segunda-feira, 22 de setembro de 2025

Portugal & Angola - ‘MEMÓRIAS DA GUERRA COLONIAL - Na Lunda da DIAMANG e dos Quiocos’, de Nuno Roque da Silveira - Lisboa 2024;








Portugal & Angola - Um extraordinário livro de memórias do autor, que relata a parte final da sua comissão militar na guerra do ultramar nesta antiga província ultramarina portuguesa, a relação com todos os elementos da sua companhia (oficias, sargentos e soldados), como viu as populações da Lunda nos seus aspectos genuínos e no dia-a-dia, cultura, arte e tradições, a riqueza diamantífera explorada pela DIAMANG, o turismo pelas terras do interior angolano com a publicação de cerca de três centenas de magníficas fotografias 


‘MEMÓRIAS DA GUERRA COLONIAL - Na Lunda da DIAMANG e dos Quiocos’ 
De Nuno Roque da Silveira 
Edição Colibri 
Lisboa 2024 


Livro com 532 páginas, profusamente ilustrado (cerca de 300 fotografias) e em muito bom estado de conservação. Novo. Excelente. 


Da contracapa:
“Ao falarmos sobre a situação no norte de Angola, que nesta altura é o principal teatro de guerra, e dizendo-lhe eu das dificuldades em conseguir desalojar e prender os elementos de uma guerrilha, até porque conhecem melhor o terreno e nele se escondem, disse-me convictamente: - Temos hoje em dia as possibilidades técnicas de traçar no terreno zonas de extermínio, nas quais sistematicamente se poderá fazer um desbaste de toda a vegetação. Isto levará a descobrir todos os terroristas nas matas, que deverão ser pura e simplesmente eliminados.“ 


Da badana: 
“Em 2007 ao dar à estampa as minhas memórias da estadia em Angola como combatente das tropas que para ali iam, prometi escrever sobre o que se passara na segunda parte dessa, como se dizia, missão de soberania, em local de descanso. Infelizmente passaram todos estes anos e penitencio-me por esta minha falta.

No decorrer da leitura das ‘memórias’ que aqui deixo, julgo transmitir a enorme riqueza que me foi oferecida com esta estadia em descanso militar na zona da Lunda dos Diamantes. Também me foi possível transmitir aos soldados mais próximos de mim a iniquidade da guerra em que fôramos obrigados a participar nos meses anteriores lá pelo Zemba, Mucondo, Maria Fernanda… passados todos estes anos, muitos de nós entenderam que da nossa parte, da nossa entrega, não houve resultados heróicos antes a necessidade de um esquecimento modesto e silencioso.“ 


O Autor: 
“NUNO ROQUE SILVEIRA nasceu na Chibia, Angola, em 1940. Fez os seus estudos primários e secundários em Lisboa, Barreiro, Algueirão e Lourenço Marques (hoje Maputo). Licenciado pela Universidade Técnica de Lisboa, ainda pensou voltar à sua terra e exercer a preparação obtida com estudos em Ciências Sociais e em Política Ultramarina, mas acabou por fazer uma pós-graduação em Administração Hospitalar; tendo cumprido a maior parte da sua vida profissional como administrador hospitalar. Anteriormente ainda tinha trabalhado numa forma alemã de Dusseldórfia, acompanhando jornalistas, escritores e cientistas alemães, suíços e austríacos em visitas pormenorizadas as todas as regiões das então colónias de Angola e Moçambique. 

Publicou nesta editora: 
- ‘UM OUTRO LADO DA GUERRA - Zemba, Angola (1963-1964)’; 
- ‘LOURENÇO MARQUES - Acerto de contas com o passado (1951-1965).
Desde 2007 faz trabalho de campo na Feira da Ladra.“ 



Do ÍNDICE: 

Dedicatória 
INTRODUÇÃO 

1. - DE ZEMBA PARA A LUNDA 
- Henrique de Carvalho / Lunda 

2. - LUXILO 

3. - UM OUTRO MUNDO SE DESVENDA 
- O memória 

4. - DESEMPENHO DE GUERRA EM SITUAÇÃO DE PAZ 

5. - QUE FAZIAM OS OFICIAIS. QUE FAZIAM OS SARGENTOS. QUE FAZIAM OS SOLDADOS 

6. - O NOSSO MÉDICO FALA-NOS E LEVA-NOS A ANDRADA 

7. - CONHECER A LUNDA DA DIAMANG 
- Muinda 

8. - O BEM-ESTAR NA LUNDA 
- Rodrigo 
- O senhor Nicolau 

9. - OS BAILES NA DIAMANG 
- A família Laranjeira 
- Relações dos nossos militares com os civis 

