sábado, 15 de dezembro de 2012

Angola & Guerra colonial - 'TERRA EM FOGO', de Flávio Capuleto - Lisboa 1979 - MUITO RARO;



Angola & Guerra colonial - Romance autobiográfico localizado na guerra em África


'TERRA EM FOGO'
De Flávio Capuleto
Edição do Autor
Lisboa 1979


Livro com 260 páginas, ilustrado e em muito bom estado de conservação. Excelente. 
De muito difícil localização.
MUITO RARO. 


Uma caracterização e um relato da vida urbana dos nativos angolanos e da guerra colonial nas vivências inter-raciais no final do período colonial, num relato que reflecte a experiência do autor enquanto militar do exército português na antiga colónia de Angola.


Dedicatória:
"- Aos nativos dos musseques de Luanda onde, durante dois anos, conheci uma servidão de séculos - servidão que continua com o neocolonialismo e o imperialismo estrageiro;
- Às gentes humildes e martirizadas de Angola para quem a liberdade não passou ainda de um fantasma."



Da contra-capa:
"A vida no bairro da Samba não era fácil. A maioria dos homens que ali moravam trabalhava em empregos duros, alguns no porto de Luanda, carregando e descarregando barcos enormes, outros no saneamento das ruas abrindo valas e em ofícios mal remunerados: varredor, servente, porteiro.
Negras iam ao mercado de S. Paulo vender peixe seco, mandioca, abacaxi, negras capinavam, lavavam roupa, negras eram criadas para todo o serviço em vivendas importantes de bairros sumptuosos.
Muitos rapazes da sua idade trabalhavam também. Eram paquetes, ardinas ou iam servir nas casas dos magnatas europeus. Os que ficavam de fora espalhavam-se no morro, em lutas, jogos, proezas. Esses eram ao mais novos. Mas o destino estava-lhes marcado: cresceriam até mostrarem físico e iriam para a roça até ficarem esgotados de trabalho, ou ganhariam a vida nas empresas. E ficavam submissos porque desde há muitos anos assim vinha acontecendo: os meninos dos bairros chiques iam estudar no Liceu e nas universidades da metrópole, seriam doutores de leis, médicos, engenheiros, empresários, magnatas, homens de nome. E eles, pretos, que viviam em bairros miseráveis, chafurdando na lama, iam ser os lacaios destes homens. Para isso é que existia o muceque e os seus habitantes. Lição que o negro Luandino aprendeu cedo. Como nas vivendas coloniais havia a tradição de homem notável, médico famoso, advogado de sucesso, orador distinto e político de carreira, no muceque havia a tradição da submissão ao senhor branco..."




Do ÍNDICE: 

- Noites de magia 
- O feiticeiro 
- A cidade 
- Quadrilha 
- A roça 
- Revolta 
- Fuga 
- Os guerrilheiros 
- O êxodo 
- Campos de algodão 
- O 25 de Abril 



Preço: 32,50€

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