Moçambique - FRELIMO & História - No ano em que o país fazia 20 anos da sua independência (1995 - 1975), a política repressiva do governo de Maputo, uma ditadura marxista leninista maoista é denunciada publicamente a nível internacional, nomeadamente com a revelação do sistema dos Campos de Concentração - ditos ‘Campos de Reeducação’ - onde inúmeros cidadãos, dissidentes da própria FRELIMO, membros de organizações políticas da oposição e povo anónimo foram encarcerados, torturados e muitos mortos, sem qualquer direito de defesa…
Revista ‘MAGAZINE’, suplemento do ‘PÚBLICO’, n. 277 - De 25 de Junho de 1995.
‘OS CAMPOS DA VERGONHA’
A história inédita dos “centros de reeducação” em Moçambique
Lisboa 1995
Exemplar com 102 páginas, muito ilustrado e em muito bom estado de conservação. Excelente.
De muito difícil localização.
MUITO RARO.
Temas em destaque:
- ‘OS CAMPOS DA VERGONHA’
A história inédita dos “centros de reeducação” em Moçambique
Textos de José Pinto de Sá, em Maputo.
‘Castigos corporais, humilhações colectivas, assassínios. Pela primeira vez, os “Centros de Reeducação” surgem em público em toda a extensão da tragédia que representaram, durante quase uma década de poder absoluto da FRELIMO em Moçambique. Dados a conhecer por quem neles esteve. Acompanhados de fotografias inéditas, tiradas entre 1975 e 1984.
Um documento a que ninguém poderá ficar indiferente.’
- ‘FUGA DO INFERNO’
Depoimento de Leopoldo Fernandes, detido aos 24 anos em 1977, no ‘Campo de Sakuzo’.
Após fuga do campo, deu aulas de Teatro na Casa da Cultura, em Maputo.
- ‘UM PORTUGUÊS NA REEDUCAÇÃO’
Depoimento de Virgílio David Faustino, português, objector de consciência durante a guerra colonial, exilado na Bélgica. Detido numa rusga em 1975, por falta de documentação de identidade, esteve detido cerca de um ano. Libertado em 1976, regressou a Portugal, onde se suicidou pouco tempo após.
- ‘O DUA EM QUE ELES FIRAM QUEIMADOS VIVOS’
Do ‘Campo de M’tetela’, dos cerca de 1800 detidos, só cerca de 100 terão de lá saído com vida,
Instalado no antigo quartel militar do exército colonial, de Nova Viseu, em Majune, Niassa.
Aqui terão estado o ‘Grupo de Reaccionários’ que incluía dissidentes da FRELIMO: reverendo Uria Simango (Vice-Presidente de Mondlane), Celina Simango, Joana Simeão, Lázaro Nkavandame, Raúl Casal Ribeiro, Arcanjo Kambeu, Júlio Nihia, Paulo Gumane, Mateus Gwengere e outros não identificados, que foram mortos, após serem amarrados vivos e queimados numa vala comum, a 25 de Junho de 1977. O Governo temia que a RENAMO em crescente actividade os libertasse.
Nem o estado nem a FRELIMO nunca assumiram o assassinato destes oposicionistas ou deram alguma explicação quanto ao seu destino.
- ‘O VELHO CHAMBLUCA E EU’
Depoimento sobre António Chambuca Chambluca, de 63 anos, natural de Furancungo, distrito de Maganja, Tete. Detido no ‘Campo de M’sawwize’, foi no período colonial membro da FRELIMO e preso pela PIDE/DGS. Detido em 1977, primeiro para o ‘Campo de Mogincual’.
Preço: 0,00€; (Indisponível)
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