10. - VEM DO LADO DO ÍNDICO 
- Regresso à Lunda 
- Um pouco de turismo não faz mal a ninguém 
- Memórias de Zé do Telhado e da Rainha Ginga 
- Na morte de José de Freitas Vieira 

11. - A ENCOMENDA DO LEITÃO 
- Aproxima-se o Natal 
- Visita à Central de Escolha 

12. - O ASSIMILADO 
- Instrução primária 
- O ‘Odemira’ 

13. - NA MORTE DE HUMBERTO DELGADO 
- O ócio 
- … E vamos ter teatro 

14. - MARÇO E A DÁDIVA DE UM DIAMANTE 
- Os ovos da Páscoa 
- Infidelidade em tempo de guerra 

15. - O CANZAR EM PERSPECTIVA 
- De guerreiros passamos a senhores 
- Estaremos no Paraíso ? 
- Ida ao nordeste 
- Permanência no Canzar 

16. - TXONZA, O GRANDE ESCULTOR 
- O grande Soba Cassombo 
- O dia-a-dia no Canzar 
- A cega 

17. - BERNARDO ASPIRA A UM DIA SE CASAR 
- Férias e regresso 
- O Nabais Jorge apaixona-se 
- Protesto 
- Os ferreiros 
- Vem o enfermeiro branco que faltava 
- O Cacimbo e as chuvas 

18. - IDA AO LUSO 
- Tempos difíceis 
- O MPLA dá sinal de vida 
- Domingos no Canzar 

19. - MONUMENTAL ROUBO DE GALINHAS 
Desvario em Luanda ? 
- Convite para a Kapa 18 (k18) 
- Um cantineiro no Canzar 
- O Natal vai mesmo ser aqui 

20. - OS ADEUSES E PREPARATIVOS PARA A VIAGEM 
- Vamos mesmo partir 
- A viagem desejada 
- Estamos em Lisboa 

EPÍLOGO 


Preço: 

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Portugal & História - ‘TOMAR - TEMPOS E GENTES’, de João António Godinho Granada - Tomar 2012 - Muito Raro;









Portugal & História - A realidade de Tomar, das suas gentes e território na história nacional e regional, desde os tempos da reconquista e fundação à actualidade numa análise muito própria do autor que assume a sua genuína e orgulhosa descendência tomarense 


‘TOMAR - TEMPOS E GENTES’ 
De João António Godinho Granada (texto e fotografias) 
Edição Intermagia Comunicação, L.da 
Composição: jornal ‘O Templário’ 
Execução gráfica: ‘A Persistente’, Chamusca 
Tomar 2012 


Livro com 224 páginas, ilustrado e em muito bom estado de conservação. Excelente. 
De muito difícil localização. 
Muito Raro.


Da badana: 
“A civilização é uma crosta frágil construída a partir da personalidade de alguns para uso de todos sobre regras e convenções, preconceitos e artimanhas. No fundo, toda a existência repousa sobre duas dimensões: uma material centrada nas funções vitais primárias de comer, beber, procriar e vegetar e outra que separa os humanos dos brutos, de fundo espiritual, na arte como na literatura, na ciência como na filosofia, sem visar fins específicos, além do simples deleite de pensar. Raiz essencial de todos os avanços da humanidade.
A essência da vida ditou que todos os homens houvessem de ser úteis: uns mais que outros.“ 


O Autor: 
JOÃO ANTÓNIO GOSINHO GRANADA 
“Natural de Tomar, com instrução primária na escola de além da ponte, o secundário no Colégio de Nun’Álvares, serviço militar no Regimento de Infantaria 15, comissão militar em Moçambique, licenciado em Direito pela Universidade Clássica de Lisboa, pós graduado em Direito Comparado por Strasburgo. Exerceu advocacia independente em Lisboa.
Assumido pato-bravo. 
Ligado à Casa do Concelho de Tomar em Lisboa e Associação dos Antigos Alunos do CNA de Tomar. 
Fora de qualquer Academia ou Seita, não filiado em qualquer Partido Político, não titular de qualquer cargo público ou administrativo, não interessado em qualquer empresa ou negócio, não beneficiário de compadrio ou sinecura, considera-se detentor de liberdade e de credibilidade bastantes de apreciação e de pronúncia independentes.



