quarta-feira, 22 de maio de 2024

Guiné & História - ‘OS DIRIGENTES DO PAIGC - Da fundação à ruptura (1956-1980)’, de Ângela Benoliel Coutinho - Coimbra 2017 - Muito Raro;
















Guiné & História - Uma análise aprofundado sobre os dirigentes do PAIGC (Partido Africano para a Independência da Guiné e de Cabo Verde), desde a sua fundação em 1956, por Rafael Barbosa, Amílcar Cabral e outros, até ao golpe de Nino Vieira em 1980 em Bissau que pôs fim ao partido único dos dois estados, tendo surgido em Cabo Verde o PAICV


‘OS DIRIGENTES DO PAIGC - Da fundação à ruptura (1956-1980)’ 
De Ângela Benoliel Coutinho 
Edição da Imprensa da Universidade de Coimbra 
Coimbra 2017 


Livro com 330 páginas e em muito bom estado de conservação. Novo. Excelente. 
De muito difícil localização. 
Muito Raro.


SINOPSE: 
“Com base em pesquisa arquivística em Portugal, na Guiné-Bissau e em Cabo Verde, e recorrendo igualmente a fontes orais, esta tese trata das trajectórias sócio-políticas dos dirigentes do PAIGC, mais precisamente, dos seus fundadores oficiais e dos membros eleitos para o Conselho Executivo da Luta, antigo Bureau Político, até 1981, data da ruptura deste partido. Tendo este partido sido oficialmente fundado em 1956 em Bissau, a sua acção conduziu à independência da Guiné-Bissau, em 1973, e à de Cabo Verde, em 1975, sendo que até 1980 dominou a vida política dos dois estados num sistema original de partido único no poder. Após a independência dos dois estados em questão, a maioria dos membros deste grupo exerceu cargos ao mais alto nível de responsabilidade nas instituições de Estado, sendo a mais frequente a de ministro. Assim, numa segunda parte, estudam-se aspectos ideológicos do PAIGC e a política económica e social na Guiné-Bissau e em Cabo Verde, de 1975 a 1980. Por fim, procede-se a uma primeira análise dos acontecimentos ligados ao golpe de Estado de 14 de Novembro de 1980 ocorrido em Bissau, e que levou ao fim do partido.” 


A AUTORA: 
“ÂNGELA SOFIA BENOLIEL COUTINHO 
Obteve o doutoramento em História da África Negra Contemporânea pela Universidade de Paris I – Panthéon-Sorbonne, em 2005. De 2001 a 2003 foi leitora no Departamento de Português na Universidade de Paris X – Nanterre, em França, e entre 2004 e 2007 foi docente no ensino superior privado no Mindelo, em Cabo Verde. De 2007 a 2013 foi bolseira de pós-doutoramento da FCT (Ministério da Ciência – Portugal), no CesNova – FCSH - Universidade Nova de Lisboa. 
Tem artigos e capítulos de livros publicados e desde 2007 tem também participado na organização de colóquios internacionais em Portugal e em Cabo Verde. 
Atualmente, é investigadora associada ao CEIS20 – Universidade de Coimbra e ao IPRI – Universidade Nova de Lisboa, e colabora com instituições cabo-verdianas e norte-americanas em projetos de salvaguarda do património histórico de Cabo Verde, com financiamento da BREDA/UNESCO – Dakar e do World Monuments Fund – New York.” 



Do ÍNDICE: 

Agradecimentos 
PREFÁCIO, por Luís Reis Torgal 
INTRODUÇÃO 
1. - A evolução do PAIGC 
2. - Um tema tratado de forma desigual 
3. - À procura de trajetórias 
4. - Um estudo no cruzamento de três disciplinas 
5. - O necessário cruzamento de fontes 

I. - OS FUNDADORES: A PRIMEIRA GERAÇÃO DOS DIRIGENTES DO PAIGC 
I.1. Bissau, 1952 – 1956: um terreno decisivo de efervescência política 
I.1.1. A fundação do partido na clandestinidade ou como a sua história é incerta 
I.1.2. Da ”Associação Desportiva e Recreativa dos Africanos” ao Sindicato Nacional dos Empregados do Comércio e da Indústria da Guiné: sucessos e insucessos das atividades associativas pré- revolucionárias 
I.2. Os traços comuns das trajetórias familiares: seca, emigração e uma certa relação com a cultura dominante 
I.2.1. A idade dos fundadores, espetadores da grande fome 
I.2.2. Emigrantes cabo-verdianos na Guiné: uma velha história e os frutos de um terreno muito fértil 
I.2.3. Professores primários e padres santiaguenses: as trajetórias dos pais e avós paternos ou como ludibriar o dominador 
I.2.3.1. Trajetórias paternas 
I.2.3.2. Trajetórias dos avós paternos 
I.3. Da tomada de consciência identitária à política: locais e tempos de formação e de experiência profissional 
I.3.1. O liceu que afirmava a caboverdianidade 
I.3.1.1. O liceu Gil Eanes no Mindelo, ilha de S. Vicente 
I.3.1.2. O papel de Baltasar Lopes da Silva 
I.3.1.3. A revista Claridade 
I.3.2. A Universidade de Lisboa: o encontro e o confronto dos colonizados ou... quem influenciou quem? 
I.3.3. As trajetórias profissionais dos fundadores, homens com carreiras de sucesso 
I.4.  Fugas ou prisão: A etapa decisiva para ascender à direção do Partido 
I.4.1. As três fugas que salvaram o partido 
I.4.1.1. O não-regresso de Amílcar Cabral 
I.4.1.2. A fuga precipitada de Luís Cabral 
I.4.1.3. A passagem tranquila de Aristides Pereira à clandestinidade 
I.4.2. Em Conakry, terra de acolhimento: tudo a perder ou tudo a ganhar? 
I.4.3. Enfrentar, resistir e suportar a PIDE 

