África & Colonialismo - A história e o problema da escravatura a nível mundial analisado pelo autor, um historiador com vasta investigação na matéria
‘REVOLTAS ESCRAVAS - Mistificações e mal-entendidos’
De João Pedro Marques
Edição Guerra & Paz
Lisboa 2006
Livro com 130 páginas, em bom estado de conservação, com alguns sublinhados e notas.
De muito difícil localização.
Raro.
Da contracapa:
“A resposta dos africanos - e de outros povos - à escravidão é muito complexa e não se compadece com perspectivas esquemáticas e simplistas. Nunca devemos minimizar o facto de que, em quase todos os casos de revolta, muitos escravos preferiram permanecer leais aos seus senhores… Muitas revoltas foram mesmo abortadas oi esmagadas no berço porque esses escravos - geralmente as mulheres - as denunciaram. Para os delatores, o caminho da liberdade passava pela cooperação com as autoridades brancas e pela inevitável execução dos seus irmãos de raça e de infortúnio, e não pela revolta.“
Da badana:
“Terão os escravos africanos sido os primeiros anti-escravistas do mundo colonial moderno? Terá sido a sua resistência à causa principal do fim da escravidão? Terão as leis abolicionistas que os países ocidentais aprovaram a partir de finais do século XVIII sido apenas o capítulo final - e nem sequer o mais importante - da época luta anti-escravista mantida pelas populações escravas ao longo de séculos?
Este livro mostra que a maioria das grandes revoltas, até aos finais do século XVIII, não tinham como objectivo a erradicação da escravidão. Visavam apenas a liberdade individual ou de grupo, acabando por recriar estruturas que comportavam a escravidão de mestiços e negros de outras etnias. Só a partir de finais do século XVIII revolta e anti-escravismo começam a fazer parte de uma mesma equação. Com excepção do Haiti, as abolições resultaram sobretudo da ‘ilustrada vontade dos senhores’ e o papel desempenhado pelos escravos não foi, geralmente, insurrecional ou apocalíptico. Foi, isso sim, um papel de contenção ou de luta voluntariamente limitada, em busca de uma sintonia com o movimento abolicionista que cedo intuíram e procuravam integrar.“
O Autor:
“JOÃO PEDRO MARQUES é investigador do Instituto de Investigação Científica Tropical, dirigindo actualmente o Programa SOC (ex-Centro de Estudos Africanos e Asiáticos). Doutorado em História pela Universidade Nova de Lisboa, onde leccionou a cadeira de História de África durante a década de 1990, é autor de dezenas de artigos sobre a escravatura e outros temas da história colonial, e de vários livros, o mais recente dos quais ‘The Sounds of Silence. Nineteenth-century Portugal and the Abolition of the Slave Trade’ (New York e Oxford, 2006).“
Do ÍNDICE:
Nota Prévia
INTRODUÇÃO
1. - Escravidão e resistência: uma velha relação
2. - Quatro momentos de uma nova equação
2.1 - São Domingos
2.2 - Barbados, Demerara e Jamaica
3. - A regra geral
3.1 - A emancipação nas nações americanas
3.2 - A emancipação nas colónias europeias
4. - História ou ideologia ?
EPÍLOGO
Bibliografia
Preço: 27,50€;
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