Do ÍNDICE: 

PREFÁCIO 

- A Esquecida pré-nacionalidade Árabe 
- A Génese de Portugal Primeiro Nasceu Portugal 
- A Seguir, Nasceu Tomar, Povoado Templário 
- Os Forais de D. Gualdim Pais 
- Primeiro Foral de D. Gualdim Pais - 1162 
- Entre 1162 e 1174 
- Segundo Foral de D. Gualdim Pais - 1174 
- Após Afonso Henriques 
- Do Templo a Cristo As Providências de D. Dinis 
- O Foral de Tomar e a Trapalhada das Jugadas 
- O Drama Pessoal de D. Lopo Dias de Sousa 
- O Infante D. Henrique, Regedor e Administrador da Ordem de Cristo 
- Um Velho Costume 
- D. Duarte Morre em Tomar no Paço dos Estaus 
- Portugal Evolui Social e Culturalmente Tomar Também 
- Dos Vários Hospitais Dispersos ao Hospital de Nossa Senhora da Graça 
- Tomar no Século XV e XVI - O Rempo dos Senhores Reis, D. Manuel e D. João III 
- Frei João Claro, Tomarense, etc 
- De Tempos Faustos a Tempos de Crise 
- De Gil Vicente a Camões, Passando por Bernardino Ribeiro 
- Tomar - Os Filipes e a Restauração 
- Da Restauração ao Liberalismo 
- As Invasões Francesas 
- As Tribulações do Século XIX Português 
- A Guerra Civil de 1832 - 1834 
- A Batalha da Asseiceira - 16 de Maio de 1834 
- O Constitucionalismo Liberal 
- O Rotativismo Regeneradores e Progressistas o Racionalíssimo, o Espiritualismo e o Modernismo 
- Até ao Final do século XIX 
- Era Uma Vez Uma Roda no Rio 
- O Ultimato Britânico - 11 de Janeiro de 1890 
- O Acidentado Século XX 
- A Primeira República: 1910-1926 
- A Primeira Guerra Mundial: 1914-1918 
- A História de Uma Lage Sepulcral - 1924 
- A Segunda República: 1926-1974 
- A Segunda Guerra Mundial: 1939-1945 
- Outra Lage Sepulcral: 1947 
- A Terceira República: 1974-… ? - A Revolução de 15 de Abril de 1974 
- E Agora ? 
- Viver a Esperança 
- Tomar nas suas Personalidades e nas suas Instituições 
- Personalidades 
- Instituições 
- Pós Facio 

ANEXOS 
- Reis de Portugal 
- A República - Chefes de Estado 
- Ordem do Templo em Portugal - Mestres 
- Da Ordem de Cristo - Os Mestres: 1319-1321 

BIBLIOGRAFIA ESSENCIAL 


Preço: 52,50€; 

sexta-feira, 4 de julho de 2025

Cultura & História - ‘POVOS DE ÁFRICA’, de Leo Salvador e Arturo Arnau - Lisboa 2000 - MUITO RARO;







Cultura & História - Uma imprescindível e magnífica obra sobre o continente africano e os seus povos, a cultura, tradições, línguas, história e os países que o compõe, com excepcionais ilustrações, cerca de duas centenas…


‘POVOS DE ÁFRICA’ 
De Leo Salvador (texto) e Arturo Arnau (Ilustrações) 
Edição Editorial ALÉM-MAR 
Lisboa 2000 


Livro com 164 páginas, profusamente ilustrado (excepcionais desenhos) e em muito bom estado de conservação. Excelente. 
De muito difícil localização. 
MUITO RARO.


Da contracapa: 
“ ‘POVOS DE ÁFRICA’ 

Ao longo dos tempos, a África sempre exerceu grande fascínio, transformando-se em objecto de estudo para exploradores, geógrafos, comerciantes, aventureiros, missionários…, e tem sido um paraíso para os antropólogos. Este interesse ainda hoje perdura, embora nem sempre por motivações genuinamente humanas. 
A África continua, tal como no passado, conhecida por poucos e desconhecida por muitos, envolta num manto de mistério, embora tenha sido o berço da humanidade e seja a reserva espiritual de um mundo demasiado materialista. 
Todos os povos de África, com a sua visão positiva da vida, exuberantes e alegres, continuam a exercer fascínio e têm muito a oferecer a quem os quiser conhecer. Confiamos que a sua leitura mantenha e aumente o interesse dos leitores por tudo quanto é africano e, sobretudo, pela sua gente maravilhosa.“ 