II. - OS COMBATENTES: A LONGA E PROGRESSIVA TOMADA DO PODER PELA SEGUNDA GERAÇÃO DOS DIRIGENTES DO PAIGC 
II.1. O recrutamento dos militantes no mundo obscuro da clandestinidade 
II.1.1. As profissões e atividades dos combatentes: assalariados guineenses em Bissau e estudantes cabo-verdianos em Portugal 
II.1.2. A hegemonia guineense ou como a realidade foi mal observada 
II.1.3. O espectro da fome sempre presente em Cabo Verde 
II.1.4. A quase-ausência de mulheres na direção e as esposas na sombra 
II.1.5. A etapa decisiva: a fuga em direção ao teatro de guerra 
II.2. O recrutamento dos dirigentes 
II.2.1. Trajetórias no partido: políticos-militares, políticos-diplomatas ou outros?
II.3. Itinerários dos pais e avós paternos: saber converter os capitais disponíveis 

III. - HERÓIS E IDEÓLOGOS: VALORES E PRINCÍPIOS APÓS A INDEPENDÊNCIA 
III.1. A heroificação dos dirigentes falecidos 
III.1.1. Combatentes guineenses ou o heroísmo nacional quase exclusivo 
III.1.2. Combatentes dedicados lutando pela liberdade e pelo progresso 
III.1.3. Universalidade e excelência: que imagem construir do líder perdido, mas não esquecido? 
IIII.1.3.1. Amílcar Cabral, um revolucionário dedicado ao ideal da dignidade do Homem Africano
III.1.3.2. Cabral: um artesão genial, fundador da Nacionalidade 
III.1.4. Um reconhecimento oficial: a dupla imagem de Cabral nos selos de Correio 
III.2. Continuar a revolução 
III.2.1. Nascimento do Novo Homem Africano ou como se libertar do passado preservando a sua identidade 
III.2.2. As relações suicidárias da pequena burguesia e do PAIGC, «guia das massas», com a sociedade 
III.2.3. Da união política vitoriosa à difícil unidade com vista ao desenvolvimento socioeconómico 

IV. - REVOLUCIONÁRIOS NO PODER: MUDAR GERINDO AS HERANÇAS 
IV.1. Como revolucionar a sociedade: Instrumentos políticos nos dois novos estados 
IV.1.1. Um Estado que executa o programa do partido 
IV.1.2. Militantes armados ou militares? A sobreposição de cargos de direção 
IV.1.3. As formas de militantismo do cidadão
IV.2. De uma diversidade das heranças económicas a um clara unidade nos projetos de mudança social 
IV.2.1. As relações dos dirigentes de segunda geração do partido com os dois Estados independentes: dirigentes e ministros 
IV.2.2. Crescer economicamente ou modernizar-se? A primazia dada ao desenvolvimento económico 
IV.2.2.1. A polémica sobre o desenvolvimento na época da luta armada: manter os costumes ou mudá-los
com base em métodos científicos? 
IV.2.2.2. Os agricultores guineenses no centro do debate e na base das mudanças 
a) Uma economia guineense dependente e frágil, baseada no setor agrícola 
b) Quebrar a economia de subsistência: a agricultura como motor e reflexo dos outros setores 
IV.2.2.3. Em Cabo Verde: combater a seca, fugir ao espectro da fome 
IV.2.3. Prosseguir as experiências sociais inovadoras da época da luta armada no quadro de uma nova realidade social 
IV.2.3.1. A justiça pelo “povo” e inspirada por este 
IV.2.3.2. Desenvolvimento e inovação no setor da Saúde: das «brigadas sanitárias» aos «projetos de desenvolvimento comunitário» 
IV.2.3.3. Educar um Homem Novo 
IV.2.3.4. Prioridades culturais: salvaguardar o património, escrever línguas e encorajar os artistas 
IV.3. O fim abrupto do PAIGC 
IV.3.1. A Guiné em sintonia com o continente: o golpe de Estado de 1980, causa da rutura do partido 
IV.3.1.1. Os homens do golpe de Estado: militares que dominam os dirigentes políticos 
V.3.1.2. Acusações e falhanço da unidade Guiné-Cabo Verde 
IV.3.1.3. Falar sem se compreender: a condenação da ala cabo-verdiana 
IV.3.2. A criação do PAICV ou a rutura assumida do partido 

CONCLUSÕES 
Tabelas 
IMAGENS 
Bibliografia citada 


Preço:   0,00€; (Indisponível) 

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