Portugal - Guiné & Guerra do Ultramar - A guerra aérea da FAP nos derradeiros anos do conflito nesta antiga província ultramarina portuguesa, quando a guerrilha do PAIGC passou a estar mais preparada e armada para combater a aviação portuguesa e relatada por um dos pilotos que a viveu intensamente
‘A BATALHA DO QUITAFINE’
A contraguerrilha antiaérea na Guiné e a fantasia das áreas libertadas
De José Francisco Nico
Edição do Autor
Lisboa 2020
Livro com 384 páginas, muito ilustrado (88 fotografias e 42 mapas e infografias) e em muito bom estado de conservação. Novo. Excelente.
De muito difícil localização. Edição de autor com tiragem única de 500 exemplares.
Muito Raro.
Da contracapa:
“Cumpri inúmeras missões durante a minha carreira na Força Aérea Portuguesa. A comissão de serviço na Guiné, porém, sobrepôs-se a qualquer das outras e marcou-me indelevelmente para o resto da vida. A mim e, certamente, a todos que de algum modo partilharam a mesma experiência.
Recordo momentos intensos e decisivos desse período, mas é sobretudo do combate à estratégia das ‘áreas libertadas’, fomentando, dinamizado é apoiado pelo Comité de Descolonização da ONU, materializado no conflito pelo dispositivo de artilharia antiaérea do PAIGC, ou de acontecimentos relacionados, que está narrativa vivida na primeira pessoa desvenda.“
Da badana:
“Este livro é o resultado de uma longa pesquisa sobre a operação da Força Aérea Portuguesa na Guiné, no período entre Outubro de 1967 e Janeiro de 1970, em cumprimento de um objectivo claro que foi neutralizar a tentativa de certificação política de uma ‘área libertada’, pela Organização das Nações Unidas (ONU) e Sistema Adversário, através do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
Nessa confrontação quando ao exercício da soberania na área, o grupo insurgente, reforçado com militares cubanos, recorreu à artilharia antiaérea convencional para negar o acesso da Força Aérea ao respectivo espaço aéreo. Trata-se, por esta razão, de um documento de cariz histórico-político-militar.
Para as forças portuguesas foi um empreendimento que teve como actores principais o reduzido grupo de Peixotos, pessoal de manutenção e apoio e os aviões, Fiat G-91/RA, atribuídos à Esquadra 121 do Grupo Operacional 1201, na Base Aérea n. 12, em Bissalanca.
Como acção de combate conquistou um espaço na memória da ainda curta vida da Força Aérea Portuguesa, em que a sua razão de ser como componente da defesa militar se justificou plenamente, sendo aqui testemunhada nos momentos mais significativos desse esforço para suster o inimigo com que o Sistema Adversário nos presenteou durante a guerra no Ultramar português.“
O Autor:
“O tenente general piloto aviador JOSÉ FRANCISCO FERNANDES NICO na situação de reforma, nasceu em 1942 em Lagos, foi incorporado em 1960 e iniciou a sua carreira como piloto de aviões de caça.
Entre 1967 e 1970 cumpriu uma comissão de serviço na Guiné. Desempenhou posteriormente funções como piloto instrutor, comandante de esquadra, comandante de grupo operacional e 2.* comandante de base aérea.
No posto de coronel desempenhou funções relacionadas com a segurança e defesa das unidades-base, foi Director das Operações Aéreas no Comando Operacional da Força Aérea (COFA) e Comandante da Base Aérea n. 6, no Montijo.
Como major-general foi Director da Instrução da Força Aérea e, em seguida, Chefe da Divisão de Planeamento Estratégico Militar do Estado Maior General das Forças Armadas (EMGFA).
Em Novembro de 1996 assumiu as funções de 2.* Comandante do COFA e de NATO COMPOAIR.
Promovido a tenente-general em 1998 foi nomeado Director do Instituto de Altos Estudos da Força Aérea. Entre dezembro de 1999 e Fevereiro de 2003 desempenhou o cargo de Comandante do COFA, em acumulação com funções NATO, designadamente SOUTHLANTAIR e Comandante do CAOC 10.
Exerceu o cargo de Vice-CEMFA até transitar para a situação de reserva, em Dezembro de 2003.
Dora da efectividade de serviço (reserva e reforma) e durante seis anos foi convidado para ‘Senior Mentor do NATO Command Tranaformation’ aconselhando os comandantes e staffs das NATO Response Forces (NRF) no planeamento e execução de operações aéreas em âmbito conjunto e combinado.
Durante a comissão Guiné, de 28SET1967 a 30ABR1970, como tenente e capitão, voou na Esquadra de Intervenção 121, foi Comandante da Esquadrilha de Transporte Ligeiro DO-27, Comandante da Esquadra de Apoio de Fogo T6-G e apontador de canhão no AL-III.