Do ÍNDICE: 

Apresentação 
INTRODUÇÃO 
POVOS DE ÁFRICA 
Línguas de África 

- Os Pigmeus 
- Os Bosquimanos 
- Os Bambaras 
- Os Dogon 
- Os Haussas 
- Os Saras 
- Os Azande 
- Os Mangbetos 
- Os Ashanti 
- Os Bassari 
- Os Ewé 
- Os Iorubas 
- Os peul 
- Os Songhai 
- Os Tuaregues 
- Os Afar 
- Os Amharas 
- Os Oromos 
- Os Sidamos 
- Os Acholi 
- Os Dinka 
- Os Nubas 
- Os Tutsis-Hutus 
- Os Karimojong 
- Os Masai 
- Os Pokot 
- Os Turkanas 
- Os Fang 
- Os Kikuyus 
- Os Hereros 
- Os Macuas 
- Os Macondes 
- Os Ndebele 
- Os Xonas 
- Os Xosas 
- Os Zulus 
- Os Merinas 

Bandeiras 


Preço: 77,50€;  

segunda-feira, 9 de junho de 2025

Portugal & Guerra do Ultramar - ‘GUERRA E PAZ NO NORTE DE ANGOLA’, de Fernando Laidley - Lisboa 1997 - MUITO RARO;






Portugal & Guerra do Ultramar - Reportagem efetuada no ano de 1964, sobre os combates das tropas portuguesas com os guerrilheiros da UPA/ FNLA e MPLA no Norte de Angola, descrevendo os palcos de confrontação, as táticas de aproximação utilizadas, os nomes dos oficiais que conduziram as operações e os cercos efetuados aos acampamentos inimigos. Relato vital para a compreensão das dificuldades encontradas pelos militares portugueses que, pela sua precisão, foi retirada de circulação pelo Secretariado de Defesa Nacional quando colocada à venda ao público.



‘GUERRA E PAZ NO NORTE DE ANGOLA’ 
De Fernando Laidley 
Edição Publicações Quipu 
Lisboa 1997 


Livro com 
De muito difícil localização. 
MUITO RARO.


Nota do Autor: 



Do ÍNDICE: 



Preço: 

Portugal - Literatura & Ultramar - ‘RECORDAÇÕES - Contos’, de António Pinto Gamboa - Alcobaça 1992 - MUITO RARO;





Portugal - Literatura & Ultramar - 


‘RECORDAÇÕES - Contos’ 
De António Pinto Gamboa 
Capa e ilustrações de António Rosa 
Edição do Autor 
Alcobaça 1992 


Livro com 132 páginas, ilustrado e em muito bom estado de conservação. Excelente. 
De muito difícil localização. 
MUITO RARO.



Preço: 

sexta-feira, 6 de junho de 2025

África & História - ‘O CHEIRO DA CHUVA - Memórias de Moçambique’, de John Hewlett - Maputo 2014 - MUITO RARO;





África & História - 


‘O CHEIRO DA CHUVA - Memórias de Moçambique’ 
De John Hewlett 
Edição 
Maputo 2014 


Livro com 298 páginas, ilustrado e em bom estado de conservação.
De muito difícil localização. 
MUITO RARO.


Da dedicatória: 
‘O CHEIRO DA CHUVA - Memórias de Moçambique’, de John Hewlett - Maputo 2014 

“Esta é uma historia verdadeira. É a minha perspectiva acerca de muitos acontecimentos, perturbações e mudanças extraordinárias. É uma história africana de esperança.
Através destas lembranças, Morjolaine, a minha esposa, minha amante e amiga, é a presença constante que sempre esteve a meu lado.
O livro recorda um tempo das nossas vidas em Moçambique quando eu não guardava notas, por isso é tão exacto quanto a minha memória permite.
Escrevi-o para nossos netos na esperança de que a nossa pequena tribo consiga ter uma compreensão maior de uma vida africana num tempo de transição. 
Isto é para voces, William, Gisele e Adam, com o meu amor.”


Sobre o Livro: 
“Quis o destino que concluísse a leitura do livro ‘O CHEIRO DA CHUVA - Memórias de Moçambique’, aqui em Nairobi, onde me encontro desde a quarta-feira.

