Portugal & Guerra do Ultramar - Em Angola, surgiu em 1961, a primeira revolta nacionalista contra a administração colonial portuguesa com o massacre das populações brancas e negras no norte do território em Março, perpetrados pela UPA de Holden Roberto, que levou o governo de Salazar a enviar reforços nos navios de cruzeiros… conflito que haveria de durar até 1974
Revista ‘VISÃO’, n. 1466 - De 14 de Abril de 2021.
‘ANGOLA 1961 - OS DIAS MAIS DIFÍCEIS DO INÍCIO DA GUERRA’
A hesitação de Salazar, as primeiras tropas, do tempos de barbárie
e as memórias dos que partiram para a frente de batalha
Lisboa 2021
Revista com 114 páginas, muito ilustrada e em muito bom estado de conservação. Excelente.
De muito difícil localização.
Muito Raro.
Temas em destaque:
- ‘ANGOLA 1961 - Os dias mais difíceis do início da guerra’
A hesitação de Salazar, as primeiras tropas, do tempos de barbárie e as memórias dos que partiram para a frente de batalha
- ‘ANGOLA 1961 - O PRINCÍPIO DO FIM’, por Clara Teixeira e Nuno Miguel Ropio
“Há 60 anos, com o norte de Angola debaixo de fogo, Salazar demorou a enviar o primeiro contingente de tropas para a antiga colónia, a bordo do navio ‘NIASSA’. Foram 85 dias de inquietação, a que se seguiram novas doses de barbárie e de terror.”
CARNIFICINA ATÉ LUANDA
- “Salazar assume a pasta da Defesa, quando já passa um mês sobre o início do conflito armado em Angola, depois de o ministro da tutela, Botelho Moniz, ter sido afastado por liderar uma tentativa de golpe de estado - que ficou conhecida como ‘Abrilada’.”
UM CONFLITO POR ETAPAS
- “Enquanto Lisboa não reforça o débil aparato militar em Angola, que não ultrapassa os 6.500 homens, civis pegam em caçadeiras e atuam em grupos contra negros que viviam nos arredores pobres de Luanda. Na Páscoa de 1961, ruas da capital angolana estão a ferro e fogo, partilhadas por estas milícias.”
6.800 - ESQUARTEJADOS
Cerca de 800 portugueses e seis mil Bailundos (grupo étnico do sul, que os colonos traziam para as fazendas no norte do país) foram mortos pelas catanas da UPA, liderada por Holden Roberto.
33.477 - MILITARES
Esta é a dimensão da moldura militar que, no final de 1961, Portugal tem em Angola. Antes do início do conflito armado estavam destacados naquele território cerca de 6.500 homens.
156 - VÍTIMAS MORTAIS
As Forças Armadas terminaram o primeiro ano do conflito armado contra os Independentistas centena e meia de baixas.
19 - TRAVESSIAS
Só no primeiro ano da Guerra Colonial, houve 19 travessias, com nove paquetes, em missões militares. Ainda que o ‘NIASSA’ tenha sido o primeiro paquete que o estado fretou para o transporte de tropas, e de material de combate, o ‘Vera Cruz’ fez mais viagens, em 1961.
SALAZAR CORTOU GASTOS
- ‘MEMÓRIA - PRIMEIRO A PARTIR, PRIMEIRO A DESERTAR’
“As recordações dolorosas de Mário de Pádua, um Alferes Médico que foi para a guerra, obedecendo às indicações do PCP, mas que recusou participar no horror à sua volta.”
- “Um capitão colocado numa fazenda, andava com um colar de orelhas à cinta. Na minha Companhia, houve soldados, e pelo menos um oficial, que colecionaram orelhas.”
Mário Pádua, médico
JUNTAR MILITARES À PRESSA
- HORROR - “APANHÁMOS CRIANÇAS CORTADAS, HOMENS SEM CABEÇA E MULHERES ESVENTRADAS.”
Jorge Seara - “Então com 22 anos, integrava tropas pára-quedistas que rumaram a Angola horas após os sangrentos ataques de 15 de Março. Não havia avião militar, por isso viajaram na TAP e, à chegada a Luanda, foram recebidos como heróis.”
CHEGADA À GUERRA
- “Luanda estava pacífica, mas com muito barulho, com refugiados que vinham do norte, os aviões traziam muitas mulheres, que tinham perdido os maridos, mortos nas roças. Umas vinham sozinhas, outras com os filhos ao colo.”:
Joaquim Coelho, antigo pára-quedista e jornalista
- ‘MOÇAMBIQUE - NA TERRA DO TERROR’
Por Luís Fonseca (Enviado especial da Agência LUSA a Cabo Delgado)
“Quais as origens do grupo radical que há três anos ataca o norte de Moçambique? Quem são os jovens fanáticos que provocaram uma crise humanitária sem precedentes desde o fim da guerra Civil? Reportagem exclusiva.”
- ‘IVO ROSA - O lobo solitário que decide o futuro de Sócrates’, por Rita Rato Nunes
“De estudante ‘certinho’, que ‘quase transcrevia os espirros dos professores’, a juiz formalista, que só condena o irrefutável. Ivo Rosa é conhecido pela sua exigência e criticado por ser benevolente com os arguidos. Prepara-se para ler a decisão instrutória do Processo ‘Operação Marquês’, que envolve José Sócrates. Quem é o discreto juiz madeirense que, no entanto, não consegue passar despercebido ?”
Preço: 37,50€;
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