Voou 1582H30, em 31 meses de comissão, cumprindo 1.269 missões de combate, das quais 518 em G-91, 483 em DO-27, 187 em T6-G e 81 em AL-III.“
Do ÍNDICE:
Dedicatória
NOTA INTRODUTÓRIA
Lista de fotografias
Lista de Infografias e Mapas
Parte I. - CONTRAGUERRILHA ANTIAÉREA NA GUINÉ
- Confrontos de Assimetrias
Desequilíbrios versus desequilíbrios
Vantagens do PAIGC
Génese das guerras de libertação nos territórios ultramarinos
As assimetrias favoráveis ao PAIGC
- O Cripto Império dos ‘Cavalos de Tróia’
Portugueses aliados do inimigo sempre os houve e haverá
Oposição, uma aventura chique e romântica
A Nação não contava, o importante era o regime
Responsabilidade de ter feito muito melhor
- Primeiros Anos da Defesa Antiaérea do PAIGC
Um passado de conflitualidade
Primeiras baixas em voo
Conflitualidade endémica naquela área de África
Evolução da guerrilha antiaérea após 1964
- Guerrilha Antiaérea e o Know-how Cubano
Amílcar Cabral hipnotiza os cubanos
As DShK nas flagelações aos aquartelamentos
Assessoria antiaérea cubana no Quitafine
Obséquios e afectos em honra de um agressor
Parte II. - ESPECIFICIDADES DA CONTRAGUERRILHA ANTIAÉREA
- Detecção das Antiaéreas
Os pilotos raramente se apercebiam do fogo antiaéreo
Detecção das munições tracejantes
- Adversários Atípicos
Um espaço aéreo partilhado
- Eficácia do Poder Aéreo na Guiné
As diferentes formas de combater
A manutenção e prontidão das aeronaves
Limitações funcionais da Força Aérea
Descobrindo a guerrilha antiaérea
Parte III. - PRIMEIROS MESES DA BATALHA DO QUITAFINE
- Situação no Quitafine
Projecto da operação ‘Apocalipse’
A táctica antiaérea altera-se radicalmente
As antiaéreas fixas uma nova estratégia do PAIGC
Capacidade de Contraguerrilha antiaérea
Cassumba, Cassequelã, Dameol e Banir
- Acossando o Inimigo
Deram-nos uma missão
Alguma sorte num mar de contrariedades
PAIGC decide defender o terreno
“Sentados nos pelos do cú”
- Cassebeche, o Cavalo de Batalha
Construção dos primeiros espaldões no Cassebeche
As incursões nocturnas
Operação ‘Regar’ e ‘Prestígio’
Eclosão nas ‘Cuevas del Vasquez’
Parte IV. - MOMENTOS MARCANTES DA BATALHA DO QUITAFINE
- Uma Grande Surpresa
Uma organização do terreno notável
Operação ‘Martelada III’
O ataque de 7 de Março de 1968
O rosto do inimigo
- Operação ‘Tempestade Betelguese’
Heliassalto no Quitafine
A guerrilha evita o contacto, evade-se e dispersa
- Deixem-nos Engordar, Vamos apanhá-los à Mão
Ingredientes e contornos de uma decisão
Construindo mais uma estrada para a ‘Guiné Melhor’
Aterragem inopinada no Cassebecge
O Comandante do Grupo 1201 torce o nariz
- Operação ‘Vulcano’
O Comandante-Chefe à noite no Quitafine
Detalhes da Ópera ‘Vulcano’
A máquina aérea de contraguerrilha em acção
Ataque inicial e colocação da primeira vaga de assalto
O inimigo resiste e mantém a capacidade antiaérea
Avaliação da situação
A reacção do inimigo intensifica-se
Reconhecer o erro em prosseguir com a operação
Finalmente a decisão de retirar
- Ressaca e Lições da Operação ‘Vulcano’
Contabilização dos danos para ambos os lados
O que sobrou do dispositivo antiaéreo
Operação ‘Vulcano’ em retrospectiva
O ensaio prévio e as fragilidades do plano no presente
- O Final da Batalha do Quitafine
Derradeiras acções Contraguerrilha antiaérea
Operação ‘Cravo Azul’, um epitáfio
Parte V. - OUTRAS ACÇÕES ANTIAÉREAS DO PAIGC
- O Abate do Comandante do Grupo 1201
Reconhecimento visual ao corredor de Guileje
Um reconhecimento fotográfico que correu mal
Gandembel, um presente para o PAIGC
Afinal não era o inimigo, mas “à noite todos os gatos são pardos”
Reacção do Grupo Operacional
Briefing no COMCHEFE
A tese da armadilha e a manipulação da DGS pelo PAIGC
- Um Ataque com ‘Olhos Azuis’
Do ideal missionário à ajuda humanitária
A decisão
Era impossível falhar aquele alvo
Reconhecimento pós-ataque
Uma razão para o suicídio do PAIGC
- Último Suspiro da Artilharia Antiaérea do PAIGC
Canhões AA de 37 mm no corredor de Guileje
Operação ‘Pérola Azul’
A melhor arma dos G-91 Contraguerrilha
Parte VI. - EPÍLOGO
- Resiliência da Força e a Contribuição Vital do Poder Aéreo
- Defesa Antiaérea e Antiaérea Ofensiva
- A Guerrilha em Posições Fixas
- Os ‘Santuários’ do PAIGC mesmo ali ao lado
- Missões Assimétricas e a Declaração Unilateral de Independência
- Resultados da Batalha de Quitafine
- Benefícios da ‘Guerra de Libertação’
Abreviaturas e Soglas
Bibliografia
Índice remissivo
Preço: 52,50€;