Uma história de um agrónomo e aviador que cresceu no Quénia colonial e veio a desempenhar um papel activo na política de Moçambique, enquanto estava à frente de um investimento estrangeiro da Lonrho neste país. Quase o mesmo que dizer Lomaco, quase o mesmo que Mocotex, também tem semelhanças com o chamar Plexus.

Tentei lê-lo na íntegra durante as últimas férias (Julho a princípios deste mês), mais precisamente em Mocímboa da Praia, mas colidi com novidades com as quais não concordava. Apenas pelas cores do livro. Uma capa que teria sido um pouco mais trabalhada esteticamente, mas quedou-se em tristes cores que, quiçá, melhor representam a paz de Moçambique.

Estava muito bem enganado. Esquecera-me que não se avalia o livro pela sua exterioridade, tal como, estando sabendo que, em muitos casos aquilo que cá fora nos parece feio, lá, é maravilha. Tem sido em quase tudo. A subjectividade não passa disso.

O autor é John Hewlett, que se mudou da Zâmbia para o nosso país, em 1985, onde nos conheceu melhor do que nós próprios, pois foi obrigado a lidar também com a Renamo, a quem assessorou e viabilizou alguns processos para que ela aceitasse transformar-se em partido político.

Interessante é quando o autor se recorda dos últimos dias antes da assinatura do cessar-fogo como quando diz que “à medida que se aproximava o dia 1 de Outubro a atmosfera era pesada. Dhlakama estava inquieto porque não via a sua mulher e a criança havia já algum tempo. Estavam em Lisboa sem dinheiro para vir a Roma. Informei Rowland e ele mandou buscá-los”.

O piloto não estava bem impressionado especialmente quando o bebé vomitou nos assentos. Mas o certo é que um dia depois a família estava reunida e esperava-se que isso tivesse trazido um ânimo que assegurasse um desfecho rápido. Enganados.

O autor, falando dos adiamentos sucessivos, diz que então “a Renamo insistia em certas alterações fundamentais para o processo eleitoral (...) a quinta-feira 1 de Outubro de 1992 veio e foi sem que a equipa da Renamo desse sinal. As mensagens da embaixada da África do Sul eram trocistas (...) um Chissano furioso chegou a declarar que foi quebrada uma promessa e isso vai ser lido nos livros de história”.

No dia seguinte “o pequeno-almoço foi servido no terraço do último andar. Ainda não tinha havido nenhum progresso e Rowland estava absolutamente farto. Quando a tarde do dia 3 de Outubro já estava no fim, setenta e duas horas depois do fecho do prazo da assinatura, tivemos mais notícias preocupantes. O presidente Quett Masire tinha compromissos anteriores em Nova Iorque e estava para partir”. O grupo zimbabwiano estava igualmente para partir, visto que a intenção de Masire tinha convencido Mugabe.

“Voltei à suite de Chissano para encontrar todos os chefes de Estado africanos cabisbaixos. Ninguém sabia o que tinha bloqueado a Renamo. Mugabe abana a cabeça, mas desiste da viagem. Tendo ganho mais uma noite fui descobrir o que os sul-africanos estavam a fazer. Pik Botha disse para nos juntarmos: a comida, o vinho e o wisky não faltavam”.

(...) faltava a mudança chave do texto, relacionada com as áreas ocupadas pela Renamo, pois as instituições do Estado estender-se-iam a elas, até que se chegou ao ponto em que oito membros, quatro da Renamo e quatro do governo, tratariam do relacionamento entre elas e o Ministério da Administração Estatal.

Representantes de vários países: o presidente Mugabe e Pik Botha sentaram-se à mesma mesa e do mesmo lado. A tensão subia enquanto se esperava pelos principais actores. Finalmente, às 11.00 horas em ponto do dia 4 de Outubro de 1992 consumava-se o acto. Era como se ninguém acreditasse realmente que tinha alguma probabilidade de funcionar.

De facto, aquilo que devia ser perene, sempre presente, a paz, só durou escassos 22 anos!”

Texto de Pedro Nacuo - ‘JORNAL DOMINGO’, Maputo - 28 de Agosto de 2016.



Preço: 

segunda-feira, 14 de abril de 2025

Portugal & Estado Novo - ‘OS PRESOS E AS PRISÕES POLÍTICAS EM ANGRA DO HEROÍSMO (1933 - 1943)’ - Lisboa 2022;

 



Portugal & Estado Novo - Estudo e resenha exaustiva das prisões políticas de Angra do Heroísmo (Açores) com a inclusão extraordinária da listagem nominal (identidade, naturalidade e historial) dos 645 presos que na década de 1933 - 43 ali foram encarcerados pelo regime 


‘OS PRESOS E AS PRISÕES POLÍTICAS EM ANGRA DO HEROÍSMO (1933 - 1943)’ 
Edição URAP (União de Resistentes Antifascistas Portugueses) 
Lisboa 2022


Livro com 352 páginas, ilustrado e em muito bom estado de conservação. Excelente. 


