MARIA 
- Que fazer com os feridos ? 
- Ratoeira táctica 

IV. PERDIDOS NO ATLÂNTICO 
- A ordem de um bárbaro 
- Tentativa de comunicar com Sékou Touré e Nkrumah 
- Melhorias a bordo 
- Localizados por um avião norte-americano 
- ‘Santa Liberdade’ 
- O ‘Santa Liberdade’ desaparece de novo 
- Outra cilada de Galvão 
- Começa a reunião 
- Outra vez os aviões 
- A entrevista com os Yankees 
- Ao redor de uma mesa lacada 
- O Almirante mudou de assunto 
- A conferência de imprensa 
- A festa de despedida 
- Na Costa de Pernambuco 
- Com as autoridades brasileiras 
- Que fazer? 
- O protesto dos tripulantes 
- A visita do General Humberto Delgado 
- Entrada no Porto 
- Ficámos sozinhos 
- No silêncio da manhã 
- Acto III, quadro final 

V. SEM DINHEIRO, SEM CASA E SEM BARCO
- O ‘Vera Cruz’ 
- A primeira provocação 
- Mudança para o Rio de Janeiro 
- África e nós a última manobra de Galvão 
- O escândalo da película 
- A última ocasião para subverter o ‘Estado Novo’ 
- A reunião 
- A manobra sai mal e a contradição impõe-se 
- Galvão e Delgado rompem a sua aliança política 


Preço: 37,50€; 

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