“O trabalho que agora se apresenta 
“OS PRESOS E AS PRISÕES POLÍTICAS DE ANGRA DO HEROÍSMO” 
contou com a consulta levada a cabo por vários activistas 
da URAP junto de entidades diversas, arquivos e instituições.
No tema ‘Depoimentos e Testemunhos de Resistentes Antifascistas’ 
são publicados extractos dos seus escritos ou depoimentos.“ 


Da contracapa: 
“Colecção PÁGINAS DE MEMÓRIA 

Este livro contas as histórias, a vida e o sofrimento de mais de 600 antifascistas, os quais, durante 10 longos anos (1933 / 1943), numa belíssima ilha do Arquipélago dos Açores, Terceira de seu nome, em Angra do Heroísmo, cidade de feitos libertários e Património Cultural, viveram tempos desumanos e cruéis nas prisões políticas da ilha: Fortaleza de São João Baptista e Forte de São Sebastião (Castelinho) e, dentro das suas muralhas, em masmorras sórdidas onde a barbárie habitava: poterna, furnas e calejão. 

Mais um livro que a URAP dá à estampa, a dizer-nos desse património único de coragem, de altruísmo e luta, da Memória perene de gerações que resistiram ao fascismo em nome dos mais dignos ideais humanistas, em nome do futuro.“



Do ÍNDICE: 

Dedicatória 
Agradecimentos 
A génese deste Livro
“OS PRESOS E AS PRISÕES POLÍTICAS EM ANGRA DO HEROÍSMO” 

INTRODUÇÃO 

AS PRISÕES POLÍTICAS DE ANGRA DO HEROÍSMO 
- Caracterização, contextualização histórica, localização 

A II GUERRA MUNDIAL, O FASCISMO LUSO E O NAZI-FASCISMO NA EUROPA 
- A construção do salazarismo 

DOS PRESOS POLÍTICOS E DAS LEVAS 

DAS PRISÕES, DAS REVOLTAS E DA GENTE COMUM QUE TENTAVA MUDAR DE VIDA E O PAÍS QUE HABITAVA 

A POLÍCIA POLÍTICA - ARBÍTRIO, VIOLÊNCIA, DESUMANIDADE 

DEPOIMENTOS E TESTEMUNHOS DE RESISTENTES ANTIFASCISTAS 

PRESOS POLÍTICOS QUE MORRERAM EM ANGRA DO HEROÍSMO 

AQUELES QUE LUTARAM E RESISTIRAM E Se foram da Lei da Morte libertando 

ANEXO DOCUMENTAL 
- Relatório da Viagem de Transporte “LOANDA” de Lisboa a São Vicente de Cabo Verde, conduzindo presos políticos 
- Relação, por ordem alfabética, de 645 presos políticos Localizados em Angra do Heroísmo (1933 - 1943) 

FONTES E BIBLIOGRAFIA 
- Fontes manuscritas 
Arquivo Nacional da Torre do Tombo 
Biblioteca e Arquivo Histórico da Marinha 
Fundação Mário Soares e Maria Barroso / António Gato Pinto 
Arquivo Histórico do PCP 
Arquivo URAP 
- Fontes impressas 
Periódicos 
Estudos, Memórias 
Outros recursos (sítios na internet, blogues) 


Preço: 37,50€; 

sexta-feira, 11 de abril de 2025

Portugal - Guerra do Ultramar & Independência - ‘CRÓNICAS DOS (DES)FEITOS DA GUINÉ’, de Francisco Henriques Silva - Coimbra 2012 - Raro;






Portugal - Guerra do Ultramar & Independência - 


‘CRÓNICAS DOS (DES)FEITOS DA GUINÉ’ 
De Francisco Henriques Silva 
Edição Almedina 
Coimbra 2012 


Livro com 558 páginas, ilustrado e em muito bom estado de conservação. Exc. 
De muito difícil localização. 
Raro.


Da contracapa: 
“O autor combateu na Guiné (1968-1970), onde foi depois embaixador (1997-1999) num momento de extrema convulsão, durante a guerra civil. O país conheceu a ocupação de forças estrangeiras, populações em fuga e Bissau transformada em carreira de tiro, sujeita ao fogo cruzado das forças leais ao presidente e respetivos aliados que se confrontavam com a Junta Militar do brigadeiro Mané, seu antigo companheiro de armas, que encabeçava um vasto movimento insurrecional. Tratou-se de um conflito truculento e dramático que cavou divisões que continuam a fraturar a sociedade local.”


O Autor: 
“FRANCISCO HENRIQUES DA SILVA, licenciado em História, foi alferes miliciano de infantaria na Guiné, de 1968 a 1970. Ingressou no serviço diplomático em 1975. Serviu nos EUA, França, Canadá e na Comissão Europeia, nesta última, na qualidade de perito nacional destacado. Foi Diretor dos Serviços do Médio Oriente e Magrebe, vice-presidente do Grupo Especial de Coordenação para o Processo de Paz no Médio Oriente, Vice-presidente do Instituto Camões e Diretor-Geral dos Assuntos Multilaterais no Ministério dos Negócios Estrangeiros. Exerceu as funções de embaixador na Guiné-Bissau, Costa do Marfim, Índia, México e Hungria.”



Do ÍNDICE: 

INTRODUÇÃO 

Primeira Parte 
Crónica 1 
DE LISBOA A BISSAU E VOLTA 
- De Julho de 1968 a Abril de 1970 
Crónica 2 
FIM DA COMISSÃO, ABRIL DE 1970 
- Algumas considerações que não esgotam o tema 

Segunda Parte 
Crónica 3 
ABRIL DE 1966 
- 26 anos depois, uma ida a Bissau, um ‘aperitivo’ para o que se iria seguir 
Crónica 4 
ALGURES EM 1997 
- Um convite inesperado: a nomeação para o cargo de embaixador em Bissau 
Crónica 5 
BISSAU, 20 A 22 DE OUTUBRO DE 1997 
- A minha entrada em funções como novo embaixador 
Crónica 6 
BISSAU, PRIMEIRA SEMANA DE NOVEMBRO DE 1997 
- A visita do Secretário de Estado 
Crónica 7 
BISSAU, O ÚLTIMO TRIMESTRE DE 1997 
- Primeiros meses e primeiras impressões 
Crónica 8 
BISSAU, 19 A 21 DE NOVEMBRO DE 1997 
- Relações da Guiné-Bissau com a Indonésia e como funcionava a nossa ‘intelligence’ local 
Crónica 9 
BISSAU, 14 DE JANEIRO DE 1998 
- Sinais de instabilidade nas Forças Armadas da Guiné-Bissau 
Crónica 10 
BISSAU - LISBOA, JANEIRO/ FEVEREIRO DE 1998 
- As grandes linhas da política interna e externa da Guiné-Bissau na perspectiva governamental 
Crónica 11 
BISSAU - LISBOA, FEVEREIRO / MAIO DE 1998 
- O relacionamento com Portugal 
Crónica 12 
BISSAU, 25 A 27 DE JANEIRO DE 1998 
- A visita do Professor Marcelo Rebelo de Sousa 
Crónica 13 
BISSAU, FINAIS DE JANEIRO DE 1998 
- O descontentamento da sociedade castrense e a intrincada questão de Casamansa 
Crónica 14 
BISSAU, FEVEREIRO / MARÇO DE 1998 
- Casamansa a telenovela continuava e a trama adensa-se 
Crónica 15 
BISSAU, MARÇO DE 1998 
- A carta-panfleto dos Combatentes da Liberdade da Pátria.
O jogo começava a clarificar-se 
Crónica 16 
BISSAU, MAIO DE 1998 
- A sempiterna questão de Casamansa e problemas conexos 
Crónica 17 
BISSAU, MAIO DE 1998 
- O VI Congresso do PAIGC: a vã ilusão de tentar pôr ordem no caos 
Crónica 18 
BISSAU, FINAIS DE MAIO DE 1998 
- Eleições à vista ou sem vista possível 
Crónica 19 
BISSAU, MAIO DE 1998 
- Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades - de Taipé para Pequim, ou o oportunismo a todo o vapor 
Crónica 20 
BISSAU, ABRIL-MAIO-JUNHO DE 1998 
- Episódios avulsos da vida quotidiana de um embaixador nas vésperas do conflito 
Crónica 21 
BISSAU, 5 A 7 DE JUNHO DE 1998 
- Um fim de semana aparentemente banal que acabou por ser muito diferente 

Terceira Parte 
Crónica 22 
BISSAU, 7 DE JUNHO DE 1998 
- O levantamento militar 
Crónica 23 
BISSAU, 8, 9 E 10 DE JUNHO DE 1998 
- Ouviam-se os canhões mas não as vozes 
Crónica 24 
BISSAU, 9, 10, E 11 DE JUNHO DE 1998 
- A Protecção dos nacionais, na pendência das evacuações 
Crónica 25 
BISSAU, 11 DE JUNHO DE 1998 
- A grande evacuação 
Crónica 26 
BISSAU, JUNHO DE 1998 
- ‘The Day and Days after’ 
Crónica 27 
BISSAU, JUNHO A OUTUBRO DE 1998 
- A evolução da guerra e a posição dos media 
Crónica 28 
BISSAU, BANJUL, ABUJA, LOMÉ E OUTROS LUGARES 1998-1999 
- O processo negocial. A mediação / ‘facilitação’ portuguesa 
Crónica 29 
BISSAU, 21 DE JUNHO DE 1998 
- Um míssil na embaixada e como o autor sem saber como, nem porquê, se transforma em ‘herói’ 
Crónica 30 
BISSAU, JULHO E AGOSTO DE 1998 
- A ajuda humanitária e o problema dos deslocados.
As evacuações pontuais autorizadas, ou não, continuavam 
Crónica 31 
BISSAU, 1998 
- Alguns aspectos da vida quotidiana na ‘capital’ durante a guerra civil 
Crónica 32 
BISSAU, 1998-1999 
- Direitos Humanos, uma invenção europeia ?
Crónica 33 
BISSAU, DE NOVEMBRO DE 1998 A JANEIRO DE 1999 
- Uma paz intermitente 
Crónica 34 
DAKAR, SANTIAGO DE COMPOSTELA, LISBOA, BISSAU, JANEIRO DE 1999 A ABRIL DE 1999 
- A guerra inacabada 
Crónica 35 
BISSAU, LISBOA, ABIDJAN, ABRIL-MAIO DE 1999 
- O último acto 
Crónica 36 
BISSAU, DE 7 DE JUNHO DE 1998 A 1 DE ABRIL DE 1999 
- Episódios breves, historietas e instantâneos de guerra - as múltiplas frentes de combate 

EPÍLOGO 

CRONOLOGIA da Guerra Civil Bissau-Guineense 

Bibliografia e Fontes 


Preço: 52,50€; 

sexta-feira, 4 de abril de 2025

Portugal & Estado Novo - ‘TARRAFAL NA MEMÓRIA DOS PRISIONEIROS (1936-1954)’, de Nélida Maria Freire Brito - Lisboa 2006 - RARO;




Portugal & Estado Novo - O Campo de Tarrafal descrito pelos prisioneiros, que para aí foram deportados pelo Estado Novo.


‘TARRAFAL NA MEMÓRIA DOS PRISIONEIROS (1936-1954)’ 
De Nélida Maria Freire Brito 
Edição Dinossauro 
Lisboa 2006 


Livro com 224 páginas e em muito bom estado de conservação. Excelente. 
De muito difícil localização. 
RARO.


Preço:  0,00€; (Indisponível) 

sábado, 1 de março de 2025

Portugal - Colonialismo & Ultramar - ‘AS CAMPANHAS DE OCUPAÇÃO DO SUL DE ANGOLA (1885 - 1915)’, de Marco Arrifes - Lisboa





Portugal - Colonialismo & Ultramar -


‘AS CAMPANHAS DE OCUPAÇÃO DO SUL DE ANGOLA (1885 - 1915)’ 
De Marco Arrifes 
Edição do Instituto de Defesa Nacional 
Lisboa 


Livro com 
De muito difícil localização.
Raro. 


SINOPSE: 
“ ‘As Campanhas de Ocupação do Sul de Angola 1885-1915’ é o título da ATENA 45 publicado pelo Instituto da Defesa Nacional. A obra, da autoria de Marco Fortunato Arrifes, tem como objeto de estudo as confrontações militares entre europeus e africanos, no Centro e Sul de Angola, no período entre a Conferência de Berlim de 1885 e a vitória da Môngua em 1915, com o objetivo de compreender as suas dinâmicas estratégicas, operacionais e táticas. Este trabalho foi distinguido com o Prémio de Defesa Nacional em 2021.”


Preço: